24.1.15

Capitulo 10


- Porque ela esta usando aquela coisa no nariz tia Sel? - David olhava encantado para o pequeno pacotinho envolto com uma manta rosa dormindo serenamente na encubadora. Era a sua irmãzinha.

- Ela não consegue respirar por conta própria. O parto fora difícil e demorado, a sua irmã perdeu oxigênio demais. O médico responsável pelo parto me contou que ela tinha engasgado com o liquido amniótico e por isso comprometeu um pouco os seus pulmões.

- E o que seria esse liquido? Porque a minha irmã o engoliu? - David estava curioso sobre tudo o que acontecera com a irmã e também bastante encantado com ela. Ele e Selena estava do lado de fora da sala onde ficam as encubadoras e observavam a pequena menina.

- Bem, esse liquido é da bolsa amniótica. Quando a “bolsa estoura” esse liquido é o que desce, ele parece com água. Na verdade é quase água. Mas a forma que a sua irmã estava na barriga, ainda era em formação, mas como a Demi se estressou muito, a pressão dela subiu de uma forma que poderia matar as duas. A bolsa não aguentou e estourou. É por isso que a sua irmã engoliu o liquido, ele fora direto para os pulmões. - Selena respirou fundo e tentou manter a postura de profissional. Como uma pediatra e não como uma tia. - Fora preciso três massagens respiratórias, um aparelho sugador para retirar a água engasgada e o uso de um desfibrilador para que sua irmã não morresse.

- Ela é uma guerreira. - Selena assentiu confirmando, a sua sobrinha era uma guerreira. E Demi também. Ela mesmo dopada colaborou com o parto, mesmo ele sendo cesário.

- Eu preciso procurar noticias da Demi. Você vai ficar bem aqui Dav? Quer que eu ligue para o seu pai ou para o Nick? Ele pode te levar em casa. - Selena estava preocupada com o sobrinho. Ele não desgrudava os olhos da irmã enquanto inúmeras lagrimas desciam pelo rosto dele.

- Eu vou ligar para o meu pai... ele deve estar arrasado, e se sentindo culpado. Sei como ele é cabeça dura e vai demorar para aceitar de que ele não é tão culpado nisso. - David suspirou e abraçou a tia. - Você está de plantão hoje?

- Sim, eu só vim fazer um lanche, daqui a pouco tenho que voltar para verificar algumas crianças que estão em observação... - Selena estava no hospital já tinha mais de vinte e quatro horas mas era preciso e ela gostava. Com a temperatura esfriando cada dia mais, muitas crianças deram entrada na emergência sentindo dificuldades em respirar e entre outras complicações. - Mas, amanhã de manhã eu vou voltar para casa para poder descansar e tirar o resto da semana de folga. Não se preocupe comigo, já estou acostumada.

- Quando eu vou poder ver a mamãe? Ou a minha irmã?

- Provavelmente você poderá ver a sua mãe amanhã mesmo. Pela tarde. Já a sua irmã vai demorar um pouco, apenas a sua mãe vai ter acesso a ela, por causa da amamentação. - A garotinha por ter nascido prematura e ainda ter tido problemas em relação à respiração precisará de cuidados especiais. David queria muito ver a irmã, mas ficara mas satisfeito se pelo menos a sua mãe estará cuidando da princesinha da família.

Selena explicou mais algumas coisas para o afilhado enquanto o mesmo esperava o pai ir buscá-lo no hospital. Joe nem sequer entrou no hospital, mas prometeu a Selena de que iria vir no outro dia de tarde para visitar a esposa.

[…]

- Normalmente bebês da idade dela não aceitam o leite materno, mas mesmo assim já é um bom começo de que ela pode ser alimentada pelo jeito natural. Ela tem um peso acima da idade dela, e é bem desenvolvida, mas nada que seja grave, pelo contrário, ela estar acima do peso neste caso, é ótimo! - A enfermeira preparava Demetria para levá-la até o berçário onde ela iria amamentar a filha e vê-la pela primeira vez desde o parto. A ultima imagem que Demi tinha da sua princesinha era ela sem conseguir respirar, parada, estática e vários médicos e enfermeiros tentando reanimá-la. Depois disso, Demi desmaiara. Ao acordar se sentira aliviada depois que contaram que a sua menininha era uma guerreira e que estava bem.

- Alguém já veio me visitar? Meu marido ou meu filho? - Demi estava bastante ansiosa para dividir a sua felicidade de ser mãe pela segunda vez com seu marido e seu filho, mas ela ficara dopada por tanto tempo, que só acordara quase na hora do almoço do dia seguinte, desde a noite anterior.

- Não, visitas só estão permitidas a partir das duas da tarde. Mas a nossa pediatra, Selena, esteve aqui para verificar como você estava. Ela é a sua cunhada certo? - Demi assentiu com um sorriso no rosto. Ela sabia que assim que Selena soubesse que ela estava no hospital iria procurar saber como ela estava. - Ela também deu uma olhada na sua bebê. Ela é uma boa pediatra.

- A Sel é mais que cunhada pra mim, ela é a minha irmã de outra mãe eu posso dizer.

- Vamos, vou levar você para amamentar a sua bebê, mamãe. Tenta não se emocionar... - A enfermeira simpática sorriu para Demi já percebendo que ela estava com lágrimas nos olhos.

A enfermeira foi levando Demi na cadeira de rodas pelos corredores até chegarem ao berçário. A cada segundo o coração de Demetria parecia que iria sair do peito, ela estava tão ansiosa para carregar a sua bebê nos braços.

- Demi, eu vou buscar a sua bebê. - A enfermeira que trabalha no berçário já avisou a Demi assim que ela chegara na porta da sala. Ela conhecia Demi por ela ser bem popular no hospital, todos os funcionários tinham muito respeito e admiração por aquela bela sexóloga e mulher.

- Ai meu Deus, me desculpem, eu prometi que não ia chorar... - Demi já estava se afogando em lágrimas assim que colocaram a sua menina em seus braços. Mesmo com o tubo em seu nariz para ajudá-la a respirar, a menina era linda. - Eu ainda preciso escolher um nome para ela.

Demi tocava a mãozinha minuscula de sua filha delicadamente, tentando lembrar cada traço daquele pequeno fruto do amor dela e de Joe. A menina estava acordada mas ainda meio sonolenta por isso abria os olhinhos rapidinho mas logo os fechava.

- Como você sabe, ela ainda esta tentando se acostumar com a vida fora da barriga da mamãe e sente incomodo ao abrir os olhos. Mas quando ela abrir os olhos você vai ter uma pequena surpresa, Demi. - Demi abriu um enorme sorriso ainda sem tirar os olhos da sua bebê. Ela estava quietinha e abriu os olhos aos poucos, ainda se acostumando com a claridade.

- Minha menininha... o seu pai vai chorar muito quando te ver. Ele esperou tantos anos por você... - Demi acariciava a cabeça da sua bebê e riu ao ver que ela puxara ao irmão David, ela também tinha nascido com bastante cabelo. - Você também vai ser a cabeludinha do papai.

Demi sorriu e se ajeitou na poltrona para poder começar a amamentar. Com a ajuda de suas amigas enfermeiras, ela fez com que a sua bebê sugasse o leite de seu seio. No começo ela sugava bem pouco, mas logo foi pegando o ritmo e o jeito.

- Será que ela vai demorar para ir pra casa? Eu quero tanto já levá-la para casa, mesmo ainda faltando tantas coisas para o quartinho dela. - Demi estava tão ansiosa para levar a sua bebê para casa, mas sabia que ela teria que ficar no hospital por no mínimo umas duas semanas.

- Ela ficará mais ou menos um mês. Ela ainda precisa fazer muitos exames, e Demi já fique sabendo de agora que ela terá que usar o tubo para respirar por algum tempo, talvez até ela completar quatro meses. - Era triste para a enfermeira dizer isso à Demi, mas ela precisava explicar.

- Eu sei, infelizmente, mas farei o possível para estar aqui todos os dias para visitá-la.

- Você sabe que não pode... precisa ficar de repouso, você teve um parto complicado. Se você quiser eu autorizo a visita do seu marido, filho e da sua sogra. Sei que ela cuidará da bebê com amor. - Demi assentiu meio triste ainda, ela teria que ficar em casa repousando e contando os minutos para que sua filha saísse do hospital.

- Eu acho que ela quer abrir os olhinhos... - Demi colocou a mão na frente do rosto da filha meio que impedindo de que a luz entrasse em contato direto com os pequenos olhos da bebê. Ela foi abrindo os olhos devagar e Demi logo se surpreendeu com a cor dos olhos da menina. - Ah meu Deus! São tão lindos! São a cor dos olhos dos avós de Joe...

A bebê abriu os olhinhos e encarava a mãe sem parar. Ela tinha nascido com os olhos azuis bem clarinho. Era a coisa mais fofa e linda que Demetria já havia visto em anos.

- Bem vinda ao mundo princesa da mamãe...

