16.5.17

Capitulo 22

CAPITULO 22

Demi

Na sexta-feira de manhã, a luz do sol bate no meu rosto e o formigamento do meu nariz me acorda de um sono profundo e emocionalmente desgastante. Meus olhos são abertos... e a primeira coisa que eu vejo é o rosto de Brent Mason, sorrindo tão amplamente como o palhaço That.

— Levante-se e brilhe cupcake!

— Ahh! — Eu grito, puxando para trás com força, batendo a cabeça contra a testa de Joseph. Mary voltou com a gente na noite passada, e Joseph colocou-a no quarto na cama de Carter. Em seguida, ambos vieram aqui juntos, e rapidamente caímos rendidos.

O que em nome de Deus Brent está fazendo aqui? No quarto de Joseph? No maldito Mississippi?

O braço de Joseph me puxa contra ele e sua mão empurra minha cabeça para trás no travesseiro. — É um pesadelo. — Murmura. — Volte a dormir e eles vão sair.

Eles?

Sento-me. Jake Becker me cumprimenta da cadeira no canto. — O que vocês dois estão fazendo aqui? E mais importante, onde no inferno está o meu cão?

Brent olha de perto os troféus de futebol de Joseph. — Sherman está bem, está com Harrison, são melhores amigos.

Harrison é o mordomo de Brent Butler. Um jovem mordomo, de vinte anos, carinhoso e rigidamente correto que vem de uma longa linha de mordomos. O pai de Harrison é mordomo dos pais de Brent como uma família de servos contratados felizes. Parte da missão de vida de Brent é conseguir que Harrison aja como um jovem normal dos vinte anos, apenas uma vez.

— Mas por que estão aqui? — Eu pergunto minha voz ainda rouca de sono.

Brent dá de ombros. — Estive em Milão, Paris, Roma, mas nunca na Costa do Golfo. Eu pensei que seria interessante ver a cidade natal de Shaw para o fim de semana. Ampliar meus horizontes. Jake veio antes, ele sabia o caminho. E nós nos perdemos, cara. O escritório tem sido muito solitário sem vocês. Vocês pareciam tão relaxados no telefone, que eu sabia que tinha que vir experimentar por mim mesmo.

Então Jake diz-nos a verdadeira razão.

— Os pais de Brent estão voando para DC para o fim de semana. Correu como se touros estivessem correndo atrás dele.

Brent volta-se para Jake com uma careta. — Não me julgue. Minha mãe é uma mulher aterrorizante.
— Ela é uma mulher da alta sociedade, um e quarenta de altura, quarenta quilos, que não fala mais alto do que um sussurro. — Zomba Jake. — Aterrorizante.

— Dois dos meus primos acabam de anunciar o noivado, e um terceiro enviou notícias de que espera o nascimento de seu primeiro filho. Minha mãe iria aparecer com uma lista de debutantes, recusando-se a sair até que escolha uma. Teria sido brutal.

Jake se põe de pé. — Falando de mães, Mamãe Shaw nos enviou aqui para levá-lo para o café da manhã. — Joga um par de calças na cabeça de Joseph. — Você pode querer usar calças.

Com esta chamada para acordar, agradeço estar vestindo o meu mais conservador pijama.

— Como está a Operação Destruição de casamento? — Brent pergunta enquanto Joseph e eu saímos da cama.

Eu faço o meu tom mais claro do que eu sinto. — Bem, ontem teve um tornado. Isso deve colocar um cadeado sobre as coisas.

Joseph cansado passa a mão em seu rosto. —Não, não vai.

Eu viro minha cabeça, realmente surpresa. — Realmente? Não acredita?

Põe uma camiseta sobre a cabeça. — Se há uma coisa que as pessoas de Sunshine fazem bem, é fazer o melhor com o que eles têm.

No caminho para a casa, nós colocamos Jake e Brent a par sobre o tornado. Na cozinha, a mãe de Joseph está colocando os pratos de comida na mesa e Nicholas está devorando aveia, gritando até para as escadas para sua irmã se apressar. O Sr. Shaw tinha ido há horas antes para ver uma dependência que foi danificada na tempestade. Fecho meus olhos quando eu tomo um gole de meu café, um café quente muito necessário. Brent comenta sobre a beleza do rancho, e agradece a Sra Shaw por sua hospitalidade. A conversa mudou-se para as semanas de verão, quando Joseph estava na faculdade de direito e vindo visitar, trazendo Jake com ele.

Então, para o alívio de seu irmão, Eva vem descendo as escadas, vestida para a escola com uma saia bege e uma blusa rosa sem mangas. Cumprimenta Joseph, Jake e eu, em seguida, seus olhos brilham como uma lâmpada de Halloween, quando olha para Brent.

— Por que não fui apresentado a esta delícia? — Ela brinca. Estende a mão. — Eu sou Eva Louise... e você é?

Brent engole um pedaço de bolo e aperta sua mão. — Brent Mason, é um prazer.

