Capitulo 1

Já se passava das duas da manhã e David estava sentado no sofá da grande sala de TV. Sua mãe dormia tranquilamente em seu colo que chegava a suspirar. Eles haviam começado a assistir um filme e Demi como sempre acabara dormindo no meio do filme. Dav ainda era bem carinhoso com sua mãe e a colocou deitada no sofá com a cabeça em seu colo e a fizera cafuné até a mesma dormir.

David já lutava contra o cansaço mas não tivera coragem de acordar a mãe. E mesmo ele tendo formado quatorze anos e ser muito desenvolvido para a idade, ele não conseguiria levá-la para o quarto, pois havia engessado o braço direito a dias atrás.

- Demi?! - David acordou assustado do seu rápido cochilo que nem percebera a porta principal da casa ser aberta. - Amor?

- Pai? Estamos na sala – David falou um pouco alto para que o pai escutasse onde eles estavam, mas com cuidado para não acordar a mãe. Pelo estado que a mãe se encontrara ela precisava descansar bastante.

- O que está fazendo acordado até essa hora? Estavam me esperando? - Joe se aproximou do filho que levantara com cuidado ainda deixando Demi dormindo. David fora até o pai o abraçando.

Joe havia viajado à negócios para a Inglaterra e havia ficado um mês longe. Hoje era o dia que ele voltaria, David e Demi decidiram assistir o filme para poderem aguentar esperar Joe chegar de viagem. Mas, apenas David conseguira ficar acordado.

- E aí garotão? Cuidou da sua mãe por mim? - Joe abraçou mais forte o filho matando as saudades. David era o seu companheiro de todas as horas e travessuras. Ficar longe do filho e da esposa era horrível.

- Você sabe que sim! Senti saudades pai.

- Eu também... Dav! - Joe desfez o abraço e o olhou preocupado depois que percebera que o braço do filho estava engessado. - O que aconteceu? Por acaso se envolveu em alguma briga?

- Hei não precisa me olhar querendo me dar uma bronca não... - David riu da feição do pai. Joe estava vermelho, ele não queria que o filho ficasse se envolvendo em brigas no colégio. - Eu caí e me machuquei... não foi nada grave.

- Porque não me avisaram?

- Não queria te deixar preocupado...

Joe respirou fundo um pouco aliviado por saber que não fora nada de grave. Ele se aproximou da esposa que parecia estar tendo um dos seus melhores sonhos pois sorria que nem boba.

- Acho melhor você não acordar a mamãe... - Dav alertou ao pai que já começara a dar beijinhos no rosto de Demi, querendo a acordar.

- Porque?

- Ela meio que... está com raiva de você.

- Como assim? - Joe não entendera. Porque Demi estava com raiva dele, se eles nem sequer haviam brigado antes dele viajar e ainda se falavam todas as noites antes de irem dormir, mesmo com fuso horário diferentes?

- Bom, ela ligou para você noite passada, um pouco antes do horário que você disse que iria fazer o check out do hotel. Ela queria falar com você. E informaram que você não estava no hotel, que tinha ido para um jantar com uma mulher e que ainda não havia voltado para fazer o check out. - David olhou para o pai que mantinha os olhos arregalados, assustados. - Senta ali Joseph, vamos ter uma conversa de filho para pai.

Joe pensou em não “obedecer” o filho e continuar em pé só pelo fato de que o filho havia lhe chamado pelo nome, e não ter o chamado de pai. Ele odiava quando David fazia isso, ele achava um desrespeito com ele porque sabia que o filho fazia isso para o irritar. Mas isso ele resolveria depois, a situação estava feia era para o lado dele.

- Não vai deixar eu explicar o que provavelmente você e sua mãe especularam sobre mim? - Joe sentou relaxado. Ele não havia feito nada de errado e iria se explicar. Ele até gostava da forma protetora que David tinha com a mãe. E Joe sabia que apesar de ser bem apegado ao filho, se ele pisasse na bola com Demi e se pudesse, David lhe bateria para proteger a mãe.

- Quem era a tal mulher que você saiu para jantar? - Dav foi bem direto tentando parecer sério. Ele sabia que o pai era muito apaixonado por Demi, e nem se quisesse conseguiria trair ela. Ele estava fazendo esse jogo meio que para se divertir vendo o pai suar.