[…]

- Pai você tem que a ver! É a sua filha! - David tentava arrastar Joseph até o berçário para que ele pudesse ver a filha, mas Joe era cabeça dura e dissera que se a vesse iria se sentir mais culpado do que já estava se sentindo depois que David lhe contara o que aconteceu com a menina ao nascer. - Ela é linda pai, é a nossa princesinha.

- David, eu não posso... eu não consigo. - Joe suspirou alto e andou até o bebedouro pegando um pouco de água. Ele já se sentia horrível só de imaginar como a filha sofrera. - Eu vou ver se a sua mãe já está de alta.

- Pai, deixa de ser idiota... a mamãe não vai gostar de saber que você deixou de visitar a minha irmã por causa de orgulho ou sei lá o que você está sentindo.

- Ela sabe o porque. Eu só não estou preparado para vê-la.

- E quando ela for para casa daqui à duas semanas? Você também não vai querer vê-la? - A bebê iria ter alta dentro de duas semanas, pois o quadro dela não era tão ruim quanto parecia e ela estava aceitando bem o leite materno e estava respirando com mais intensidade, mas ainda precisava usar o tubo de oxigênio.

- Eu não sei... mas eu não consigo... não aqui no hospital.

- Tudo bem, se é assim que você quer... Bom, eu vou olhar a minha irmã uma ultima vez antes da mamãe ter alta. Se você quiser vim, você sabe onde fica o berçário para os bebês prematuros. - E Joe sabia mesmo. Ele conhecia aquele hospital tanto quanto Demetria. Claro, eles dois fugiam dentro desse hospital para poderem namorar e para conhecer alguns colegas de Demi.

David saiu da recepção e foi andando em direção ao corredor onde ficavam os berçários. Ele mal conseguira dormir pensando em ver a sua irmãzinha de novo. Dessa vez, eles iam deixar ele a vê de perto, ainda ele não podia a carregar no colo, mas ele já estava feliz só de saber que iria poder sentir o cheirinho de bebê. Ele também não estava contente com a atitude do pai, eles brigaram praticamente a noite inteira.

- Ei, o papai estava indo procurar saber se você já pode ir para casa... - David entrou com cuidado e sem fazer barulho no berçário onde tinham vários bebês prematuros dormindo. Demi estava sentada na poltrona e estava amamentando a sua pequena bebê.

- Ele não vem ver a Valentina? - Demi sorriu para a bebê que não desgrudava os olhos da mãe enquanto sugava o seio fortemente. David se aproximou delas e logo acariciou os pezinhos da irmã que estavam cobertos pelos pequenos sapatinhos.

- Eu acho que o papai precisa levar uma bronca sua. Nós discutimos sobre isso a noite toda ontem... ele não quer visitar a minha irmã pois disse se sentir culpado pelo que está acontecendo com ela. A tia Sel explicou para ele tudo que fora feito para que a Valentina sobrevivesse e a cada palavra o pobre homem se encolhia de medo e chorava que nem uma criança.

- Dav, eu vou conversar com ele... - David riu lembrando do pai chorando e Demi o repreendeu. Agora com a nova menininha na família eles com certeza disputariam a atenção das duas.

- Você colocou o nome que eu escolhi ontem... Valentina. - Demi sorriu para o filho, ele estava tão animado quando falara com a mãe na tarde anterior e fez logo questão de escolher um nome para a irmã assim que soube que nem a mãe nem o pai haviam decidido ainda.

- Valentina, significa “valente”, “forte”, “vigorosa” e “cheia de saúde”. E é um belo nome para a nossa pequena guerreira. - Demi acariciou o rostinho de sua pequena Valentina que recebeu o carinho fechando os olhinhos e Demi jurou ter visto um pequeno sorriso formar nos lábios do seu bebê.

- Será que eu não posso carregar ela? - Dav estava mais que ansioso para carregar a irmã, apesar de sentir medo já que ela além de bem pequena, ela usava o tubo que a ajudava a respirar e ele estava com medo de a pegar e acabar soltando o tubo do nariz da irmãzinha.

- Infelizmente não filho... os bebês da idade dela são muito sensíveis e não podem ficar passando de mão em mão. Mas assim que ela poder ir para casa você poderá carregá-la o quanto quiser. - Demi depositou um beijo na bochecha do filho. Ela estava tão orgulhosa dele. - Você será o melhor irmão mais velho que a Valentina poderia ter... só não vale ficar com ciumes dela quando ela começar a arrumar namoradinhos...

- Nem vou pensar nisso agora, ela ainda está uma bebê... - Dav riu acompanhado de Demi. Ele realmente seria um ótimo irmão mais velho.

- Agora é hora da bebê golfar e voltar para a encubadora. A mamãe vai ter que se despedir logo... - A enfermeira odiava ter que cortar o momento entre as mamães e seus bebês, mas era preciso, os bebês prematuros precisavam ficar na encubadora e não podiam muito tempo fora da mesma.

- Ah minha princesinha... eu vou sentir tantas saudades de você... amanhã eu tenho que te ver, eu não vou aguentar dormir sabendo que você está tão longe de mim... - Demi já estava chorando enquanto colocava a pequena bebê de apenas um quilo para golfar. A sua menina era tão pequena que não pesava quase nada. Valentina ficará no hospital até ela atingir um peso médio de bebês que nascem normais, com mais ou menos dois quilos, o que seria um pouco demorado para a bebê, mas como Valentina além de guerreira, foi um milagre, ela por estar se alimentando com o leite materno poderá chegar nos dois quilos bem rápido. - Durma com os anjos minha bebezinha...

[...]

- Você me decepcionou muito Joe. Eu estou muito, muito, muito magoada com você... - Demi suspirou e se ajeitou mais apoiando as costas nos travesseiros que haviam sido postos ali na cama para que ela pudesse ficar sentada mas que ficasse confortável. - É a nossa filha... ela precisa do amor do pai dela também, ela precisa sentir e saber que você está a apoiando, torcendo para que ela fique boa logo. Ela precisa sentir que você a ama. E se esconder, evitar até olhá-la pela janela de vidro do berçário, isso não é uma coisa madura a se fazer Joseph.

- Desculpa... - Joe estava cabisbaixo e evitava olhar para os olhos de Demi.

- Desculpas não vale de nada nesse momento... tudo o que eu lhe peço Joe, é que visite a nossa menina. Eu infelizmente não posso ir para o hospital todos os dias, eu estou de repouso. O máximo que eu posso vê-la será uma vez por semana até ela poder vim para a nossa casa. - Demi olhou para Joe muito triste. Ele continuava de cabeça baixa enquanto mexia em suas mãos distraidamente. - Eu gostaria de saber o que você está passando. Não posso te ajudar ou conversar com você se você não me contar o que está sentindo...

- Você não iria entender, Dem...

- Apenas tente... eu quero entender. - Joe finalmente tomou coragem e olhou nos olhos da esposa enquanto sentava do seu lado.

- Eu me sinto tão culpado... - Joe respirou fundo tentando não chorar. Ele não queria chorar. Não agora, na frente de sua esposa. - O Dav me disse o que ela passou para sobreviver e o que ela vai passar para conseguir ter uma vida normal e... ela é tão pequena e por minha causa já está sofrendo. Eu a causei esse sofrimento. Se eu não fosse tão estupido, tão idiota, tão interesseiro... minha filha não estaria nesse momento sofrendo, lutando para sobreviver... ela poderia estar crescendo em sua barriga e se preparando mais para o nascimento...

- Joseph... você não pode se culpar por isso. Tudo na vida tem um propósito. Se a Valentina veio antes do tempo certo, era para nos ensinar algo. Ela é uma guerreira, ela está bem, tudo bem que ela precisa de ajuda de aparelhos para respirar mas é por pouco tempo, apenas até o pulmão dela se adequar, se formar por completo. Ela vai conseguir vencer todas as batalhas, só que sem a minha ajuda, sem a ajuda do irmão, sem a ajuda dos avós, dos tios, e principalmente do papai dela que a esperou por longos anos... ela não vai conseguir tão rápido.

- Será que um dia quando ela souber que eu sou o culpado disso tudo ela irá me perdoar? - Demi revirou os olhos já sem paciência com o marido.

- Olha, se eu te perdoei, porque a nossa filha não iria te perdoar? Você fez muito mais burradas comigo e muitas que nem se comparam a daquela do restaurante e eu ainda estou aqui, casada com você e com dois filhos... - Demi estava com vontade de dar uns tapas em Joe, mas ela tinha que se acalmar. Ela tinha acabado de receber alta do hospital e precisar ficar de repouso, sem estresse, para poder voltar a ter sua vida quase normal de volta.

- Quando ela sai de lá?

- Ainda não sei exatamente. Ela precisa fazer alguns exames e testes. E também ela precisa chegar aos dois quilos necessários para poder vim para casa sem ter maiores preocupações.

- Ela vai ter que viver a vida toda com o tubo de oxigênio? - Joe estava curioso e queria saber de tudo sobre a filha, mas a cada pergunta ele sentia medo da resposta que lhe iria ser dada.