A medida que Eva se senta na cadeira vazia ao lado dele, murmura baixinho: — Aposto que será.
Ele me olha com curiosidade, e tudo o que posso fazer é dar de ombros.

— Você trabalha com o meu irmão? — Eva pergunta, inclinando-se para a frente.

— Assim é. — Diz Brent.

— Isso é tão interessante. — Ela suspira, apoiando o queixo na mão. — Você é um estagiário da faculdade?

Brent pigarreia. — Não... eu sou um advogado. Um advogado velho e chato. — Como ela apenas continua olhando com adoração, acrescenta: — Muito velho.

— Realmente gostaria que ficassem com a gente, garotos. — Lamenta Sra. Shaw quando ela finalmente se senta para comer seu próprio café da manhã. — Não parece certo ficar no hotel.

O hotel, porque é como o semáforo, apenas um.

— Brent pode ficar no meu quarto. — Anuncia Eva. Antes que sua mãe pudesse responder com mais do que uma carranca, ela começa a rir. — Só estou brincando.

Em seguida, ela se vira para Brent e articula "não, eu não estou" com uma piscadela como uma Lolita.

Cubro minha boca para ver a expressão horrorizada de Brent e olho em volta para ver se mais alguém notou. Jake tem a intenção de terminar a sua refeição, e Joseph. Joseph... está olhando para a xícara de café com tristeza.

— Obrigado, Sra Shaw, mas sério, o hotel está ótimo.

Eva se inclina para trás, com as mãos desaparecendo debaixo da mesa, e dez segundos depois Brent salta como se tivesse sido eletrificado.

Woof!

Todos os olhos se voltam para ele. Eva pisca inocentemente.

— Qual é o seu problema, nervoso e tonto? — Jake pergunta.

Brent abre a boca como um peixe em busca de água. — Eu... eu não posso esperar para ver o resto do lugar! Não há tempo como o presente. Vamos lá!

Levo meus pratos para a pia e nós quatro nos dirigimos para a porta.

— Adeus, Brent. — Diz Eva.

Brent diz um adeus desconfortável, então sussurra: — Acabou, com certeza deixarei crescer um pouco de barba.

Passamos o resto da manhã mostrando ao redor da fazenda a Jake e Brent. Joseph está calmo, distraído.

Na parte da tarde, leva Brent e Jake para as pradarias para ajudar seu pai com a limpeza. Na sua ausência, a Sra Shaw diz-me que vamos para o pub local à noite e que deveria ir me arrumar. O sol está se pondo quando eu saio do banheiro, usando meu vestido favorito vermelho, para encontrar com Joseph que voltou e está esperando no meu quarto.

Sozinho.

Ele olha como se fosse a primeira vez que ele me vê, o suficiente para um monte de borboletas dançarem no meu estômago.

— Você... está bonita. — Ele sussurra, impressionado, com apenas um toque de sotaque sulista em sua voz.

Três palavras.

Um simples elogio. Mas porque é dele, parece a coisa mais maravilhosa que se possa sempre dizer.

A taberna é um lugar pequeno, com piso de madeira, bar de carvalho desgastado, algumas mesas quadrados espalhadas, e duas mesas de bilhar na sala. Nós cinco nos sentamos na mesa; Jake está tendo um momento estridente com Ruby Monroe, irmã de Jenny, e Brent está mais relaxado, sem ter de se esquivar das mãos escorregadias de Eva Shaw.

Peço licença da mesa e eu vou para o banheiro feminino. Quando caminho de volta, eu paro em seco. Porque através da multidão vejo Joseph sair de sua cadeira e caminhar até o aparelho de som. O enche de moedas, e os sons cintilantes de teclas de piano anulam o ruído da conversa no bar lotado. Caminha para onde Jenny e JD estão sentados ao lado do outro, e os seus lábios movem-se, fazendo uma pergunta que eu não consigo decifrar. JD balança a cabeça e, depois de um momento, aperta a mão estendida de Joseph. Então Jenny fica de pé e caminham juntos para a pista de dança. A voz triste de Willie Nelson enche o canto do ar "Always on My Mind".

Observo como toma Jenny em seus braços, braços fortes e bonitos que têm me sustentado, que me fazem sentir apreciada com seu calor. Os braços que me apertam nos momentos de prazer e paixão mais vezes do que me lembro. Para mais perto de seu peito, o peito que, na noite passada, descansei minha bochecha, que me embalou pelo som de sua pulsação constante.

E eles estão dançando juntos.

Eu não sinto as lágrimas até que estão nublando a minha visão e escorrendo pelo meu rosto. Minha garganta contrai e dor pura aperta meu peito como uma mordaça cruel.

Eu não posso fazer isso.

Agora sei. Eu não posso ficar de lado e fingir que ajudá-lo a lutar por ela.

Porque eu quero que ele lute por mim.

Mais que nada.

Que ele me queira, não apenas como uma amiga ou amante. Mas, como sua para sempre.

Como a ela.

