9.5.17

Capitulo 15

CAPITULO 15

Joseph

No momento em que chegamos aos Monroe, metade da cidade já está lá. Depois da Igreja todos sempre vão para a casa de alguém, trazendo comida e se preparam para um dia de churrasco, bebida e conversa. Ao longo do pátio, grupos de pessoas conversando e rindo, grupos de crianças correndo e gritando. Mary se junta a um rebanho, logo que chegamos lá. Nana observa a coisa toda do seu lugar na varanda, como uma gárgula vigilante e armada. Um domingo típico.

Passo minha vasilha de molho para June, que a leva para seu marido, localizado perto da churrasqueira, cercada por uma fumaça perfumada, tão grossa que poderia ser Alice Cooper em concerto. A irmã de Jenny, Ruby, me traz uma cerveja e me dá um abraço. Como a casa de seus pais, os anos passam, mas Ruby permanece a mesma. O mesmo cabelo vermelho flamejante, o mesmo riso selvagem, e o mesmo pedaço de merda como namorado, apenas com um nome diferente. Este é Duke ou Dick¹ realmente não importa, nenhum deles fica muito tempo, e que é realmente o melhor. Eu apresento a Demi, e posso dizer imediatamente que Ruby não gosta dela, pelo simples fato de que está aqui comigo. Embora a cidade inteira pareça malditamente animada sobre o casamento, Ruby, obviamente, acha que há uma possibilidade que Jenn vai mudar sua mente. Portanto, não será amigável com uma mulher que ela vê como a concorrência potencial de sua irmã.

1 Pun. Dick significa pênis.

Eu olho ao meu redor em busca de Jenny, mas não a vejo.

Enquanto caminhamos para obter uma bebida para Demi, a apresento cada vez que paramos, que são muitas vezes. Ali se encontra a pele bronzeada da loira senhora Mosely. Eu fui para a escola com suas filhas, mas todos os caras estavam interessados em sua mãe. Eles muitas vezes lutaram para ver quem iria se oferecer primeiro para cortar a grama, apenas para ter a chance de vê-la tomar banho de sol no quintal de biquíni. Logo está Gabe Swanson, o contador de histórias da cidade e proprietário da livraria, um dos homens mais bonitos e mais terrivelmente chatos que conheci. Depois de servir a Demi uma bebida de menta da mesa com bebidas toalha xadrez, nos giramos e vemos o rosto sorridente do Pastor Thompson se aproximando.

— Bom ver você, Joseph.

— Igualmente Pastor. — Tomo um gole da minha cerveja. — Bom sermão hoje.

— Achei que você gostaria. — Ligeiramente bate no meu braço com a mão trêmula. — Quanto tempo se passou desde que você esteve em casa?

Eu arranho meu pescoço, tentando lembrar. Até que uma voz melosa que iria reconhecer em qualquer lugar, lembra-se para mim.

— Quatorze meses e doze dias.

Dirijo-me à minha direita, e Jenny está lá, agora com um vestido olhal tipo branco, decote, cabelo amarrado com uma fita amarela, parecendo um anjo... E um corpo de um demônio por baixo. Meu tipo favorito.

Cara de bunda também está lá. Infelizmente.

— Isso não pode ser verdade. — Corrijo. — Eu passei o Natal com Mary.

O sorriso de Jenny é tranquilo, ressentido, um sorriso de "eu avisei".

— Porque você comprou um bilhete de avião e ela voou para passar o Natal com você. Você disse que não poderia voltar para casa. De novo.

Estou espantado quando percebo que é verdade, tem sido um longo tempo. Falar com Jenny quase todos os dias, olhando para o Skype, os dia se misturaram... passaram ... e eu não notei.

