Mais 2 capítulos pra hoje mas amanhã, se eu tiver tempo posto mais capítulos. Beijooos!!! <3
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CAPITULO 2.5
TRÊS SEMANAS DEPOIS
— Maldito
infiel mentiroso, filho da puta!
As mãos de
Jenny vêm selvagens e fortes, me batendo no rosto, nos ombros, onde quer que
alcance.
Golpe.
Golpe.
Golpe.
— Jenny
pare! — Agarro seus braços, tentando contê-la. — Maldita seja, se acalme!
Quentes
lágrimas de raiva passam por suas bochechas e seus olhos estão inchados com
traição. — Te odeio! Me enoja! Te odeio!
Solta-se das
minhas mãos e corre, para a entrada da casa, abrindo a porta atrás dela e
desaparecendo dentro de casa. Sou deixado no quintal, sozinho. Sentindo que fui
abandonado, meu coração não bate, parece que foi arrancado. E há algo mais,
mais que arrependimento, medo. As palmas de minhas mãos começam a suar e minha
pele coça. Medo do que fiz, terror de acabar de perder a melhor coisa que já me
aconteceu.
Passo uma
mão pelo cabelo, tentando me manter tranquilo.
Passo a mão
pelo cabelo, tentando manter a calma. Então eu sento nos degraus da varanda e
coloco os cotovelos sobre os joelhos, mantendo um olho em Mary, seis metros à
frente, onde brinca com seu primo próximo do balanço. Seus cachos loiros se
movem enquanto ri, e eu aprecio que é completamente inconsciente.
Do nada a
irmã mais velha de Jenny, Ruby, aparece na escada. Arruma sua mini-saia e
começa a mexer nas mechas ondulados dos seus cabelos sobre os ombros.
— Com
certeza se enterrou na bosta dessa vez Joseph.
Normalmente
não escutaria nenhum conselho de Ruby, principalmente sobre relacionamentos,
mas aqui estou.
— Não... não
sei o que aconteceu.
Ruby bufa. —
Disse para a minha irmã que fudeu outra garota, isso é o que aconteceu. Nenhuma
mulher quer ouvir.
— Então, por
que perguntou?
— Agita a
cabeça como se a resposta fosse óbvia. — Queria te ouvir dizer que não.
—
Concordamos em ver outras pessoas. — Discuto. — Disse que seríamos honestos.
Maduros.
— Dizer e
sentir são coisas diferentes, amante. — Olha suas unhas. — Olha, você e Jenny
só têm dezoito, são bebês... isso vai passar. É só uma questão de tempo.
As palavras
custam a passar por minha garganta. — Mas... a amo.
— E ela te
ama. Por isso dói tanto.
Não há
maneira de que desista, não me renderei, não assim. É o medo que pressiona a
fazer algo, dizer qualquer coisa.
Subo as
escadas até o quarto que Jenn compartilha com nossa filha e a porta fechada me
diz que não sou bem-vindo.
Está deitada
na cama, o corpo tremendo, chorando sobre seu travesseiro. E a faca se enterra
ainda mais no meu peito. Me sento na cama e toco seu braço. Jenny tem a pele
suave, como pétalas de rosa.
Me recuso que essa seja a última vez que a toco.
— Eu sinto.
Sinto muito. Não chore. Por favor não... me odeie.
Se senta e
não se preocupa em secar a evidência da dor em seu rosto. — A ama?
— Não. —Digo
firmemente. — Não, foi algo de uma noite. Não significou nada.
— Era
bonita?
Respondo
como o advogado que quero ser. — Não tão bonita como você.
— Dallas
Henry me convidou para ir ao cinema. — Jenny me disse tranquilamente.
Qualquer
sentimento de remorso que eu estava sentindo se foi sendo substituído por pura
raiva.
Dallas Henry fazia parte do meu time de futebol na escola e sempre foi
um imbecil. O tipo de cara que pega as garotas mais bêbadas da festa e coloca
algo em suas bebidas para que fiquem ainda mais bêbadas.