Jenny olha-o nos olhos. Suas expressões são ternas a medida que conversam e eu agradeço a Deus por não ser capaz de ouvir as palavras. Então Joseph levanta a mão para tocar seu rosto... e fecho os olhos com força, bloqueando o gesto íntimo.

Um momento depois, eu estou indo para a porta. O instinto de preservação me obriga, as cartas de amor e arrependimento de Willie me perseguem, mas não olho para trás.

Lá fora, o ar está úmido e espesso. Respiro entre soluços patéticos e procuro o conforto dos meus próprios braços em volta da minha cintura.

— Demi?

A voz de Brent se aproxima pela minha esquerda, aproximando-se enquanto diz o meu nome novamente. Tento esconder minha... tristeza? Essa não é uma palavra forte o suficiente. Devastação.

Eu me sinto como um edifício que entrou em colapso, eu a base, a estrutura e o apoio que pensei que poderia se manter de pé, desaparecendo sob os meus pés. E Brent vê tudo.

Sua cabeça é inclinada em pensamento agradável, mas o que me impressiona é que não está surpreso. Nem um pouco.

Ele se senta no banco e bate em seu colo. — Parece que alguém precisa de uma carona no trem da terapia. Sobe. Diga tudo ao Dr. Brent.

Não há vergonha enquanto eu sento em seu colo.

— Ele não dança. — Sussurro.

Brent acena com a cabeça lentamente. Na esperança de continuar.

— Mas está dançando com ela.

As palavras soam completamente ridículas, altas, mas eu não me importo. A barragem está quebrada e meu rosto se desfaz. — Achei que tinha uma parede, sabe? Eu não achei que seria o tipo de mulher que quer mais. Eu sou uma idiota, Brent.

Uma risada baixa reverbera através de seu peito. — Você não é uma idiota, querida. Esse título pertence ao cego do sul pelo qual você chora.

Ergo minha cabeça e olho para os olhos azuis sempre amigáveis de Brent. Ele me lembra meu irmão, Thomas. Eles compartilham a mesma atitude reconfortante que faz você sentir que tudo o que cruza seu caminho, não importa quão devastador é, você pode lidar com isso.

— Como você pode não saber? — Pergunto. — Por que não pode ver o quão difícil é para mim?

Brent remove meu cabelo comprido dos meus ombros. — Para ser justo com Joseph, você é uma boa atriz. E... às vezes é difícil para a gente ler nas entrelinhas. Descobrir todas as coisas que não são ditas. Alguns de nós precisamos delas por escrito.

Brent mantém-me por alguns minutos enquanto eu mergulho na sua calma, fazendo-a minha. Então eu passo os dedos debaixo dos meus olhos, limpando o rímel que, provavelmente, faz-me parecer como um guaxinim.

— Dem? — Aquela voz vem das sombras atrás de nós, com profunda preocupação. O sinto se aproximando sem nem mesmo me virar. — O que está mal? O que aconteceu?

Ter toda a atenção de Joseph, sentir a sua preocupação e saber que no meu coração faria chover no inferno em minha defesa, eu admito, me faz bem. Por um momento. Mas é apenas uma migalha emocional. Uma que usei para me satisfazer, mas agora só acaba ampliando o vazio. . Deixando-me faminta por todas as coisas que não se sente por mim.

Recompondo-me, me levanto do colo de Brent e o encaro de frente. Joseph tenta me tocar, mas dou passo para trás. — Estou bem.

— Obviamente você não está. O que diabos aconteceu?

Eu balancei minha cabeça. — Não me sinto bem. — Isso é verdade, pelo menos. — Eu quero ir para casa.

— Muito bem, eu...

Dou um passo para trás, batendo contra o banco. — Não. Não você.

A ideia de estar no espaço fechado de um veículo é horrível. Preciso de mais tempo para me recompor, assim não serei reduzida a uma massa tremula presa em sua perna, pedindo-lhe que me ame.

Isso não é atraente?

Confusão assume o lugar da preocupação nublando seus olhos. — Mas...

— A levarei.

Todos nós voltamos para a porta do bar, onde a pequena, loira perfeita Jenny Monroe está com o noivo. Eu não percebi que tinha atraído uma audiência. E mesmo que não seja exatamente a minha pessoa favorita no momento, eu prefiro.

— Obrigada.

Encosto em Joseph, ao passar, e sigo Jenny enquanto pesga as chaves dentro da bolsa pendurada no ombro, andando rapidamente em direção ao estacionamento.

Teimosamente, Joseph nos segue. — Hey! Apenas espere um mald...

— Volte para o bar, Joseph. — Jenny grita. — Tome uma cerveja com JD e fale com ele sobre como irão impedir que seu irmão tire a roupa.

Em um tom conspiratório, ela me diz: — Carter tende a superaquecer quando fica bêbado, e tem tendências emergentes nudistas. O idiota estará pelado antes da meia-noite.