Demi põe a mão no meu braço. — Você trabalhava no caso Kripley em dezembro, lembra? — Então, como se me defendendo, explica: — Foi um grande caso, assalto à mão armada, com uma pena mínima de vinte anos. Sr. Kripley foi erroneamente identificado como o autor. Joseph foi capaz de mostrar ao júri como confiável foi a identificação de testemunhas e foi considerado inocente. 

Algumas semanas mais tarde, o verdadeiro ladrão foi preso tentando vender a mercadoria roubada.
Demi olha para mim com os olhos orgulhosos, mas quando ela se vira para Jenny, seu olhar se torna frio. — Ele salvou a vida de um homem e ainda encontrou tempo para passar o natal com sua filha, o que é bastante impressionante, você não acha?

O olhar de Jenny vai para baixo no copo em sua mão. — Claro. Nós todos sabemos o quão importante é o trabalho de Joseph.

O Pastor Thompson levanta seu copo. — Vá combater o bom combate, filho.

— Obrigado, senhor. O farei.

Depois que o pregador se vai, vejo uma oportunidade de ouro. Cara de bunda está condenado. — Jenny, há algumas coisas que precisamos falar. Vamos dar um passeio...

Então meu irmão aparece no nosso meio, empurrando uma bola de futebol na minha cara. — Hey, Bubba, você quer jogar?

— Boa ideia, Nicholas. — JD sorri. — Você se importa se eu me juntar a você?

— Claro, treinador Dean.

Treinador Dean... Que porra de brincadeira. Mas, pensando bem, vai me dar uma oportunidade de colocar a descoberto. Passo minha cerveja para Demi.

— Vocês, garotos, vão correr e brincar. — Jenn zomba. — Demi e eu nos conheceremos melhor. — Algo em sua voz me faz parar e olhar, ver se Demi concorda com isso. Seu sorriso diz que sim.

Tomo a bola de Nicholas e lanço para o estômago de JD, a um metro de distância. Pega com um ooomph doloroso.

Ah, sim, isso vai ser divertido.

Depois de alguns minutos jogando a bola, eu decido aproveitar a oportunidade de questionar JD, talvez conseguir algo que eu possa usar. — Então — eu começo casualmente — de volta a escola preparatória. Como é isso, depois de tantos anos?

As relações inadequadas entre alunos e professores estão em moda estes dias, e espero que JD seja um seguidor de tendências.

Ele dá de ombros, com autodepreciarão. — Você sabe o que dizem: aqueles que não podem, ensinam. Aqueles que não podem jogar... ensinam. Eu sempre fui bom com estratégia, fazendo jogadas, os assuntos físicos eram mais difíceis para mim. Eu não sou muito coordenado.

Como para reforçar o seu ponto, o seu próximo lançamento se ergue um metro e meio acima da minha cabeça, eu tenho que ir para pegar ele. Mas eu faço.

— Jenny disse que vivia sozinho na Califórnia?

Eu já tinha feito uma verificação de antecedentes, tudo limpo.

— Assim era em San Diego.

Recebo um passe de Nicholas e jogo a bola na cara de JD. Pega melhor do que na escola. Droga.

— Deve ter sido difícil mudar-se de novo para cá depois de estar longe tanto tempo. Deixando o seu trabalho, amigos... talvez uma antiga namorada?

JD sorri, e seu sorriso é desagradavelmente genuíno. — Meus amigos vêm visitar-me de vez em quando, aproveitar a vida em uma cidade pequena sabe? Sem namorada séria para falar. E com as coisas estavam com meu pai naquele momento... isso não foi difícil. Sunshine ainda se parece com casa.

Eu olho para o meu próprio pai, em frente ao pátio, onde ele está bebendo uma cerveja com Wayne Monroe, seu braço firmemente envolto em torno da cintura da minha mãe.

— Sinto muito sobre seu pai, JD. De verdade.

Ele se agarra à bola, seus olhos marrons sérios. — Obrigado. Me alegro de ter voltado e ter passado aquele tempo com ele. No final, podia ver as coisas rolarem entre Jenny e eu, e me disse que tudo acontece por, uma razão. Ela é a minha razão. Ela fez toda a tristeza valer alguma coisa.