- Não. Claro que não. Ela não nasceu com problemas no pulmão. Ela está usando porque ela ficou engasgada com o liquido amniótico e ainda tem dificuldades para respirar por conta própria.

- Eu não quero vê-la ainda Demi. Não consigo. - Joe levantou da cama indo em direção ao closet. Ele parecia estar procurando algo dentro das gavetas. Demi suspirou alto, seria uma longa prova de resistência conseguir ficar calma com a imaturidade do marido.

- Jooe? Alguém precisa ficar indo vê-la no hospital... e só está permitido você, eu ou a sua mãe.

- Eu tenho certeza de que a mamãe irá amar ficar lá todos os dias... eu só sei que eu não vou... - Joe falou tão baixo, mas o suficiente para Demi ouvir e ficar vermelha de raiva.

- Sabe de uma coisa Joe? Eu cansei de você. Quando você parar com a sua infantilidade e sua imaturidade você vem falar comigo de novo. Enquanto isso, não fale comigo, não me toque, não me olhe e nem ouse dormir na mesma cama que eu. - Demi gritou para que ele ouvisse do closet. - Eu estou com nojo de você. Se você rejeita a nossa filha desse jeito, eu não posso aceitar isso.


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Olá! eu queria postar esse capitulo ontem mas eu tive que sair e não tive tempo para terminar o capitulo, e hoje eu poderia ter postado mais cedo só que eu de uma pequena arrumação no meu guarda roupa acabei fazendo uma faxina na casa toda hahaha e essa "brincadeirinha" acabou só agora de noite. Bom, eu acho e confesso que esse é um dos piores capitulos que eu já escrevi para essa fic, espero que o próximo fique melhor... Obrigada a todas que comentaram, fico muito grata e feliz a cada comentário que eu recebo.
 
ps. eu sei que a maioria queria Lucy para o nome da bebê, mas é que eu queria um nome que representasse o que a bebê é, no caso guerreira ;)
 
 
"Tonight, we are young
So let's set the world on fire
We can burn brighter
Than the sun"
 


22.1.15

Capitulo 9


- Então quer dizer que a senhorita é sexóloga? - O mini-tarado olhou maliciosamente para Demetria pela quinquagésima vez na noite. Ele sempre procurava alguma brecha para poder abrir a boca para falar besteiras, tentando conseguir a atenção de Demi, o que na verdade ele só estava conseguindo raiva.

- Sou. E qual é o problema? Ah, antes de você começar as suas gracinhas, eu sou uma profissional, mereço respeito e não aceito piadinhas sobre a minha profissão. - Joe segurou a mão de Demi pedindo para que ela ficasse mais calma. Ela estava a alguns segundos de estrangular o filho do Sr. Walter.

- Não precisa ficar nervosa Sra. Jonas. Meu filho gosta de conhecer os seus futuros sócios e suas esposas. Sabe, ele precisa conhecer mesmo, logo eu estarei me aposentando e meu filho assumirá a empresa no meu lugar. - Demi deu um sorriso falso para o senhor de idade. Ela já estava farta e cansada de ouvir as besteiras que esses dois falavam.

- Então Joseph, a sua mulher é muito bonita... e mesmo grávida é um arraso! Quanto paga por ela? - Demi e Joe arregalaram os olhos depois de ouvir a pergunta ridícula vinda de Luis Walter. O filho do Sr. Walter.

- Deixa eu vê se entendi... você está achando que o meu marido me paga para estar com ele? Você está me chamando de prostituta? - Demi jogou o guardanapo que estava em seu colo com raiva em cima da mesa, e levantou sob os olhares curiosos de todos na mesa e até do restaurante.

- Desculpa se eu te insultei. Já entendi que você prefere conversar sobre isso no particular... - Ah, Demi estava fervendo de raiva. O homem era uma criança e continuava a querer insultá-la. E Demi estava mais furiosa ainda por Joe não estar a defendendo.

- Olha aqui seu empresário de merda, acho melhor você manter a sua boca fechada e pensar bem antes de insultar alguma outra mulher, ou melhor uma mulher grávida. Não sou prostituta, ou puta, sou sexóloga, uma profissional, eu estudei para exercer uma profissão que felizmente eu tenho conhecimento suficiente para lhe dizer que idiotas como você, são daquele tipo que não consegue uma transa com uma mulher, apenas com garotinhas que só estão interessadas em seu dinheiro e nem sequer ligam para o quão minusculo o seu “pau” é. Você deveria ter respeito em primeiro lugar e tratar as mulheres melhor, não como se nós fossemos algum objeto que você pode comprar com a sua porcaria de dinheiro. Você não é bonito, e mesmo se você fosse o cara mais rico do mundo eu nunca iria para a cama com você seu verme.

- A puta agora se estressou? Quanta classe a sua mulher tem Joseph! - Demi não esperou nem mais um segundo e jogou o suco de uva que estava em sua taça completamente em cima de Luis Walter. Ele se tremeu todo e deu uns gritinhos por causa do quão gelado o suco estava.

- Além de “pau” pequeno, é viado? Eu vou embora, com licença. - Demi pegou sua bolsa e nem deu ouvidos para Joe que a chamava sem entender o porque dela ter ficado tão alterada a ponto de xingar o filho do futuro sócio dele.

- Eu peço desculpas pelo comportamento da minha esposa. Ela esta grávida e os hormônios estão malucos. Licença. - Joe se levantou da mesa e pediu licença a todos antes de sair indo atrás de Demetria, que já havia saído do restaurante.

Joe correu pelo estacionamento do restaurante e logo avistou a esposa encostada na porta do carro dele. Ela estava chorando, mas ele tinha que falar com ela, não fora educado a forma que ela falara com o garoto. Tudo bem que ele merecia apanhar, mas Joe tinha que manter a pose de empresário e Demetria como sua esposa deveria manter a pose profissional e não falar palavras sujas e rebater o que o garoto tanto queria que ela fizesse.

- Entra no carro agora! - Joe desativou o alarme do carro e o destrancou. Demi ainda assustada abriu logo a porta do carro entrando rapidamente e batendo a porta com força. Joe foi até o outro lado, o lado do motorista e logo entrou no carro com muita raiva.

- Eu não estou acreditando que você não teve nem a coragem de me defender... eu sou sua esposa Joseph! Como você pôde ouvir aquele idiota falar essas coisas de mim e ficar calado? - Demi balançou a cabeça negativamente, não acreditando a falta de atitude da parte de Joe.

- E você acha que tudo aquilo que você falou foi certo? Porra Demetria! Estávamos em um jantar de negócios, você tinha que atrapalhar tudo só porque uma criança fez piadinhas sobre a sua profissão?

- Claro que sim! Você acha que isso não me machucou? Eu já estou cansada dessa porcaria de jantares de negócios, passei quase toda a nossa vida de casados te apoiando o máximo que a minha paciência durou para te fazer bem, te fazer feliz, mas o que eu recebo em troca? Nada! Porque o meu marido é um covarde! - Joe agarrou o volante com força, ele não estava gostando do rumo que aquela briga estava levando, mas ele não estava aceitando o contrato que ele com certeza acabara de perder. E não era o primeiro.

- Se você não quisesse ir para os jantares, você me falava. Agora não venha me dizer que eu sou covarde, sendo que você foi infantil e mal educada na maioria deles. Você acha que eu gosto da impressão que eles levam da minha família depois que sabem o que você é e a forma que você fala na mesa? Perdi muitos contrat...

- Foda-se você e seus contratos Joe. Enfie todo o seu dinheiro bem no meio do seu rabo. Você nunca deu importância a sua família. Sempre é negócios, negócios, negócios. Sabe de uma coisa? Eu preferia ter me casado com um homem pobre, do que com um rico mimado e idiota que só pensa em crescer sendo uma pessoa que na verdade nunca foi. - Demi agradeceu mentalmente por já terem chegado em casa. Ela nem esperou Joe estacionar o carro direito e já fora saindo deixando ele falando sozinho, ou gritando sozinho.

- Demetria!!! - Joe nem guardou o carro na garagem e muito menos o trancou ele saiu correndo atrás da esposa depois de perceber que o que ele falara não era verdade. Ele só falara aquilo porque estava com raiva, ele se importava muito mais com a família do que com os negócios, mas ele precisava manter o restaurante meio que para provar para o pai que ele podia crescer na vida sendo um gastrônomo.

- Vá para o inferno Joseph! Me deixe em paz! - Demi subiu as escadas correndo quando percebeu que Joe corria atrás dela. Mesmo meio tonta, ela correu e agradeceu por estar usando sandálias confortáveis. Mas isso não a impedia de se sentir sufocada por conta de estar grávida e pela pequena corrida que dera.

- Demi, me desculpa, eu não queria falar aquilo... - Joe pediu calmo enquanto a fazia parar de andar e olhar para ele. Mesmo com a insistência da esposa em tentar se livrar da mão dele que a segurava pelo braço, Joe a apertava mais forte, mas ainda com cuidado para não a machucar.