Com um toque de sua chave abre as portas da caminhonete Ford preta brilhante, e eu corri para o banco do passageiro como um adolescente fugindo de um maníaco com facões. O motor ruge à vida, à tração e faróis iluminam Joseph Shaw, teimosamente apoiando as mãos sobre o capô, bloqueando nosso caminho.

Jenny abre a janela. — Rapaz, se você não se mover, te atropelarei. Eu não vou te matar, mas vai mancar tão persuasivo em torno de um tribunal com muletas.

Ele desconfiado mantem as mãos na caminhonete, movendo-se em torno da janela aberta de Jenny. Eu fico virada para frente, com os olhos treinados, mas sinto seus olhos em mim.

Jenny se inclina para frente, obscurecendo sua visão. — Deixe-a, Joseph. Às vezes uma mulher só precisa de outra mulher. Dê-lhe espaço.

Pelo canto do meu olho, ela bate em seu antebraço, e depois de um momento suas mãos estão longe. Ela não lhe dá a oportunidade de mudar de opinião, pneus girando cuspindo cascalho e poeira enquanto nós deixamos o estacionamento.

Exceto pelo o meu soluço ocasional, está calmo dentro da cabine durante a condução através das ruas vazias escuras. Eu não sei como deveria me sentir sobre a mulher ao meu lado. Em termos básicos, é minha rival. Estou muito familiarizado com a rivalidade, vivo e respiro na minha carreira, batendo os promotores no julgamento, eclipsando os meus colegas advogados, quando todos os competimos para uma parceria cobiçada. Há momentos em que eu sei que eu sou melhor do que a minha oposição, e momentos em que eu tenho que cavar fundo para superar aqueles que são meus iguais, se não mais talentosos.

A diferença aqui é que eu realmente gosto de Jenny. Se as circunstâncias fossem diferentes, eu e ela poderíamos ter sido amigas. É inteligente e engraçada. Eu entendo porque Joseph a ama. E a parte de mim que é sua amiga, que quer a sua felicidade mais do que minha própria, não quer que ela se case com JD.

Mas depois há o outro lado, que gosta de Joseph, que quer começar a partir de um arranhão os olhos de Jenny. Ele quer fazê-la desaparecer, ou ainda melhor, que nunca existisse em primeiro lugar.
— Há quanto tempo você o ama?

A questão se coloca gentilmente, como um médico que pergunta ao pai de uma criança doente quanto tempo ele tem sido assim.

— Desde o início, eu acho. Não... eu admitia. Eu pensei que era apenas atração física... amizade... conveniência. Mas agora... eu percebo que era sempre mais.

Acena. — Há algo sobre um homem de Mississippi. O charme do sul está no DNA, eles nem sequer têm que trabalhar para isso. — Ela faz uma pausa enquanto guia sua caminhonete para uma estrada desolada. — E Joseph... é ainda mais esmagador. Brilhante, trabalhador, bonito e fode como um animal.

Ladro uma risada.

Jenny ri também. — Minha mãe me tiraria os dentes com uma pancada na cabeça se me ouvir dizer isso, mas Deus me ajude, é verdade.

Nossos risos são silenciados e Jenny suspira.

— Uma mulher teria que ser dez vezes tola para não se apaixonar por este homem. — Ela olha para mim conspiratória. — E você não parece uma idiota para mim.

Depois que se volta, eu continuo olhando para ela. — Como você fez? Como você parou de amá-lo?
Os últimos dias têm sido uma tortura. Cada confissão de seu amor por ela me machuca como um chicote. A saudade que tenho visto nesses impressionantes olhos verdes, com ternura, para ela, queimando como um choque elétrico, roubando meu fôlego.

Sexo com Joseph é emocionante, trabalhar com ele é um privilégio. Mas amá-lo... só dói.

Sua boca se contrai nervosa. — Eu acho que nunca parei. Apenas... tornou-se algo mais. Algo mais silencioso, menos louco. Quando você é jovem, você ama fogos de artifício porque eles são fortes, brilhantes e emocionantes. Mas, em seguida, cresce. E você vê que as velas não são tão emocionantes, mas que ainda fazem tudo melhor. Você percebe que o brilho de uma lareira pode ser tão emocionante como fogos de artifício, a forma como ela queima lenta, mas ilumina sua casa e a mantém quente durante toda a noite. Joseph foi meus fogos de artifício... JD é a minha lareira.

— Mas Joseph está apaixonado por você.

Ela aperta os olhos. — Você realmente acha isso?

— Não importa o que eu penso. Só o que ele acredita.

Ela balança a cabeça. — Você deve falar com ele, diga-lhe como você se sente.

É fácil para ela dizer isso, vive em todo o país. Vou ter que ver e trabalhar com ele todos os dias após este fim de semana. Neste momento, tenho sua amizade, admiração. Seu respeito.

Eu não tenho certeza se poderia viver com sua piedade.

Para o caminhão atrás da casa dos pais de Joseph, à entrada do celeiro. Antes de sair, digo para ela. — Foi muito bom conhecer você, Jenny. Você tem uma bela filha, e espero... eu realmente espero que o dia do casamento seja perfeito.