- Ela é dona de uma das mais procuradas fábricas de móveis para restaurantes da Europa. Precisava conversar com ela para fazermos algumas parcerias.

- E porque demorou para fazer o check out do hotel?

- Fiquei preso em um engarrafamento.

- Londres não tem engarrafamento. - David estava querendo apertar a mente do pai. O coitado estava ferrado. Se ele realmente tivesse traído a esposa, uma hora dessas ele estaria pedindo perdão de joelhos, só pela forma que o filho estava o interrogando.

- Tem sim! E quando um dia você for lá, você verá. - Joe riu achando muito engraçado a forma que o filho estava o olhando. - O que foi Dav? Você acha mesmo que eu teria coragem de trair a sua mãe? Olha para ela? Eu seria um tremendo filho da puta se eu trocasse essa mulher maravilhosa e perfeita que é a sua mãe, a mulher que eu mais amo nesse mundo. Tirando a minha mãe e a minha avó. - Dav riu quando Joe sussurrou a parte do “tirando a minha mãe e a minha avó”.

- A mulher que você saiu para jantar era ao menos bonita? - David perguntou querendo mexer ainda mais com a paciência do pai.

- Era um travesti! Ela na verdade, é um “ele”.

- Que nojo pai! - David riu imaginando a cena de Joe tendo que jantar com um travesti e levando em consideração que Joe era um homem de quase quarenta anos muito charmoso.

- Nojo foi pouco para o que eu senti. Ela, ele, ah sei lá o que era aquilo, ficou me cantando a noite toda. Tive sorte de não ter nem jantado porque senão eu ia vomitar quando ele, ela, me chamou para ir para um motel.

David não aguentou e teve que rir alto imaginando a cena. Joe fazia umas caretas enquanto explicava a situação constrangedora que passara.

- Eu daria tudo para ver esse travesti dando em cima de você. Aposto que você não deu um fora né? Você nunca gosta de ser inconveniente com as pessoas.

- Aí que você se engana. Na primeira oportunidade eu dei não só um, mas vários foras, mas parece que aquela coisa não se importou muito. - Joe respirou fundo e riu um pouco lembrando da cena. - Bom, ainda bem que eu não irei mais fazer parceria nenhum com ela. Por mais que seria uma oportunidade maravilhosa para os meus restaurantes, não vale a pena se eu tiver aquela coisa no meu pé o tempo todo.

- Deixa aquilo em Londres mesmo...

- Quer fazer um lanche comigo? To morrendo de fome. - Joe se levantou do sofá junto com Dav e eles seguiram para a cozinha para preparar algo para eles comerem.

- Bom, eu estou com um dos braços engessados mas eu acho que posso te ajudar...

- Pelo menos vai me fazer companhia. Não precisa cozinhar.

David sentou na mesa da cozinha e Joe seguiu para pegar algumas coisa da geladeira para preparar um lanche para ele e Dav.

- Tirando a pessoa bizarra... Londres tem mulheres bonitas? - Dav perguntou interessado. Ele sempre teve vontade de ir para Londres e tinha a curiosidade de saber se lá as mulheres eram mais bonitas do que as de Los Angeles.

- Bonitas? Tem algumas, mas eu prefiro as daqui... principalmente essa que esta toda descabelada e com minha camisa e meu short de dormir vindo para cá. - Dav seguiu o olhar do pai que estava totalmente olhando a esposa vim na direção dele. Ele olhava para Demi parecendo um bobo apaixonado. E ele era.

- Meu amor, eu senti tanto a sua falta! - Demi não deu nem espaço para Joe responder e o beijou matando toda a saudade que sentia do marido. Joe mesmo sem entender nada, retribuiu o beijo com toda a paixão que ele sentia por ela, a abraçou e a puxou para o mais perto do seu corpo o máximo possível.

- Oi mãe, pai. Só queria lembrar que eu ainda estou aqui. - Dav se pronunciou depois de tentar chamar a atenção dos pais assobiando.

- Dav querido, você não acha que já está tarde? Amanhã você tem colégio, precisa ir dormir. - Demi parou de beijar Joe por um instante apenas para pedir ao filho para deixar ela e Joe a sós.