Eu quero sentir raiva. Jenny era a minha razão, antes sequer que eu soubesse seu nome. Mas ele é tão extremamente sincero.

Ir atrás dele seria como chutar um pequeno filhote de cachorro marrom abanando o rabo, e só um idiota faria isso.

Ele joga a bola para Nicholas, então se vira para mim. — Podemos falar um minuto, Joseph?
— Eu pensei que era o que nós fizemos.

— Quero dizer em privado.

Isso deve ser interessante. — Claro.

Nicholas vai encontrar alguém para jogar, enquanto JD e eu andamos ao lado do outro em torno do estaleiro.

No caminho vejo Mary e alguns de seus primos sendo barulhentos, jogando grama e gritando como gansos. Levo meus dedos sobre os lábios e assobio.

— Ei, acalmem-se.

Imediatamente param, Mary, particularmente, se vê triste pela repreensão Eu acho que é importante que as crianças tenham um medo saudável de ambos os pais. Especialmente o pai. Eu tinha pavor do meu pai e ele quase não encostou a mão em mim. Ele não precisava, só saber que podia era suficiente.

Olho para minha filha para suavizar o golpe. — Se querem agir como animais vão para o celeiro.
Mary sorri e voltam a brincar, mas mais calmos.

JD e eu paramos perto do carvalho, afastado das pessoas. — Quer me dizer alguma coisa? — Pergunto.

Ele se endireita e me olha nos olhos. — Eu sei que a velocidade do casamento te pegou de surpresa. Eu aprendi da maneira difícil que a vida é curta então eu não quero esperar. E eu sei que você e Jenny são próximos, tem uma relação. Confio em Jenny e nunca a faria escolher entre nós dois. Quanto a Mary...

Automaticamente fico tenso. Se ele disser qualquer coisa errada, mesmo pequena, vou chutar esse filhote de cachorro até a próxima semana, cassete.

— ...ela é uma ótima garota e me preocupo com ela. Mas você é o seu pai. Não quero isso ou te substituir. Não poderia, nem se tentasse. Tudo o que quero é ser seu amigo. — Faz uma pausa e continua. — Sei que depois que Jenny e eu nos casarmos, uma parte sua ainda pensará nelas como suas garotas. Então, tudo o que quero que você saiba é que planejo fazer, o que puder, para que elas sejam felizes.

Me estende sua mão. — E acredito que se conseguirmos ser amigos, isso as faria muito felizes. O que acha?

Filho da puta.

Não posso decidir se Jimmy Dean é um fodido idiota ou um gênio maníaco. Tudo o que sei com certeza é que queria odiá-lo. E ele... fez impossível.

Depois de apertar as mãos, JD e eu voltamos para Demi e Jenny que parecem se dar bem. O cabelo escuro de Demi brilha com a luz do sol quando ela joga a cabeça para trás e ri, sua boca aberta e desinibida. E sorrio apenas olhando para ela.

Apenas chegamos na metade do caminho quando há uma perturbação na outra extremidade do pátio. Uma briga. Elas são bastante comuns. Dê álcool para um monte de gente que viveu praticamente toda a sua vida juntos e obrigatoriamente alguém pode dizer algo que outra pessoa não goste.

Desta vez são Ruby e seu namorado.

— Basta ir!

Ele agarra seus braços, seus dedos apertando eles. — Com quem acha que está falando, cadela?
Não é meu primeiro passeio nesse caminho. Sei exatamente para onde se dirige. Ao que parece, o mesmo acontece com JD.

— Oh…

— Demônios…

Ele intercepta Jenny quando ela se levanta, sempre pronta para ir brigar em defesa de sua irmã. — Jenny, espera! — Suplica. — Você sempre se envolve...