Sua cabeça se inclina. — Você não vai estar aqui para o casamento amanhã. Certo?

Confirmo suas suspeitas com um aceno de cabeça.

Acena, compreendendo. — Espero que... bem, eu espero que você volte aqui algum dia, Demi, e quando o fizer, espero que você esteja sorrindo.

Em seguida, ela passa os braços em volta de mim e me dá um abraço. É quente e amigável, e acima de tudo, é genuína.

Empacotar minhas coisas leva mais tempo do que eu pensei. Por que, porque trouxe tanto? Três malas prontas duas a seguir. Agarro a última das minhas camisetas nas gavetas e coloco dentro da mala aberta sobre a cama. Mas eu congelo quando ouço a voz rouca e carregada a partir da porta.

— Você vai?

Eu realmente pensei que eu seria capaz de embalar e sair da cidade sem vê-lo? Sem ter essa conversa? Estúpida Demi.

Eu não olho. Se eu fizer, vou me desintegrar em uma massa flácida. Preciso de tempo e distância.
— Eu tenho que ir para casa. Estou atrasada, um monte de trabalho para pôr em dia...

Se move para minha frente. Eu fico olhando para seu peito, enquanto sobe e abaixa na camisa de algodão macio. Tira as roupas das minhas mãos. — Você não vai a lugar nenhum até que você fale comigo.

Eu fecho meus olhos, sentindo meu pulso batendo freneticamente no meu pescoço.

— O que aconteceu, Demi?

Contra minha vontade, eu olho para cima e encontro seu olhar. Nada de preocupação transborda com confusão... com amor e carinho.

Mas não é o suficiente.

— O que aconteceu? Me apaixonei por você. — As palavras saem em um sussurro, tudo o que eu sinto por ele, uma faca afiada e rígida apontando na minha garganta. E a dor porque ele não sente o mesmo é um laço apertando mais e mais duro. — Eu amo tudo sobre você. Gosto de vê-lo no tribunal, a maneira como você fala, a forma como você se move. Eu amo como você raspa seu lábio, quando você está tentando pensar no que dizer. Eu amo a sua voz, eu amo suas mãos e a maneira que joga... eu amo o jeito que você olha para sua filha, eu amo como você diz o meu nome. — Minha voz quebra no final, e meus olhos estão fechados, liberando uma inundação.

— Não, querida, não chore. — Implora.

Suas mãos vão até meu rosto, mas dou um passo para trás, temendo que eu rompa completamente. As palavras continuam saindo. — Eu sei que não é o mesmo para você. E eu tentei ignorá-lo, afastá-lo. Mas dói muito vê-lo com ...

Sua cabeça se inclina com a minha dor. — Demi, desculpe-me... deixe-me...

Balanço a cabeça e fecho os olhos novamente. — Não se desculpe, não é sua culpa. Eu só tenho que... superar isso. O farei. Eu não posso... eu não posso mais ficar com você desta forma, Joseph. Eu sei que você sofre por Jenny... mas...

— Não foi isso que eu quis dizer! Mais devagar, por favor. Escute-me.

Mas se eu parar para escutar, eu nunca vou dizer tudo. Nunca me entenderá. E eu quis dizer o que disse, eu não quero perdê-lo.

— Vamos ser amigos novamente. Isso não vai ficar entre nós. Podemos voltar...

Eu não termino as palavras. Sua boca cobre a minha, cortando-as, engolindo-as inteiras. Pega meu rosto, me puxando em direção a ele, tocando como nunca fez antes. Desesperadamente, como se fosse morrer se ele me deixasse ir.

Seu desejo para mim é palpável, latejante entre nós e mergulho nele, pronto para me afogar. Seus dedos estão quentes na minha pele, queimando o suficiente para deixar uma cicatriz. E eu espero que eles façam. Que deixem uma lembrança. A prova de que esteve aqui, de que isso foi o que nós sentimos. Mesmo um momento... fomos verdadeiros.

Nós viramos e caímos na cama, sentindo sua força, sua rígida longitude pressionando em mim, um peso bem-vindo. Me contorço debaixo dele e Joseph rasga minhas roupas como se fosse o inimigo.
Não é uma coisa inteligente, vai doer amanhã. Mas eu não vou dizer não. Isso... isso é o que nós chegaremos a ter.

O som de sua respiração, o toque de seus dentes, o som de seus gemidos, pressionando seus beijos molhados e perfeitos. Estes são os momentos, memórias para segurar e valorizar.

Porque serão os últimos.


15.5.17

Capitulo 21

CAPITULO 21

Joseph

Quando eu era jovem, o pregador nos dava sermões sobre o inferno. O fazia soar como dentro de um vulcão, com seus lagos de fogo, lava derretida e profundidades dolorosas. Mas eu não acredito que o inferno é fogo e enxofre.

Eu acho que o inferno é a sala de espera de um hospital.