- Mãe... sua desculpa de que “está tarde e você tem colégio amanha” não cola mais. - Demi olhou para David arqueando as sobrancelhas como se desafiando se ele iria mesmo discutir com ela sobre ir dormir. - Eu sei que você e o papai querem se “pegar”.

- David! - Joe o repreendeu. Demi já estava ficando corada. Por mais “safada” que ela fosse, ela sempre ficava envergonhada quando David sabia o que ela e Joe faziam quando estavam sozinhos. E ainda mais nesse caso em que eles estavam a um mês sem se ver.

- Mamãe... você sabe que eu não sou criança e sei muito bem o que você e o papai fazem ás escondidas. - David amava ver a mãe ficar vermelha de vergonha e ele conseguira. Demi estava pálida e corada.

- David! Pro quarto! - Joe se manifestou antes de Demi se estressar. Ele sabia que o menino fazia de pirraça, era igualzinho a ele. Joe amava fazer Demi corar de vergonha, porque era raro esses momentos de conseguir deixar ela corada, e ela envergonhada era a coisa mais fofa e linda do universo.

- Tudo bem. Não precisa ficar bravo. Estou subindo porque amanhã eu tenho torneio no colégio e preciso dormir bem.

- Amanhã nós iremos ter uma conversa mocinho... - Demi saiu um pouco do abraço do marido para abraçar o filho e lhe desejar um boa noite, depositando um demorado beijo em sua bochecha e sussurrando um “te amo”.

- Amanhã nós jogamos uma maratona de videogame! - Joe gritou para o filho depois de ter o desejado boa noite. Ah, Joe, Dav e o tão odiado por Demetria videogame. Joe nunca largara o vicio pelos jogos e já viciara o filho deles desde cedo.

- Eu passo um mês sem te ver e você diz que vai “fazer uma maratona” de videogame? Joseph, eu estava esperando que você nos fizesse um jantar, passaríamos o dia juntos, os três.

- Está com ciumes do nosso filho? Nossa como você ficou carente... - Joe beijou os lábios dela delicadamente. Ela estava brava.

- Não quero ficar sentada olhando vocês jogarem. Quero fazer algo com a família.

- Tudo bem, amanha conversamos sobre isso... - Joe a segurou pela cintura e a colocou sentada na bancada da cozinha. - Agora eu preciso fazer algo... só eu e você.

Demi gemeu ao sentir Joe beijando lhe o pescoço enquanto massageava os seios dela por cima da camisa dele que ela usava. Joe não esperou muito e já adentrara a camisa dela e já seguia com uma das mãos para um dos seios dela.

- Amor... aqui na cozinha não... - Joe assentiu e a ajudou a descer da bancada. Ele deu um selinho rápido nela. - E eu não vou fazer amor com você...

- Porque? - Joe a olhou incrédulo. Em um minuto ela estava toda derretida, se entregando aos beijos e caricias dele e no outro minuto ela estava o negando.

- Ainda quero saber que inferno foi aquela história de que você saiu para jantar com uma mulher e quando eu liguei para o hotel você ainda não tinha feito o check out. - Demi empurrou Joe fazendo ele se afastar dela assustado. Ele teria que explicar a mesma historia que explicara a David sobre a travesti à Demi, e agora a situação ia ser bem mais dificil.

- Vai me deixar explicar? O Dav já me interrogou e sabe de toda a historia.

- VOCÊ TRANSOU COM ELA JOSEPH? VOCÊ ME TRAIU? - Joe se assustou ao ver Demi bastante irritada. Ela estava de TPM, com certeza, porque ela estava bem bipolar.

- Amor, eu jamais trairia você. A “mulher” que você esta se referindo é um “ele”, e ele é...

- JOOE! Você me traiu com um homem? Você virou viado?

- Me deixa explicar!! - Joe puxou um punhado de cabelo dele quase arrancando. Ele não queria perder a paciência com a esposa. Sabia como ela era quando estava de TPM e que era só ter paciência com ela que ela logo voltava a sua “normalidade”. - Eu não sou gay tá. Eu fui jantar com essa mulher, que na verdade é um travesti, ele é dono de uma das mais procuradas fábricas de móveis para restaurantes da Europa. Eu queria fazer uma parceria com a fabrica dele. Foi um dos milhares de empresários com quem eu jantei nesse mês que eu fiquei em Londres. Tive que fazer muito negócios, mas não se preocupe porque eu não vou ter mais nenhum contato com essa pessoa porque eu não quis mais. Amor, ele ficou dando em cima de mim. Foi horrível.