- Me larga Joe!! ME SOLTA SEU IDIOTA! - Demi gritou e Joe a segurou pelos dois braços impedindo dela continuar o batendo.

David ouviu o barulho do quarto dele e achou estranho. Ele ouvira os passos na escada mas achara que era apenas os pais chegando do jantar, e estavam brincando como eles sempre faziam até chegarem ao quarto deles. Mas dessa vez, ele sentiu medo quando ouviu a mãe gritar com o pai, mas o instinto de segurança e de proteção com a mãe falou mais alto e ele saíra pronto para bater no pai se possível.

- O que você pensa que está fazendo? Largue a mamãe. - Dav falou firme e com uma voz grossa. O menino olhava para o pai com raiva enquanto seguia até eles para fazer o pai soltar a mãe. - Pense mais uma vez em machucar a minha mãe e eu quebro a sua cara!

- Eu exijo RESPEITO David! Sou seu pai, e você ainda é um adolescente e isso não lhe impede de receber uns tapas meus. - Joe largou a esposa enquanto ela passava a mão pelo lugar que Joe apertara. - Desculpa Dem, eu estava com raiva, de cabeça quente, eu não queria falar aquilo para você. E muto menos te machucar.

- Eu não quero conversar sobre isso agora Joe... por favor. E você não me machucou. - Demi abraçou o filho tentando conter as lágrimas que insistiam em querer descer. Joe não a machucara fisicamente mas aquelas palavras dele a quebrara muito por dentro. - Dav, por favor, peça desculpas ao seu pai. Ele não estava me machucando... ele me segurou assim porque nós estávamos tendo uma pequena discussão.

- Mas mãe...

- Mas nada... eu sei que você só quer me proteger, mas eu te criei... eu e o seu pai te criamos em primeiro lugar para que você tenha respeito com as pessoas. E você dessa vez faltou o respeito com o seu pai, por mais que você só queira me proteger, e eu amo esse seu lado protetor... mas eu sou tão errada nessa briga tanto quanto ele. - Demi admitiu que estava errada, já era o primeiro passo. Joe continuava olhando para os dois se sentindo muito triste.

- Desculpa pai... eu não quis dizer de verdade que eu iria quebrar a sua cara. Eu só fico com muita raiva quando eu vejo a mamãe triste e meu instinto protetor fala mais alto.

- Eu entendo Dav... - Joe olhou preocupado para a esposa que parecia se apoiar no filho fazendo um esforço para não cair. Para a sorte dela, Joe correu até ela no mesmo instante que a mesma fora contra o chão. Ela havia desmaiado.

- Mamãe? Ai meu Deus! Papai, ela desmaiou... - Dav começara a se preocupar e se desesperar enquanto via a mãe desacordada em seus braços. Demi estava pálida.

- Filho, precisamos levá-la para o hospital agora!!! ela está sangrando... - Joe carregou Demi no colo e desceu as escadas correndo com o filho vindo logo atrás. Joe estava tão pálido quanto Demi. Ele tinha certeza de que algo não estava bem com o filho deles. Demi estava sangrando, havia desmaiado e parecia ter sido queda de pressão, e esses sinais durante a gravidez não eram bons.

- Será que foi porque ela se estressou? Pai, a mamãe vai ficar bem? O meu irmãozinho vai ficar bem? - David estava se segurando para não chorar, ele estava tão preocupado que não conseguia parar de tremer, mas mesmo assim ajudara o pai a colocar a mãe dentro do carro.

[…]

Aquele barulho de eco dos passos dos médicos e dos parentes de pacientes estava deixando Joe mais nervoso. Já havia quatro horas desde que ele chegara com o filho trazendo a esposa ainda desacordada nos braços e entregara para o médico de emergência. E nessas quatro horas ele não recebera nenhuma noticia de sua esposa. Ou de seu bebê.

David estava sentado ao lado do pai olhando fixamente para a porta que levava para a emergência com a esperança de que logo apareceria um médico lhos dando uma noticia boa, de que finalmente a mãe dele poderia ir para casa e só voltar ao hospital quando fosse ter o seu irmão/irmã. Mas não acontecia e ele já não estava mais aguentando aquele medo, aquela insegurança de que a sua mãe e seu irmãozinho poderia não sobreviver. A gargante sufocava e as altas respirações profundas que ele dava ecoava pelo corredor do hospital.

Joe já estava ficando também sufocado com a espera. Será que eles não tinham a mínima consideração pela família de um paciente? Eles poderiam muito bem pelo menos dizer que ela iria fazer uma cirurgia, ou que ela só precisava tomar um soro, ou que ela precisava apenas ficar de repouso, mas tudo o que eles fizeram para amenizar aquelas quatro horas de sufoco fora: nada. Joe levantou da banco que estava sentando e já ia até a recepção reclamar do atraso e clamar por noticias de sua esposa quando vira a sua cunhada passar por ele.

- Sel, pelo amor de Deus, eu preciso de sua ajuda! - Joe segurou Selena pelos braços e a coitada não entendia o porque de Joe estar tão apreensivo.

- O que aconteceu Joe? Porque está no hospital? - Selena até agora só havia percebido o cunhado no corredor, mas logo vira o seu afilhado sentado olhando para o nada e logo percebeu que houvera algo com a amiga/irmã. - Ai meu Deus! Aconteceu algo com a Demi? Cadê ela?

- É isso que eu estou tentando saber, eu preciso saber como ela está Sel. Eles a levaram para a sala de emergência há quatro horas e ainda não nos deram noticias. Sel, eu preciso saber se nosso bebê está bem. Eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com eles dois. - Selena abraçou Joe assim que o pobre homem desabou em lágrimas. Ele se sentia tão culpado por ter brigado com Demetria.

- Calma Joe... eu vou procurar saber como ela está. Fica calmo, bebe uma água, eu vou depois comprar algo para você e para o Dav comerem. Ok? Não pensa em besteiras. - Joe assentiu e desfez o abraço com a cunhada que logo fora abraçar e falar com o filho dele.

Selena saiu à procura de noticias e em menos de trinta minutos ela voltara com uma feição nada boa. Joe levantou com os olhos arregalados, ele já previa que não estava tudo bem.

- Olha, eu não queria contar isso, deveria ser o médico responsável pela minha irmã. Mas, eu não poderia deixar vocês esperando mais umas duas ou cinco horas... - Selena respirou fundo e sentou entre David e Joseph que a olhavam esperando alguma noticia. - A Demi está em estado estável, ela não corre risco de vida... mas...

- Ah não. Sempre tem um mas... E a nossa bebê, Sel? Ela está bem?

- A Demi teve um sangramento muito forte, o que causou um problema no útero. O que a levou a um parto prematuro de urgência. Bom, tudo o que eu posso lhe dizer agora Joe é que, a sua menina precisa de muitos cuidados para que sobreviva. Mesmo ela tendo nascido com um peso de um bebê de trinta semanas, ela ainda é um bebê prematuro de alto risco de apenas vinte e seis semanas.

- Ela vai morrer? Minha princesinha vai morrer? - Selena abraçou Joe de lado e deixou que ele deitasse em seu colo. Ela queria poder tirar todo o sofrimento que aquele homem deveria estar sentindo.

- Bom, ela tem chances de setenta e cinco a oitenta e cinco por cento de sobreviver sem sequelas e crescer saudável como qualquer bebê que nasça em seu tempo normal. - Selena era pediatra e sabia muito bem do que estava falando, não precisou nem o obstetra falar o caso da sobrinha que Selena logo já identificara. E não era muito bom. - Vamos ter que ter esperanças. A Demi ainda está sedada, mas logo ela acorda. Eles tiveram que fazer um parto cesário ás pressas, e foi meio complicado.

- Eu vou tomar uma água tia Sel... eu só preciso de um tempo para poder digerir que isso realmente está acontecendo. - David se levantou antes mesmo que seu pai ou a sua madrinha percebesse que ele estava chorando. O menino só pensava em quanto esperou para finalmente ver a irmã e agora ela tinha risco de morrer. Tudo bem que as chances que ela tinha de sobreviver era maior, mas a dor ainda continuava o machucando.

- Joe... você quer ver a sua filha? Eu posso conseguir com que você a veja. - Selena olhou com pena para Joe. Ele estava com os cabelos totalmente bagunçados, e com os olhos vermelhos de tanto chorar.

- Eu não sei se eu consigo... se ela morrer Sel? A Demi vai me culpar por toda a minha vida, e eu também, porque minha filha poderia nascer saudável, sem problemas se eu tivesse defendido e escutado a minha esposa. A amado mais ao invés dos negócios.

- Olha Joe, eu sei que você é um idiota sim porque a Demi me conta tudo o que ela esta sentindo em relação à você. Só que agora não é hora de se lamentar. Pelo amor de Deus. A sua filha, você precisa vê-la. Você esperou tanto pela sua menininha Joseph, vai abandoná-la logo agora que ela precisa do pai dela? - Selena não aguentava ver Joe chorar daquele jeito. Por mais idiota que Joe fosse com Demetria ás vezes, ele sempre fora um melhor amigo para Selena e vice-versa.