Cada segundo que passa interminavelmente lento, é como um relógio com pilhas gastas. Frustração, medo, mesmo tédio, é tão poderoso que pulsam na cabeça.

— Nana vai morrer, papai?

Mary está sentado ao meu lado, apoiando-se contra mim, com meu braço em torno dela. Demi está do outro lado, segurando minha mão. Jenny foi à procura de informações, mas mesmo trabalhando aqui, a única resposta que pode chegar é "à espera para os exames." JD traz-lhe café e diz-lhe para tentar se sentar. Os pais de Jenny e os meus estão espalhados ao redor da sala de espera, junto com um punhado de vizinhos que têm famílias lesadas pela tempestade.

— Eu não sei baby. — Acaricio lhe o cabelo. — Nana é uma mulher forte. Você deve pensar sobre coisas boas, fazer uma oração.

Só então, o Dr. Brown sai e June, Wayne, Jenny, JD e Ruby se reúnem ao redor. — Foi um ataque cardíaco. — Diz ele, olhando para a mãe de Jenny. — Um grande. Mas está estável. Ela estará aqui por alguns dias. Devemos fazer mais alguns exames, mas parece não haver nenhum dano duradouro.

Há um suspiro pesado e coletivo de alívio. June pergunta: — Podemos vê-la?

— Sim, pode ter visitas, um de cada vez. Mas ela está chamando Joseph. — Respondeu o doutor.

E os suspiros tornam-se uma onda de "o que no inferno ".

Eu me levanto. — Eu? Está seguro?

O olhar em seu rosto diz que Nana foi bastante exigente sobre isso. — Foi muito insistente.

Meu olhar encontra Jenny, ambos perplexos. Então eu dou de ombros e sigo Dr. Brown pelo corredor, deixando June Monroe reclamando na sala de espera como uma galinha cujo ovo foi removido.

Me deixa fora da porta do quarto de Nana. Eu abro lentamente e caminho cautelosamente, consciente de que estou entrando no quarto de uma megera que ameaçou atirar em mim em mais de uma ocasião, e pode ter guardado uma seringa ou um bisturi, que tem toda a intenção de jogar na cabeça.
Ou em algum lugar abaixo.

Mas quando eu entro, é apenas Nana em uma cama de hospital com cobertores até o queixo. E pela primeira vez na minha vida... parece frágil. Velha.

Fraca.

Quando eu engulo, sinto o gosto das lágrimas na parte de trás da minha garganta. Eu não acho que isso me faz menos um homem por admitir. Tem sido um inferno de um dia.

E um herói precisa de seu inimigo. É apenas nesta fração de segundo eu percebo o inimigo maravilhosamente formidável que sempre foi para mim, Nana. Como ruim seria... como eu iria sentir falta dela... se ela já não pudesse preencher esse papel mais.

Suas palavras seguintes, ofegante e fracas, bastam para trazer essas lágrimas aos meus olhos.

— Olá rapaz.

Eu sorrio, e digo com a voz ligeiramente embargada: — Senhora.

Sua mão frágil bate no espaço ao lado dela e eu sento na cadeira ao lado da cama.

Ela olha para mim com os olhos cansados, mas determinados, determinada a dizer o que ela tem a dizer.

— Você sabe por que eu nunca gostei de você, rapaz?

Limpo o nó na minha garganta e respondo: — Porque eu engravidei sua neta?

— Hah! — Ele faz um gesto com a mão de descarte. — Não. Minha June foi cozida dois meses antes que eu tivesse a chance de dizer meus próprios votos.

Isso é mais informação do que certamente precisava saber.

— Será que é porque eu não me casei com ela? — Tento novamente.

Ela balança a cabeça. — Não. — E toma um fôlego. — É porque, mesmo quando você veio pela primeira vez à procura de minha neta, uma menina de doze anos de idade, com nada além de uma bola de futebol... mesmo assim, eu podia ver onde estavam indo. Você tinha um olhar em seus olhos, um desejo de estar em outro lugar, a forma como um cavalo parece com uma porta fechada, apenas à espera de alguém para deixar o fecho aberto. Ansioso para sair.

Assinto lentamente, porque não é errado.

— E eu sabia... que se você tivesse a chance... iria levá-la com você. — Seus olhos vidrados me olham, olhando através de mim.

— Mas já não vai levá-la com você, não é, rapaz?

Solto um suspiro e inclino-me para trás na cadeira. Todas as coisas que foram me torturando, que foram acontecendo na minha cabeça nos últimos dias, de repente estão esclarecidas. Tão claras. 

Como uma resposta simples.

— Não, senhora. Não.

O rosto de Nana relaxa um pouco e parece aliviado por ter a confirmação. — Alguns cavalos gostam de ser presos. Pertencer a alguém, ser apascentados em áreas que eles conhecem... eles não têm nenhum desejo de se aventurar.