Demi olhou para o marido com pena. Ele trabalhava tanto, passava por tantas coisas e ela só sabia gritar com ele. Mas ela não estava em um momento bom. Ela ás vezes agia de forma errada sem querer. Demi foi até ele e o abraçou.

- Desculpa duvidar de você. Eu só... fiquei nervosa. - Deu um selinho nele e acomodou a cabeça em seu ombro, podendo sentir o perfume de Joe enquanto dava beijinhos em seu pescoço. - Eu não acho que você seja gay.

- Eu sei. Já te provei isso muitas vezes, por mais ou menos 15 anos. - Joe começou a subir a blusa dela com uma mão enquanto a outra apertava a bunda da esposa. Sua boca já trabalhava no pescoço de Demi.

- Joooe... não começa. Não to afim. Desculpa. - Demi o olhou envergonhada. Ela não estava afim de fazer amor e estava com vergonha de dizer a ele.

- Poxa Dem, eu passo um mês sem te ver e estou louco para poder fazer amor com você. Porque você não está afim? Foi algo que eu fiz? - Joe já estava ficando irritado. Demi estava muito estranha. Ela não estava daquele jeito antes dele viajar. Agora ela estava bipolar demais, e estava o negando. Coisa muito difícil de acontecer já que Demetria nunca negara sexo à Joseph.

- Eu não estou com vontade Joe. Estou cansada de tudo. E de você também. - Demi bufou irritada já saindo da cozinha. - Você esta me estressando!

Demi gritou enquanto subia as escadas correndo indo em direção ao quarto, deixando um Joseph bem confuso parado do mesmo jeito que ela o deixara. Demi fora até o quarto do filho e deu duas batidinhas na porta pedindo licença para entrar, recebendo a permissão do filho ela entrara para o dar um beijo de boa noite. Demi sorriu toda boba ao ver Dav sentado em sua cama tocando violão. Ele amava fazer isso antes de dormir, e enquanto Joe estava fora, era tocando e cantando que ele fazia a mãe dormir.

- Vim te desejar boa noite. Já vou dormir. - Demi se aproximou do filho que parou de tocar para a abraçar. Demetria era o porto seguro de David, e David era o porto seguro dela. O que seria dela sem o filho? David lembrava tanto Joe, o instinto protetor que ele tinha com ela era por causa do pai.

- Ouvi você gritando com o papai... ele deve tá confuso. - Demi nada falou, apenas assentiu afirmando.

Joe estava mais que confuso e ela não via a hora dela ir para o quarto e dormir, ou pelo menos fingir que estava dormindo para evitar conversar com Joe. Ele já desconfiava que havia algo de errado com ela. Ela só precisava ter coragem para dizer-lhe logo a verdade, antes que o marido dela, cabeça dura especulasse outra coisa.

- Você sabe que precisa contar logo para ele não sabe? - Demi não respondeu o filho, apenas o deu um beijo na testa e se levantou já indo até a porta. - Você sabe que eu também preciso contar a verdade sobre o meu braço engessado não sabe?

- Não durma muito tarde. Amanhã se você quiser pode faltar o colégio. Quero passar o dia com o seu pai. Com vocês dois. - Demi desconversou. Ela iria pensar sobre isso depois.

- Boa noite mãe. Te amo.

- Boa noite bebê da mamãe. Te amo. - Demi sorriu ao ver que David mesmo depois de anos sempre ficava envergonhado quando ela o chamava de “bebê da mamãe”, ou de “bebezinho”, “meu anjinho” e muitos outros apelidos que ela nunca deixara de o chamar desde quando ele era ainda um bebê.

Demi fechou a porta do quarto do filho já agora no corredor e olhou para a porta do quarto dela e de Joe entreaberta. Joe já estava no quarto. Era a hora de encarar ele e tomar coragem para tentar contar a verdade.

- Força Demetria. Você vai conseguir.

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Oi chicas!!

não sei se ficou legal ou dá para entender algo, mas foi só para começar de alguma forma a nova temporada. Beijoos <3

 

"All your love will make us ache

All your love is worth the chase

All my love, I know where you'll find it

All my love's up on the mountain tops..."