- Desculpa Sel... eu não posso...

- JOE! - Selena gritou mas já era sem sucesso. Joe havia corrido até a entrada do hospital. Ela entendia o porque dele não querer ver a filha, ele já estava se sentindo culpado pelo o que ocorrera com ela, e se visse como a menininha estava na encubadora não seria legal para a mente dele.

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Olá! Olha, eu vou explicar rápido para vcs o porque de eu ter fechado o blog... como alguns de vcs sabem, muitas pessoas que não tem o que fazer da vida desde quando eu comecei com o blog ficaram me mandando comentários ridículos por eu estar demorando para postar, eu cansei de explicar o porque, mas parece que essas pessoas gostam de criticar outras, enfim, para evitar que isso me aborreça ainda mais e eu acabasse desistindo de postar eu preferi fechar o blog. eu sei que para vcs deve ter sido ruim já que tem que ficar logado em suas contas para poder ler o blog, mas foi a minha forma de dizer "chega".
Sejam bem vindos ao novo blog não é mesmo? <3
 
Eu já escrevi metade do próximo capitulo e quero postar amanhã mesmo, e já aviso que a fic vai sair dessa coisa que era meio comédia e ficará uma coisa mais séria, mais dramática, mas não se preocupe, o Joe e a Demi não vão se separar, tá? Beijooos <3
 
"If you know how to be my lover
Maybe you can be my baby
Hold me close under the covers
Kiss me boy and drive me crazy"
 
 


16.1.15

Capitulo 8


Três meses depois...


Joe fazia carinhos na barriga de vinte e seis semanas de sua esposa. Eles estavam sentados no grande sofá da sala de estar assistindo um filme que começara a passar. Eram ainda sete da manhã mas eles já estavam bem acordados, principalmente Joe. Ele acordara mais cedo naquele dia para terminar de fazer a torta de morango com chantilly que seria a sobremesa deles para depois do almoço, ele sabia o quanto Demi amava aquela sobremesa e decidiu fazer uma enorme para ela se esbaldar.

O que Joe não esperava era que a sobremesa não duraria nem até o café da manhã. Antes de dar seis e meia da manhã, Demi sentiu o cheiro da torta vindo da cozinha e não se conteve em descer para matar aquele desejo. Graças a Joe ele já estava com a torta pronta e que não precisaria ela passar horas desanimada e com angústia por não conseguir a tão sonhada torta à tempo.

Depois de pedir com bastante carinho e ser bem manhosa com o marido ela conseguira o pedaço da torta deliciosa de morango que só Joe sabia fazer. Mas claro que ela não deixara Joe de fora e eles dois foram comer juntinhos sentados abraçados no sofá.

- Eu acho que se você continuar a fazer essas sobremesas maravilhosas, daqui à algumas semanas eu não vou nem conseguir me levantar... - Joe sorriu achando super fofo a forma que ela comia e ainda dava alguns pedaços para ele na boca.

- Você não engordou quase nada dessa vez. Na gravidez do David você ficou mais cheiinha. - Joe se arrependeu no mesmo segundo de ter dito que Demi estava “cheiinha”. - Amor, não me olha assim, eu não quis dizer que você ficou gorda. Estou falando da barriga, com o Dav você teve uma barriga maior.

- Tudo bem amor, não quero me estressar. Ela está em um tamanho bom para seis meses. Conversei com a minha obstetra e ela disse que o bebê está com peso de um bebê de quase oito meses. - Demi fez um carinho na barriga com a sua mão sob a de Joe. Eles ainda não sabiam qual era o sexo do bebê. Eles preferiam manter o segredo para a hora do parto. Seria um parto normal que provavelmente aconteceria entre a ultima semana de julho e a primeira semana de agosto.

- Eu ainda acho que será uma menininha. - Demi sorriu. Joe nunca ia cansar de dizer que era uma menina. Ele já havia comprado várias coisas cor de rosa o que enfureceu Demi já que eles nem sabiam o sexo do bebê ainda e poderia ser um menino.

- Um lado meu quer que seja uma menina, porque é o seu maior desejo e também é o meu. Eu sempre quis ter um casal de filhos. Uma mini-Demi correndo pela casa. Agora por outro lado, eu quero que seja um menino só para poder rir da sua cara, e ver o que você vai fazer com tantas roupas e brinquedos cor de rosa. Fora aquela coleção de bonecas de pano. - Demi riu da cara emburrada que o marido fez, mas ela estava certa, ele fora muito compulsivo em querer comprar móveis e objetos sem saber se seria uma menina.

- Vou ter que devolver o berço também né? - Joe forçou um sorriso para a esposa que arregalou os olhos. Ela não estava acreditando que ele havia comprado um berço sem a autorização dela. E com certeza ele comprara rosa.

- Joseph! Você é maluco? E se for um menino? Você tem noção de quanto vamos perder por você ter sido impulsivo e ter comprado tanta coisa de menina?

- Desculpa! É que a cada vez que eu vou no centro da cidade, a cada loja de bebê eu vejo cada coisa linda. Eu quero que o nosso bebê tenha tudo e mais um pouco. Irei mimá-la até não poder mais. Esse pode ser o nosso último bebê e daqui em diante só vai restar os netos.

- Tudo bem, mas você precisa se controlar. Como você pode ter tanta certeza de que é uma menina? Você por acaso subornou algum médico ou algo assim? - Joe negou e deu um selinho na esposa para ela se acalmar um pouco. Ele não sabia se era uma menina ou um menino, mas ele tinha quase toda a certeza de que era a sua princesinha.

Depois de várias conversas com a mãe, a irmã e a cunhada Selena, ele tivera noventa por cento a mais de certeza de que era sua pequena Lucy que Demi iria dar a luz. Denise comparou as três gestações de menino com a única de menina e fora a mesma coisa com Miley e Selena. Elas disseram todas as manias que tinham quando estavam grávidas de menina e que não sentiram quando estavam dos meninos.

- Bom dia mãe, pai. Vejo que vocês madrugaram hoje... - Dav sentou no sofá ainda sonolento. Ele estava com o uniforme do colégio e estava com bastante preguiça de ir para a aula.

- Bom dia filho! Seu pai me acordou com o cheiro de um torta maravilhosa de morango. Você quer um pouco bebê? - Dav nem respondeu e Demi já tinha colocado um pedaço de torta no prato e começara a dar na boca dele. - O café esta na mesa, eu tive que tomar logo porque estava morrendo de fome, mas eu ainda posso te fazer companhia se você quiser.

- Não. Eu vou tomar um café rápido e vou logo para o colégio. O pai do Shaw vai me dar uma carona. - Dav levantou do sofá correndo indo até a cozinha para tomar logo o seu café da manhã. Ele estava ansioso para chegar o mais cedo possível ao colégio. Demi se levantou do sofá e fora atrás do filho.

- Posso saber o porque o meu filho está tão apressado para ir pro colégio? - Demi sentou do lado do filho e ficou acariciando os cabelos dele enquanto o mesmo comia.

- Ele está ansioso porque a Emily volta hoje de viagem. - Joe apareceu na cozinha assustando um pouco a esposa e o filho.

- Awn... meu bebê está mesmo apaixonado! Nem acredito que você mesmo com quinze aninhos ainda, já esta se apaixonando a ponto de deixar de dormir mais uns trinta minutos para poder ir para o colégio mais cedo. - Dav sorriu envergonhado. Ele finalmente veria Emily depois de dois meses longe dela.

Eles passaram algumas semanas só tendo encontros, tendo alguns beijinhos e sempre quando tinha um momento certo para pedi-la em namoro, ele ficava sem coragem. Mas Dav acordara com bastante coragem hoje e assim que vesse a menina no colégio iria chamá-la para dar uma volta na praia para fazer um piquenique e iria a pedir em namoro.

- Ai que saudades que me dá de você pequeninho e precisava de mim mais que tudo. - Dav limpou uma lágrima que insistiu em descer pelo rosto da mãe. - Mas você continua sendo o meu cabeludinho.

- Tá bom mãe, mas não começa a chorar. Pai, cuida dela, eu já vou pra escola. - Dav levantou assim que ouvira uma buzina de carro.

- Ei mocinho! Suba agora e vá escovar os dentes antes de ir. Você não vai querer que a Emily te beije com bafo de bacon e ovos não é? - Demi o repreendeu quando o menino levantou correndo já a dando tchau e um beijo na bochecha dela e na barriga.

- Tá bom, já estou indo... - Davi subiu correndo deixando os pais na cozinha. Joe ajudava a esposa a tirar as coisas do café da manhã da mesa enquanto trocavam olhares apaixonados.

- O que foi amor? Porque está me olhando assim? - Demi perguntou envergonhada. Joseph a olhava com desejo nos olhos, como se quisesse demonstrar todo o amor que sentia por ela.