E eu penso em cada conversa noturna no banco do rio que Jenny e eu compartilhamos, cheias de fogos e sonhos. Diferente. E na minha mente vejo o que aquele rapaz de dezessete anos não: o entusiasmo de Jenny foi sempre para mim, mas nunca para nós. Porque seu coração estava aqui, nesta pequena cidade com seu povo quente. Não tinha necessidade de mais... e eu estava fora.

— É importante — Nana diz, batendo no meu lado — que a mulher não se sinta como a irmã feia. A segunda escolha. Isso é uma amargura que não adoça.

Observo-a piscando. — Como você sabia...?

— Só porque estou ficando cega, não significa que não veja.

Eu fecho meus olhos e rosto de Demi ganha vida. Seu sorriso, sua risada, a boca afiada, os braços que podem prender-me com tanta força e ternura, que eu ficaria feliz em ficar num deles por cada momento da minha vida.

Cubro o rosto com as mãos.

Droga.

— Eu estraguei tudo, senhora. Tudo. Muito ruim.

— Bem, então corrija. — Ela diz ironicamente. — Isso é o que os homens fazem, consertam as coisas.

— Eu não sei por onde devo começar. — Eu olho para a minha mão. — E antes que diga "no início" já começou. Como é que eu vou mostrar que tem sido sempre ela, quando tudo que eu disse, tudo o que fiz, a fez pensar que não era?

Um sorriso aparece nos lábios de Nana. — Meu Henry, que Deus tenha sua alma, não era um homem prático. Uma vez ele me comprou um galpão de jardinagem para armazenar as minhas ferramentas. 

Ele veio com instruções em dez línguas. Henry construir aquilo foi a coisa mais patética que já vi. 

Paredes tortas, portas de trás, então... tirou peça por peça e começou novamente. Demorou um pouco de tempo, mas valeu a pena, porque no final, aquele pequeno galpão... ficou perfeito. Você tem que começar de novo, também... desde o início.

Penso em quando estaremos de volta a Washington DC. Todas as coisas que eu quero fazer por ela, todas as palavras que eu quero dizer... começar de novo. Mostrar-lhe. Mas terá que ser depois do casamento. Depois que as coisas estiverem organizadas aqui com Jenn. Assim, Demi vai ver com seus próprios olhos que eu venci. Que o que eu compartilho com Jenny não diminui o que sinto por ela. Então não terá nenhuma dúvida... e acreditará em mim.

Nana franze o cenho. — Agora, não vá dizer a ninguém o que discutimos. É privado. Eu tenho uma reputação a defender.

Eu ri. Por causa do aviso de Nana e porque agora eu tenho um plano.

Ela aponta para a porta. — Vá, então. Traga minha filha aqui antes que derrube a porta.

Me inclino, levo minha vida em minhas mãos, e dou a Nana um beijo na bochecha. — Obrigado senhora.

— De nada rapaz.

De volta à sala de espera, eu digo a June que pode ir. Então eu atendo o olhar interrogativo de Jenny.

— Está bem. — Aperto seu ombro. — Não se preocupe, esta mulher é dura demais para morrer.

Jenny ri, me abraçando com alívio. Quando eu vou embora, digo que eu estou levando Mary para os meus pais, para passar a noite. Então eu coloco meu braço em torno de Demi, e nós três passamos pela porta.


14.5.17

Capitulo 20

CAPITULO 20

Demi

São engraçadas, as coisas que você se lembra. Os momentos que estão marcados em nossas mentes, os minutos que você deseja que pudesse esquecer. Não me lembro de estar com medo durante o acidente da minha infância, embora tenho certeza que estava. Não me lembro da dor quando meu lado foi aberto. O choque, adrenalina provavelmente me deixou dormente.

No entanto, ainda posso ouvir, mesmo depois de todos estes anos... o som. O rugido do impacto. O rugido como nós deslizamos pela pista. Foi trovejante e inescapável. Lembro-me de estender as mãos para tapar os ouvidos quando deveria estar segurando para salvar a minha vida.

E este som, agora, é quase igual. O grito estridente do vento.

A explosão.

Tão alto. Estrondoso.

Mas isso não é o que mais se destaca nesta ocasião. A imagem que vai me assombrar a partir deste momento é Joseph imóvel no chão. Olhos fechados, seu corpo flácido e terrivelmente imóvel.

— Joseph! Não!

É engraçado o quão rápido a clareza que vem quando a vida e a morte estão em jogo. Quando um inferno sacudido, sujeira e frio giram em torno de você, dobrando árvores, lançando pedaços de madeira e metal pelo ar. E você percebe, de repente, que está tão absolutamente certo de quão profundo são seus sentimentos por alguém, o quanto ele significa para você quando enfrenta a possibilidade de perdê-lo.

— Joseph, acorde!

Eu estava tão irritada quando saí de casa, há pouco tempo.

— Pode me ouvir? Baby, por favor acorda!

Não, isso é besteira. Hora de colocar a calcinha de mulher grande.

Eu não estava zangada. Eu estava ferida.

