24.4.17

Capítulo 2.5

Mais 2 capítulos pra hoje mas amanhã, se eu tiver tempo posto mais capítulos. Beijooos!!! <3

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CAPITULO 2.5

TRÊS SEMANAS DEPOIS

— Maldito infiel mentiroso, filho da puta!

As mãos de Jenny vêm selvagens e fortes, me batendo no rosto, nos ombros, onde quer que alcance.

Golpe.

Golpe.

Golpe.

— Jenny pare! — Agarro seus braços, tentando contê-la. — Maldita seja, se acalme!

Quentes lágrimas de raiva passam por suas bochechas e seus olhos estão inchados com traição. — Te odeio! Me enoja! Te odeio!

Solta-se das minhas mãos e corre, para a entrada da casa, abrindo a porta atrás dela e desaparecendo dentro de casa. Sou deixado no quintal, sozinho. Sentindo que fui abandonado, meu coração não bate, parece que foi arrancado. E há algo mais, mais que arrependimento, medo. As palmas de minhas mãos começam a suar e minha pele coça. Medo do que fiz, terror de acabar de perder a melhor coisa que já me aconteceu.

Passo uma mão pelo cabelo, tentando me manter tranquilo.

Passo a mão pelo cabelo, tentando manter a calma. Então eu sento nos degraus da varanda e coloco os cotovelos sobre os joelhos, mantendo um olho em Mary, seis metros à frente, onde brinca com seu primo próximo do balanço. Seus cachos loiros se movem enquanto ri, e eu aprecio que é completamente inconsciente.

Do nada a irmã mais velha de Jenny, Ruby, aparece na escada. Arruma sua mini-saia e começa a mexer nas mechas ondulados dos seus cabelos sobre os ombros.

— Com certeza se enterrou na bosta dessa vez Joseph.

Normalmente não escutaria nenhum conselho de Ruby, principalmente sobre relacionamentos, mas aqui estou.

— Não... não sei o que aconteceu.

Ruby bufa. — Disse para a minha irmã que fudeu outra garota, isso é o que aconteceu. Nenhuma mulher quer ouvir.

— Então, por que perguntou?

— Agita a cabeça como se a resposta fosse óbvia. — Queria te ouvir dizer que não.

— Concordamos em ver outras pessoas. — Discuto. — Disse que seríamos honestos. Maduros.

— Dizer e sentir são coisas diferentes, amante. — Olha suas unhas. — Olha, você e Jenny só têm dezoito, são bebês... isso vai passar. É só uma questão de tempo.

As palavras custam a passar por minha garganta. — Mas... a amo.

— E ela te ama. Por isso dói tanto.

Não há maneira de que desista, não me renderei, não assim. É o medo que pressiona a fazer algo, dizer qualquer coisa.

Subo as escadas até o quarto que Jenn compartilha com nossa filha e a porta fechada me diz que não sou bem-vindo.

Está deitada na cama, o corpo tremendo, chorando sobre seu travesseiro. E a faca se enterra ainda mais no meu peito. Me sento na cama e toco seu braço. Jenny tem a pele suave, como pétalas de rosa. 

Me recuso que essa seja a última vez que a toco.

— Eu sinto. Sinto muito. Não chore. Por favor não... me odeie.

Se senta e não se preocupa em secar a evidência da dor em seu rosto. — A ama?

— Não. —Digo firmemente. — Não, foi algo de uma noite. Não significou nada.

— Era bonita?

Respondo como o advogado que quero ser. — Não tão bonita como você.

— Dallas Henry me convidou para ir ao cinema. — Jenny me disse tranquilamente.

Qualquer sentimento de remorso que eu estava sentindo se foi sendo substituído por pura raiva. 

Dallas Henry fazia parte do meu time de futebol na escola e sempre foi um imbecil. O tipo de cara que pega as garotas mais bêbadas da festa e coloca algo em suas bebidas para que fiquem ainda mais bêbadas.