- Gosto de admirar a beleza da minha esposa. - Demi se aproximou dele e lhe deu um selinho que logo foi virando um beijo com bastante desejo. Quem os visse se beijando no momento diria que eles estavam há anos sem se ver e consequentemente anos sem fazerem amor. Mas no quesito fazer amor eles estavam muito bem, a barriga de seis meses e meio de gravidez não os impedia de terem relações.

[…]

- Pode entrar! - Mancy sorriu ao ver o adolescente entrar na sua sala com uma feição de que estava chateado. Ela fez sinal para que ele se sentasse de frente para ela.

- Posso saber porque me chamou aqui? - David foi curto e um pouco grosso. Ele não estava nem um pouco afim de conversas com a “conselheira estudantil” do colégio, e muito menos uma mulher como Mancy, que de acordo com os pais não prestava.

- Não precisa ser grosso rapazinho. Eu quero te ajudar. - Mancy se ajeitou na cadeira e ofereceu um sorriso para o garoto que continuou a olhá-la com cara de tédio. - Bom, eu recebi suas notas de trabalhos e provas desses três últimos meses, e não gostei do que vi.

- Você é conselheira estudantil ou a minha mãe? Vai me dar bronca mesmo? - Mancy não estava reconhecendo aquele garoto. Pelo o que ela havia escutado dos outros professores, Dav era um dos meninos mais doces e educados do primeiro ano, mas ele estava demonstrando ser um menino mal educado e mal humorado. Provavelmente Demetria havia contado coisas para que ele a tratasse mal.

- Eu quero te ajudar David. Quero saber o que esta acontecendo para você estar indo tão mal nas provas do semestre. Juro que só quero te ajudar. - O garoto a olhou desconfiado, mas decidiu apenas a dar uma resposta curta.

- Estava acontecendo umas coisas aí. Mas é pessoal e eu não te devo satisfações da minha vida pessoal.

- Uou. Vejo que o rapazinho está muito mal-humorado. Bom, vejamos, você anda presenciando brigas entre os seus pais? Talvez seja a resposta para o seu mau comportamento. - Ela estava muito curiosa para saber o que acontecia na vida de Demi e Joe e esperava que eles estivessem mesmo brigando para que ela pudesse fazer algo.

- Olha, meus pais não tem nada a ver com isso. Eles estão melhores e mais felizes do que nunca... - Dav suspirou alto e pensou em contar logo o que havia acontecido. Talvez a mulher só queria ajudá-lo mesmo. - Eu estive gostando de uma garota, e nesses últimos meses ela estava viajando e nós passávamos o dia todo trocando mensagens e telefonemas, o que causou eu dormir muito tarde e bom, não ter cabeça nem disposição para fazer as provas.

- Mas David! Você não deveria ter deixado uma garota tomar sua cabeça. Tudo bem, é normal estar apaixonado mas a ponto de perder em várias provas aí já é demais. - Mancy estava lutando para não sentir nojo. Adolescentes eram tão depressíveis, mas ela tinha que passar uma imagem de boazinha para o garoto para que seu plano desse certo.

- No amor vale tudo.... - David novamente suspirou e se levantou já dando um fim na conversa. - Mesmo assim, não valeu nada para ela... enfim, não precisa a senhora contar para a minha mãe sobre as minhas notas, e eu sei que vocês não se dão bem não é? Eu mesmo vou falar com ela.

- David, não precisa ficar com medo de mim. Eu só quero o seu bem. - Mancy se levantou indo em direção ao garoto que já estava na porta da sala pronto para abri-la e sair de lá o mais rápido possível. Os olhares de Mancy para ele eram de dar medo. Ele se assustou um pouco quando ela o abraçou e logo e seguida lhe deu um beijo no canto da boca. - E por favor, me chame de Mancy. Não sou tão velha assim para você me chamar de “senhora”. Estarei aqui para o que precisar. - David jurava que viu a mulher lhe olhando de uma forma maliciosa. Ele tinha certeza mas tentou espantar isso da sua cabeça, ele queria era logo voltar para casa e conversar com sua mãe sobre a tentativa frustrada dele de conseguir namorar Emily. A menina dissera não para o encontro deles. Ele só não entendia o porquê.

[…]

- Você tem certeza de que não quer ir também? - Demi sentou na cama ao lado do filho. Ele estava triste desde que chegara do colégio. Ele conversara com a mãe e explicou tudo o que estava sentindo. Demi o aconselhou da melhor forma que pudera.

- Eu vou ficar bem mãe. Vou tentar falar com a Emy mais algumas vezes, ela té agora não atende as minhas ligações. - Dav pegou o celular e verificou se tinha alguma mensagem da garota ou uma ligação mas, não tinha nada. - Será que eu fiz alguma coisa errada?

- Tenho certeza que não. Adolescentes nessa idade, principalmente as meninas são difíceis de entender. Ela pode ter ficado assustada com o que vocês poderiam ter... Não se esqueça de que ela estudava em um convento, ela não tinha muito contato com garotos... até você aparecer e a beijar. - Dav riu junto com a mãe. Ela estava certa, a menina com certeza deveria estar assustada. Ela era muito inocente ainda em relação a maioria das meninas do colégio.

- Tudo bem, fique tranquila, se divirta no jantar. E não fique me ligando a cada cinco minutos. Se eu precisar de algo eu irei ligar. - Demi assentiu mesmo sem concordar com o que o filho falara sobre ela ficar ligando a cada cinco minutos. Mas era a verdade. Ela só se preocupava muito com ele sozinho naquela enorme casa, mesmo o seu garotinho já não ser mais um garotinho e ter já seus quinze anos e a casa ter muita segurança.

- Não vamos demorar, vou fazer o seu pai voltar mais cedo. Eu só estou indo porque gosto de o acompanhar, ele se sente melhor quando está comigo nesses jantares. Mas, eu preferia ficar em casa. A barriga já está pesando e ficar andando pra lá e pra cá não é legal.

- Minha irmã nem nasceu e já está dando trabalho? Imagina quando nascer... - David brincou e se abaixou um pouco para deixar um beijo na barriga da mãe, um carinho que ele sempre demonstrava pela irmã/irmão.

- Você dava mais trabalho... mas pelo menos me deixou trabalhar até mais tempo que esse bebê. Eu já nem consigo ficar o dia todo trabalhando no hospital. Meus pés incham demais. - Demi deu um beijo na bochecha do filho e se levantou pronta para sair quando ouviu um assobio da porta do quarto do filho. Era Joe. E ele estava lindo de roupa formal.

- Já podemos ir minha esposa perfeita?

- Sim! Você está um gato! - Demi admirou o marido da mesma forma que ele a admirou. O olhou dos pés a cabeça com um olhar malicioso. - Tchau bebê. Já sabe, qualquer coisa me liga, ou liga para o seu pai.

- Tchau filho! - David acenou para os pais que saiam do quarto dele de mãos dadas e bem felizes e que pareciam que iriam ter uma ótima noite. Menos ele.

[…]

- O que foi? - Joe a olhou preocupado. Demi não estava com uma feição nada boa assim que eles entraram no restaurante e ela parou ainda na porta.

- Eu só... estou incomodada com esses olhares para cima de mim. Será que é porque eu estou de sandálias baixa e de vestido formal?

- Amor, você está maravilhosa! Está mais linda do que todas essas mulheres que estão de salto alto. E além do mais, você esta carregando um bebê, e para o bem da saúde dele você precisa usar sapatos baixos. - Joe a beijou tentando lhe passar confiança. Demi logo relaxou tentando colocar as palavras de Joe na cabeça. Ela não tinha com o que se preocupar. Ela estava grávida e era normal usar sandálias baixas, mesmo usando com vestidos formais. - Veja o quão perfeita você está. Mesmo com ciúmes de você eu tenho que admitir que aqueles empresários idiotas estão olhando com desejo para você. Mas, sei que você é totalmente minha e eles só vão poder olhar e ter pensamentos com você, enquanto eu a terei ao vivo, em carne e osso, só para mim, e sei que eu sou o único em seu coração.

- Uau! Quem é você e o que fez com meu marido ciumento que fica vermelho só de ver um outro homem olhar para mim? - Demi brincou e segurou mais firme a mão de Joe e eles seguiram em direção a mesa que seria o jantar de negócios de Joe.

- Eu estou mais seguro do que eu tenho e o que eu não quero perder...

- Hum... então se segura bem porque parece que os seus sócios que normalmente são velhos e mesmo assim tarados, trouxeram os seus filhos jovens e parece com bastante tesão acumulado pela forma que olham para as outras mulheres do restaurante. Inclusive pra mim. - Eles chegaram na mesa e os sócios e seus filhos levantaram para os cumprimentar.

- Sua mulher está deslumbrante Sr. Jonas! - Um dos “velhos tarados” elogiou Demi a secando de cima a baixo. Demi não acreditava na cara de pau desses homens que secavam uma mulher grávida na frente do marido delas.

- Obrigada Sr. Walter. - Joe agradeceu já pegando a mão de Demetria e a guiando para poderem se sentar e começar logo aquela reunião de negócios. - Parece que vai ser uma longa noite...