— Oh, Deus, fique comigo, Joseph. Não se atreva a me deixar!

Quando ouvi a admissão de Jenny, senti como se tivesse preso um aço ferro quente no meu estômago. Porque o que tinha acontecido na noite passada, entre nós sobre o rio, a maneira como ele olhou para mim, me tocou, me abraçou, me senti como se significasse mais do que todas as outras vezes que tínhamos compartilhado. E dentro de mim, eu estava esperando que fosse o mesmo para Joseph.

Aparentemente eu sou uma tola, afinal.

E todas as desculpas mentais que tenho feito nos últimos dias, explicações, justificações e as defesas eram apenas mentiras que disse a mim mesma, sentimentos dos quais me afastei e ignorei.

Eu não queria admitir isso. Eu não queria enfrentar a verdade complicada.

— Eu te amo. — Sussurro.

É terrível. Um desastre. E a coisa mais pura e verdadeira que eu já senti na minha vida.

Te Amo, grande, imbecil!

Se estivesse pensando claramente, eu lembraria de todas as razões pelas quais não deve fazê-lo: a sua história sobre Rebecca, o pedestal onde você tem Jenny, e como não são nada mais do que "amigos de foda". Esses sentimentos são a última coisa que você quer ter por um cara como ele.

Mas nada disso importa. Porque eu tenho certeza que nós dois estamos prestes a morrer.

Eu vi The Wizard of Oz. Twister. Sharknado 1 e 2.

A qualquer momento, uma casa ou uma vaca vai vir voando e cair sobre nós.

Por favor, Joseph, eu amo você!

Eu não percebo que eu estou chorando até eu vejo as gotas no seu rosto perfeito. Sua cabeça repousa sobre minhas coxas, minhas costas estão dobradas, inclinando-me sobre ele, protegendo a ambos debaixo do meu cabelo, tremendo descontroladamente. Eu beijo sua testa, nariz, e, finalmente, paro em seus lábios quentes.

Então eu sinto os dedos de Joseph na curva da minha cintura, segurando o tecido da minha camisa. E eu me inclino para trás o suficiente para olhar em seus olhos quando ele finalmente os abriu.

Suas pupilas estão dilatadas, confusos e escrutinadores. Mas dentro de um segundo há entendimento e percebe onde estamos.

Em um movimento fluido que me faz rolar para debaixo dele, o seu peso em cima de mim me empurrando para baixo, protegendo contra o vento cortante e detritos voando em torno de nós.

Agarro seus ombros, minha voz ainda obstruída por lágrimas. E medo.

— Está bem? Graças a Deus você está bem! Eu pensei...

Joseph acaricia meu cabelo com a mão e sussurra palavras suaves e calmantes em meu ouvido. — Shhh ...eu tenho você, Demi. Eu estou bem aqui. Estamos bem agora. Eu estou bem aqui.

Embora eu saiba que ainda estamos em perigo, eu me sinto quente por dentro. Segura. Perfeitamente satisfeita, porque ele está em meus braços e eu nos dele.

— Você tem sorte de estar acordado... você estaria no meu inferno eterno se você não tivesse feito.
Seu peito vibra enquanto ele ri e fica olhando para mim. Seus olhos acariciam meu rosto, e seu sorriso gentil faz meu peito apertar. — Eu não poderia ter feito isso.

Ele suspira, em seguida, encaixa minha cabeça sob o queixo.

— Eu acho que isso fecha o negócio. — Digo, encostando-me mais. — Eu não fui feita para a vida na pradaria.

Ele ri novamente. Passo meus dedos para cima e para baixo em suas costas. Nos agarramos um ao outro, mantendo-nos firmemente, em meio à tempestade. Juntos.

Enquanto nos dirigimos de volta para os Monroe, olho em volta. O dano não é tão mau como eu tinha imaginado. Algumas árvores caídas, muitas cercas quebradas, mas nenhuma verdadeira destruição na casa ou celeiro.

Na parte de trás, os sinais restantes da festa (mesas derrubadas, cadeiras dobradas) estão espalhados pelo quintal. A toalha de mesa vibra em uma árvore, preso nos galhos. Joseph nos leva ao redor da frente da casa, justamente quando o Sr. Monroe, o pai de Jenny, está entrando rapidamente em sua própria caminhonete, sua esposa no banco do passageiro ao lado dele. Em seguida, o som brusco de pneus, dirigindo como um morcego fora do inferno. Capto sua cara quando eles passam: magra, tensa, aterrorizada. Jenny, em seguida, dirigindo sua própria caminhonete, JD do lado dela, Mary e sua irmã ruiva na parte de trás, e eles vão embora.

— O que ocorre? — Eu pergunto em voz alta. — Alguém se machucou?

Joseph rapidamente estaciona e pula para fora do veículo. Avanço ao lado dele enquanto ele caminha para a mãe, com o rosto igualmente chocado e preocupada como o resto de sua família.

— Estão todos bem, mãe?

Ela coloca a mão em seu braço. — É Nana.