— Está brincando?

— Lhe disse que não.

A fúria se acalma um pouco, mas só um pouco. Meu punho ainda terá um lindo encontro com a cara de Dallas Henry antes que eu vá embora.

— Por que você não me disse Joseph? — Me acusa com raiva.

Sua pergunta me traz culpa de novo dessa vez mais forte. Me coloco de pé, tenso, dando voltas. — Eu disse que não! Muitas vezes. Merda Jenn... pensei... não foi uma traição! Não pode me odiar por isso. Por fazer o que você queria que eu fizesse.

Cada músculo do meu corpo se tensa, esperando sua resposta. Logo ela se acalma e assente. — Tem razão.

Seus olhos azuis me olham e sua tristeza me corta até os ossos. — Eu só... odeio imaginar o que fez com ela, queria voltar a quando... quando eu não sabia. E poderia imaginar que sempre foi só eu. — Funga. — Não é patético?

— Não. — Grunho. — Não é. — Caio de joelhos na sua frente, consciente de que estou implorando, mas não me importa. — Só há você, em todas as formas que importam. O que acontece quando estamos separados, só vai significar algo se deixarmos que signifique.

Minhas mãos vão para a sua pele, precisando tocá-la, apagar isso de sua cabeça, querendo muito que comecemos de novo.

— Venho para casa no verão. Dois meses e meio é tudo o que quero, em cada segundo, é te amar. Posso querida? Por favor só me deixe te amar.

Seus lábios se encontram quentes e inchados de tanto chorar. Os beijo suavemente a princípio, pedindo permissão. Logo mais forte, apoderando de seus lábios com a minha língua, pedindo submissão. Toma um momento mas logo me corresponde. Suas pequenas mãos agarram minha camisa me puxando contra ela. Me possuindo. Como sempre fez.

Jenny cai de costas na cama, levando-me com ela. — Não quero voltar a saber, Joseph. Sem perguntas, sem dizer. Prometa-me.

— Prometo. — Falo, disposto a aceitar qualquer coisa agora.

— Começo a escola no outono. — Pressiona. Também irei conhecer outras pessoas. Sairei e não pode opinar. Ou ficar com ciúmes. Sacudo a cabeça. — Não ficarei. Não quero opinar. Não... não quero te prender.

Essa é a verdade louca.

Uma parte de mim quer manter Jenny toda para mim, trancá-la nessa casa e saber que não faz mais nada a não ser esperar que eu volte. Mas mais forte que isso é o medo de que coloquemos tudo a perder, que nos odiaremos, que nos culparemos por tudo o que deixamos de viver. Por todas as coisas que não chegamos a fazer.

Mais do que tudo não quero acordar em dez anos a partir de agora e perceber que a razão pela qual minha garota odeia sua vida... sou eu.

Assim, se significa que tenho que compartilha-la por um tempo, eu o farei.

Meus olhos fixam nos seus. — Mas quando estiver em casa, você é minha. Não do maldito Dallas Henry, nem de ninguém além de mim.

Seus dedos acariciam meu queixo. — Sim, sua. Também sou o motivo pelo qual volta para casa. Não ficarão com você, Joseph. Nenhuma outra garota... será eu.

A beijo com posse, selando as palavras. Meus lábios se movem pelo seu pescoço a medida que minha mão desce sobre seu estômago. Mas ela pega minha mão. — Meus pais estão lá em baixo.

Meus olhos se apertam enquanto inalo profundamente. — Vem para o rio comigo essa noite? Conduziremos até que Mary durma na parte detrás.

Jenny sorri. — Uma viagem na caminhonete parece legal.

Beijo sua testa. — Perfeito.

Me recosto ao seu lado e a aperto contra mim, brincando com a gola de minha camisa. — Não será assim para sempre. Um dia terminarei a faculdade e as coisas voltarão ao normal.

Sim.


Um dia...


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