- Eu acho que não... - Demi sussurrou com raiva jogando um papel dobrado no colo de Joe para que ele olhasse. Mal ela havia sentado na mesa e um dos filhos do Sr. Walter já havia o dado um papel com seu número de telefone, junto com seu endereço e com um pequeno aviso de: “Mesmo você estando grávida podemos ainda ter um sexo maravilhoso. Me ligue”, o que fez o estomago de Demi revirar e o seu querido marido tentar se acalmar na cadeira ao invés de ir quebrar a cara do “mini-tarado”.

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Está aí mais um capitulo, espero que não esteja muito confuso a parte do David com a Mancy, mas vcs vão entender o que ela quer com o menino (Obrigada Amanda pela ideia maravilhosa que vc me deu <3), então, eu queria acelerar um pouco o tempo para poder encaixar logo as ideias que eu tive logo quando eu pensei em fazer a nova temporada da fic... eu espero que vocês gostem e comentem, por favor, estou achando que vocês não estão gostando da fic :/ Beijooos! Acho que eu posto rápido se eu tiver tempo amanhã para escrever ;)
 
"You were my strength when I was weak
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'cause you believed
I'm everything I am
Because you loved me"




12.1.15

Capitulo 7


- Amor, sua febre baixou um pouco. Isso é otimo! - Demi o deu um selinho e puxou o cobertor novamente de Joe. Ele insistia em querer se cobrir, mas quanto mais ele se cobria mais a febre demorava para baixar. - Joe, você tem que colaborar também. Você e o Dav deixam a doença tomar conta de vocês. Tem que levantar, comer, conversar e não ficar o dia todo deitado resmungando.

- Poxa, até doente recebo bronca. Pensei que você iria me dar muito amor hoje. - Joe falou emburrado. Demi tinha tirado o dia para reclamar com ele e ao mesmo tempo ser carinhosa.

- Eu não estou lhe dando bronca. Eu me preocupo com você, eu não gosto de te ver deitado sem forças para fazer nada. - Demi caminhou até a porta que levava para a sacada e abriu as cortinas. - E por favor, não fecha essas cortinas de novo. Você precisa de ar fresco.

- Está fazendo frio...

- Só porque você está com febre. Esta calor e um ótimo dia para tomar banho de piscina. Os amigos do Dav estão lá embaixo na piscina.

Demi ficou na sacada observando os adolescentes brincarem dentro da piscina e correu os olhos procurando o seu bebê. E não o encontrou junto com os amigos. Ela começou a procurar pelo quintal da casa e achou David indo em direção a uma rede que ficava distante da área da piscina, que era mais para relaxar um pouco sozinho. E ele não estava indo sozinho. Ele andava lado a lado de Emily.

- Mas que menino danado! - Demi sorriu. Dav tinha puxado ao pai em questão de timidez mas quando queria uma coisa ele ia atrás, e preferia coisas na escondida. Em lugares mais calmos, para estar só ele e a garota.

- O que foi Dem? - Joe a olhou curioso. Ele levantou com bastante preguiça da cama, e mesmo meio tonto ele foi até a esposa a abraçando por trás.

- Olha lá o nosso filho... ele tá levando a Emily para a rede. Aposto que ele vai ficar com ela. - Demi olhou para o filho com orgulho. Ele tinha seguido o conselho dela de chamar Emily para sair. - Ela vai ser a menina mais sortuda se aceitar sair com o Dav. Nosso menino é um cavalheiro e muito fofo.

- Ele puxou ao pai dele. Aprendeu comigo como ser romântico. - Joe se gabou um pouco fazendo Demi revirar os olhos para ele e ainda lhe dar um tapa. - Mas puxou a sua coragem e a sua beleza também.

- É, eu sou muito corajosa... casar com você tem que ter muita coragem. - Joe a olhou indignado. É claro que ela estava brincando. Mas amava ver Joe emburrado. - Estou brincando amor.

- Vou voltar para a cama, eu tenho certeza de que ela me ama mais... - Joe desfez o abraço com Demi e foi até a cama se arrastando. Demi riu do marido que não aguentava uma brincadeirinha dela.

- Meu Deus, Joe você é muito besta! - Demi deu mais uma olhada no filho que ainda conversava com a menina e foi até a cama sentando do lado de Joe. - Deita aqui no meu colo que eu irei fazer um cafuné em você. Eu sei que você ama. Só toma cuidado com a nossa bebê.

Joe a obedeceu e se deitou no colo dela, tomando cuidado para não bater na barriga dela. Demi começou a fazer cafuné na cabeça do marido e não demorou dez minutos e o coitado já estava dormindo.

[…]

- Eu queria te pedir desculpas. - David falou depois de alguns segundos andando com Emily até um canto do jardim e não ter falado nada.

- Pelo o quê? - Emy perguntou sem entender. Na verdade, ela tinha uma ideia do que poderia ter sido o pedido de desculpas, mas era tímida demais para admitir, e ela gostava de Dav.

- Por ter te beijado sem você querer que eu te beijasse. - Dav parou de andar quando eles chegaram em um canto mais afastado dos amigos e parou de frente a menina. - Eu não sabia que você... que você nunca tinha beijado.

Emily ficou mais vermelha do que já estava. Ela era nova na cidade e era consequentemente nova no colégio e participar da festa e ainda por cima ser beijada por Dav um garoto bonito como ele foi surpreendente. Ela passou a maior parte do semestre sempre o observando, já que o armário dele era perto do dela e ele sempre ficava conversando com os amigos pelos corredores. Ela não tinha nenhuma aula com ele, mas sempre o encontrava na cantina ou pelos corredores e nunca tinha coragem de lhe dar nem um oi.

- Porque me beijou? - Finalmente ela teve coragem de perguntar aquilo que estava a sufocando por meses.

Ela sabia o que as amigas falavam sobre Dav de que ele já tinha ficado com várias meninas da escola e a maioria ele já conhecia desde o primário ou do começo do ensino fundamental. Ele não era de ficar com garotas que não conheciam. E no caso dela. Emily era bonita, tinha os cabelos castanhos claro, de corte no ombro, bem lisos. Em tinha olhos castanho mel, quase iguais aos de Dav, o que mudava era que os do garoto mudavam constantemente e ás vezes tinha um tom esverdeado. A menina nunca se vestiu desleixada ou coisas assim, ela se vestia bem simples, mas mesmo assim chamava a atenção de alguns meninos do colégio. Menos de David. Era o que ela achava.

- Porque? Bom... é que... eu queria te beijar. - Dav estava nervoso e com vontade de se socar por estar gaguejando na frente da menina. - Nós dançamos e eu achei que você estava afim de ficar comigo.

- Desculpa, eu não fui a melhor garota para você ficar. Pensei até que você ia me zoar, por isso saí correndo da festa e te ignorei no colégio. - Emily respirou fundo e abaixou a cabeça envergonhada quando Dav sorriu a olhando. Ele achava fofo a forma que a menina era tímida.

- Eu fiquei surpreso. Confesso. Emy, você é linda e nunca ter beijado foi uma surpresa para mim. Os garotos no colégio te comem com os olhos o tempo todo. - Emy deu um sorriso tímido e Dav a olhou ansioso esperando ela falar algo.

- Eu estudava em uma especie de convento na minha antiga cidade. Essa é a razão por eu nunca ater beijado. Nós não tínhamos muito contado com garotos. - Emily começou a explicar. Dav arregalou os olhos, nunca que ele imaginaria que ela havia estudado em conventos. - E nem todos os garotos “me comem” com os olhos.

- É. Não eram todos, meus amigos não faziam isso... mas foi porque eu nunca deixei. - David falou brincando. Ele tinha puxado isso do pai, sempre fazia alguma brincadeirinha no meio de alguma conversa séria.

- Você também nunca nem me olhou.

- Não? É aí que você está errada... porque você acha que você foi a única garota que eu chamei para dançar na festa? - David puxou delicadamente a cabeça da garota para que ela olhasse diretamente para ele. - Eu já estava de olho em você tem um tempinho. Só que eu não tive coragem para falar com você. E nem para te chamar para sair.

- Tudo bem. Não precisa explicar. Eu fico até envergonhada em dizer que eu o observava o tempo todo...

David se aproximou da menina e a empurrou contra a árvore perto de onde eles estavam conversando. Ela se assustou no começo e o fitou com os olhos arregalados. Ela sabia que ele queria a beijar de novo. Mas ela não sabia como retribuir o beijo.

- Você quer que eu te ensine a beijar? - Dav olhou nos olhos de Emily e a menina assentiu depois de alguns segundos estática. - Não precisa ficar com vergonha ou nervosa Emy. Você pode errar, se atrapalhar no começo porque é normal... mas se quiser eu posso ir praticando com você até chegar a perfeição.

- Você é sempre palhaço assim? - David não perdia uma oportunidade de fazer a menina rir. Era uma forma de tirar a tensão entre eles.