— Está
brincando?
— Lhe disse
que não.
A fúria se
acalma um pouco, mas só um pouco. Meu punho ainda terá um lindo encontro com a
cara de Dallas Henry antes que eu vá embora.
— Por que
você não me disse Joseph? — Me acusa com raiva.
Sua pergunta
me traz culpa de novo dessa vez mais forte. Me coloco de pé, tenso, dando
voltas. — Eu disse que não! Muitas vezes. Merda Jenn... pensei... não foi uma
traição! Não pode me odiar por isso. Por fazer o que você queria que eu
fizesse.
Cada músculo
do meu corpo se tensa, esperando sua resposta. Logo ela se acalma e assente. —
Tem razão.
Seus olhos
azuis me olham e sua tristeza me corta até os ossos. — Eu só... odeio imaginar
o que fez com ela, queria voltar a quando... quando eu não sabia. E poderia
imaginar que sempre foi só eu. — Funga. — Não é patético?
— Não. —
Grunho. — Não é. — Caio de joelhos na sua frente, consciente de que estou
implorando, mas não me importa. — Só há você, em todas as formas que importam.
O que acontece quando estamos separados, só vai significar algo se deixarmos
que signifique.
Minhas mãos
vão para a sua pele, precisando tocá-la, apagar isso de sua cabeça, querendo
muito que comecemos de novo.
— Venho para
casa no verão. Dois meses e meio é tudo o que quero, em cada segundo, é te
amar. Posso querida? Por favor só me deixe te amar.
Seus lábios
se encontram quentes e inchados de tanto chorar. Os beijo suavemente a
princípio, pedindo permissão. Logo mais forte, apoderando de seus lábios com a
minha língua, pedindo submissão. Toma um momento mas logo me corresponde. Suas
pequenas mãos agarram minha camisa me puxando contra ela. Me possuindo. Como
sempre fez.
Jenny cai de
costas na cama, levando-me com ela. — Não quero voltar a saber, Joseph. Sem
perguntas, sem dizer. Prometa-me.
— Prometo. —
Falo, disposto a aceitar qualquer coisa agora.
— Começo a
escola no outono. — Pressiona. Também irei conhecer outras pessoas. Sairei e
não pode opinar. Ou ficar com ciúmes. Sacudo a cabeça. — Não ficarei. Não quero
opinar. Não... não quero te prender.
Essa é a
verdade louca.
Uma parte de
mim quer manter Jenny toda para mim, trancá-la nessa casa e saber que não faz
mais nada a não ser esperar que eu volte. Mas mais forte que isso é o medo de
que coloquemos tudo a perder, que nos odiaremos, que nos culparemos por tudo o
que deixamos de viver. Por todas as coisas que não chegamos a fazer.
Mais do que
tudo não quero acordar em dez anos a partir de agora e perceber que a razão
pela qual minha garota odeia sua vida... sou eu.
Assim, se
significa que tenho que compartilha-la por um tempo, eu o farei.
Meus olhos
fixam nos seus. — Mas quando estiver em casa, você é minha. Não do maldito
Dallas Henry, nem de ninguém além de mim.
Seus dedos
acariciam meu queixo. — Sim, sua. Também sou o motivo pelo qual volta para
casa. Não ficarão com você, Joseph. Nenhuma outra garota... será eu.
A beijo com
posse, selando as palavras. Meus lábios se movem pelo seu pescoço a medida que
minha mão desce sobre seu estômago. Mas ela pega minha mão. — Meus pais estão
lá em baixo.
Meus olhos
se apertam enquanto inalo profundamente. — Vem para o rio comigo essa noite? Conduziremos até que Mary durma na parte detrás.
Jenny sorri.
— Uma viagem na caminhonete parece legal.
Beijo sua
testa. — Perfeito.
Me recosto
ao seu lado e a aperto contra mim, brincando com a gola de minha camisa. — Não
será assim para sempre. Um dia terminarei a faculdade e as coisas voltarão ao
normal.
Sim.
Um dia...
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