- Primeiro podemos apenas dar selinhos e beijos ainda sem usar a língua... quando eu abrir mais a minha boca, você tenta acompanhar o meu ritmo, você vai ver que mesmo sem saber você vai conseguir fazer o certo, mas só se você aproveitar o momento... - Dav pensou mais um pouco em como explicar a questão do beijo de língua. Emily apenas assentia ansiosa e nervosa. - Quando você sentir a minha língua tocar a sua, tudo o que você precisa fazer é colocar a sua língua na minha boca e acompanhar o ritmo da minha. Tudo bem, isso parece nojento agora, mas é bom.

Emily fez uma careta mas não teve tempo nem de recusar quando sentiu os lábios de Dav tocarem os dela delicadamente. Ele começou dando selinhos na menina que mantinha os olhos fechados apenas sentindo o maravilhoso perfume de Dav.

- Em? Você não precisa ter medo de tocar em mim. Eu quero que você me toque. - Dav ajudou a menina e pegou as duas mãos dela e colocou em volta de seu pescoço. Mesmo sem ele pedir a menina já tinha começado a lhe fazer um cafuné. O que ele amou.

David se aproximou dela mais ainda, colando seu corpo ao dela. As mãos dele estavam na cintura da menina que estava vestida com uma blusa branca e solta, que escondia o biquíni que estava vestida por baixo. Ela também usava um short jeans.

Ela se assustou no começo quando sentiu Dav abrir mais a boca quebrando o selinho para algo mais envolvente. Ele por enquanto ainda não colocava a língua, apenas deixava ela se acostumar com esse contato maior. Dav sentiu a menina soltar um pequeno gemido quando ele finalmente colocou a sua língua dentro da boca dela, e sorriu entre o beijo quando viu que ela estava fazendo do jeito que ele a explicou, um pouco perdida, mas estava o beijando de volta com bastante vontade. Ela estava o beijando com bastante vontade e o puxando para mais perto dela.

Depois de alguns minutos se beijando, eles se separaram para recuperar o ar. David a abraçou tentando esconder um pouco da enorme felicidade que ele estava sentindo. Aquela menina iria ser sua.

- Foi muito bom. - Emily falou depois de perceber que eles já tinham uns minutos abraçados. Ela chegara até a pensar que David não gostara, mas o garoto estava dando leves beijos em seu pescoço e depois que ele respondeu “você foi ótima Em” ela finalmente soltou a respiração que nem sabia que estava prendendo.

- Com o tempo você vai ficar mais relaxada... sabe, deixar ter outras coisas durante o beijo... - David a olhou maliciosamente fazendo a garota corar.

- Você esta dizendo tocar na minha bunda? Eu sei que os garotos sempre querem isso.

- Se você não quiser na bunda, pode ser nos seios. - David brincou com ela mas acabou recebendo um tapa e um empurrão da menina. Ela se afastou dele um pouco chateada. - Hey Emy, eu estava brincando com você. Você sabe que eu sou um pouco brincalhão. Vamos com calma. Se você aceitar sair comigo eu posso ir te ensinando algumas coisas que eu sei... posso te deixar mais confortável com algumas outras coisas e podemos descobrir outras coisas juntos.

- Tudo bem... mas preciso distrair a minha mãe. Ela não quer que eu fique saindo sozinha com garotos.

- Certo, agora vem aqui e vamos praticar um pouco mais.

[…]

- Tia Demi, é bom fazer sexo oral? - Sandy perguntou sem vergonha alguma.

Demi havia descido para o jardim para ter a conversa animada com os amigos de David. Eles ficaram muito animados quando a viu indo até eles e já começaram a enchê-la de perguntas. Para a sorte de Demi Dav não estava por perto senão o menino iria ficar muito envergonhado e não ia deixar nem os amigos perguntarem nada a mãe e nem a mãe os responder.

- Bom, nas primeiras vezes é meio nojento, é normal as meninas sentirem nojo... já os meninos são mais curiosos e o ego é tão alto que eles não ligam por quão nojento seja, apenas de que a garota irá gostar e será ele quem estar a dando prazer. - Demi estava se divertindo com os amigos do filho. Ela estava cansada de conversar com os pacientes que a maioria das vezes nunca entendia ou sentia curiosidade do que ela estava conversando com eles.

- Quando foi a primeira vez que fez? - Andrew perguntou animado.

- E o que leva a vocês pensar que eu já fiz? - Demi tentou brincar um pouco com eles. Ela era sexóloga, era obvio que ela já tinha feito todas as formas de sexo possíveis.

- Até a minha mãe que é quieta já fez. É claro que você já fez também. - Dessa vez foi Shaw que se pronunciou. Todos estavam sentados em um circulo na beira da piscina.

- Espertinhos... bom, eu acho que eu não lembro exatamente quantos anos eu tinha. Mas foi uns anos depois que eu perdi minha virgindade. Foi horrível e nojento. E eu não conseguia acreditar como as pessoas conseguiam fazer isso, mas depois eu fui aprendendo mais sobre sexologia e fui pegando o jeito e esquecendo de que aquilo era nojento e pensando mais o quão prazeroso é.

- Então você esta dizendo que é para nós não pensarmos que é nojento e sim no prazer? - Ashley sorriu já começando a gostar do rumo da conversa. Demi piscou para ela e assentiu.

- Acreditem... é nojento, mas quanto mais vocês pensam que é nojento vocês não conseguem fazer. Até mesmo um beijo, se levar em conta todas as milhares de bactérias e doenças que você pode pegar com um beijo ninguém nunca iria beijar nesse mundo... quanto mais transar.

- Hum... eu quero fazer uma pergunta. - Shaw levantou a mão para poder fazer uma pergunta. - É verdade que os homens podem quebrar o pênis durante o sexo? Porque se for verdade eu espero que isso nunca aconteça comigo ou eu nunca vou querer mais transar.

- Você está dizendo isso agora querido. Acontece sim, e é normal acontecer algum dia de houve uma complicação no pênis. Claro que alguns chegam a quebrar mesmo, mas alguns é apenas um leve machucado.

Demi tentou não rir ao lembrar de quando Joe havia quase quebrado o seu pênis depois deles estarem tendo um sexo selvagem no balcão da cozinha a alguns anos atrás.

- Mas fiquem tranquilos... acho que vocês ainda estão muito novos para terem relações sexuais. Esperem mais um tempinho, e que seja com a pessoa certa, ok? E tenho que dizer que quando vocês começarem a ter relações sexuais vocês não vão querer parar mais.

Todos assentiram olhando maravilhados para Demi, ela era a melhor “tia” que eles poderiam encontrar, agora eles já tinham alguém para contar e conversar sobre sexo.

- Eu sempre converso com o Dav sobre isso porque eu sei que aquele ali puxou ao pai e é fogoso.

- Falando de mim? - Dav chegou perto deles acompanhado por uma envergonhada Emily que logo corou ao ver todos os encararem.

- Eu estava falando aos seus amigos que nós conversamos sobre sexo porque eu sei que você é fogoso que nem o seu pai.

- David! Sua mãe é a nossa rainha, eu preciso que ela me adote! - David olhou furioso para Andrew, ele não queria e não iria dividir a mãe dele. Apenas iria dividir com a irmãzinha que ainda estava no ventre da mãe.

- Ela não vai adotar você seu idiota. No máximo eu deixo ela ser a tia de vocês, mas a minha mãe vocês não tiram de mim. - David abraçou a mãe possessivamente. Ele sentia tanto ciumes da mãe. E Demi amava porque ela se sentia amada. Ela achava melhor ele sentir ciumes do que ser aqueles adolescentes que não ligam para as mães e ainda as maltratam.

- Awn, estão vendo garotas. Eu tenho o filho mais ciumento de todos. Mas Dav, você vai ter que me dividir com o seu irmão ou sua irmã que virá. - David sorriu e acariciou a barriga da mãe.

- Tia Demi? Como é fazer amor grávida? Atrapalha? Ou...

- Não acredito que você esta conversando sobre sexo com eles mãe... - David interrompeu a pergunta de Ashley. Ele já estava vermelho de vergonha. - Olha, vou voltar para onde eu estava... aproveitem e cuidado para não se traumatizarem.

David os alertou e depois de dar um beijo na bochecha da mãe e acenar um tchau para os amigos, ele pegou na mão de Emily e saiu correndo a puxando em direção ao cantinho que eles estavam “praticando” os beijos.

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Oiiii! obrigada por esperarem pacientemente pelo novo capitulo, e eu acho que ficou até legal, não vou revisar agora então me desculpe se houver algum erro... eu acho que eu consigo escrever mais hots do que beijos de língua. sério mesmo, não sei explicar como é e tentei o melhor, então não riam da minha cara hahahaha eu vou adiantar os meses um pouco e vou ver se a Mancy já entra logo em ação. ;)
Obrigada a Nina e a Bru que me deram algumas ideias para a fic. e eu não posso esquecer da Amanda que tbm me deu uma ideia para a fic que logo eu colocarei. obrigada meninas <3
 
"I'll stand by you
I'll stand by you
Won't let nobody hurt you
I'll stand by you..."