— Ela é minha irmã! Não me sentarei aqui enquanto esse pedaço de merda fala com ela assim.
Passo por eles, indo exatamente para a briga.

As pessoas dizem que há dois tipos de homens. Aqueles que nunca colocariam as mãos em uma mulher e aqueles que lidam com suas próprias frustações culpando as mulheres mais próximas de seus punhos. Mas eu não concordo. Um homem que bate em uma mulher NÃO é um homem, apenas um pedaço de lixo disfarçado como humano.

— Ei ZZ Top³! — Isso chama a sua atenção. —. É hora de você ir.

3 ZZ Top é uma banda de rock norte-americana de blues e hard rock formada em 1970. Eles são conhecidos no mundo inteiro graças ao seu estilo particular, são sempre retratados usando óculos escuros, roupas ou barbas muitas vezes idênticas e muito longas.

Ruby estremece quando sua mão aperta em torno de seu braço. Ele cospe saliva em sua barba quando rosna: — Quem diabos é você?

Eu sorrio. — Você não é daqui, certo?

— Não é da sua conta... saia.

Ele se volta para Ruby, mas eu me aproximo, chegando perto de seu rosto. E minha voz é baixa, legalmente calma. — Olha, é aí que você está errado. Porque a minha filha está aqui e ela olha para nós agora, o que torna bastante da minha conta. Então tire suas fodidas mãos de sua tia agora. Ou jogarei seus dentes em sua garganta tão profundo que cagarás eles.

Permanecemos em pé por alguns segundos, sem piscar. E eu posso ver as rodas girando em sua cabeça ignorante, debatendo se ele pode me bater. Cheio. De. Merda. Deve ter um pingo de inteligência depois de tudo, porque a libera e cambaleia para fora do quintal.

— E não volte! — Grita Ruby atrás dele.

Eu balancei minha cabeça. — Pelo o amor de Cristo, Ruby.

Ela joga as mãos. — Eu sei, eu sei, se não tivesse má sorte com os homens... seria uma lésbica.
Isso faz-me rir.

Me cutuca. — Vamos beber.

Passo meu braço em volta dos seus ombros, e fazemos exatamente isso.

Quando eu encontro Demi, ela está segurando dois pratos com comida, um para ela e outro para mim, cheios de frango, salada de batata e costelas. — Obrigado.

Encontramos um local vazio em uma mesa de piquenique e sentamos para comer. — Bem, isso foi interessante. — Diz ela.

— Isso não foi nada, ainda é meio-dia. O que é realmente interessante vem com a escuridão.
— Todo mundo se torna vampiros brilhantes?

Eu balanço minha cabeça. — Fazendeiros sulistas. — Dou uma mordida na costela que derrete na boca. — Então, você e Jenny se conheceram?

— Oh, nós fizemos. Comparar notas de seu desempenho sexual nos deu uma sólida base comum. Lhe demos dois polegares para cima, com certeza.

— Só dois? — Sorri. — Eu tenho que melhorar o meu jogo.

— Então, como foi sua conversa com JD? Tornaram-se amigos como sugeri?

Eu limpo minha boca com um guardanapo. — Eu vou te dizer mais tarde. Esperava me encontrar com Jenn, ter algum tempo a sós com ela.

Demi empurra o prato aparentemente terminou. — Um... eu acho que ela entrou na casa.

Risos e gritos viajam do outro lado do quintal, capturando nossa atenção. — Eu retiro o que eu disse sobre a escuridão. — Digo. — O que é realmente interessante se dirige para nós neste momento.

Meu irmão mais velho, Carter, vem caminhando, vestido de calça jeans apertadas e uma camisa branca com a imagem de Bob Marley. Uma corrente de ouro em volta do pescoço com um grande e estranho pendurado medalhão no final. Carter é muito semelhante em aparência a mim, se eu fosse mais alto, mais magro e tivesse um bigode espesso e cuidado, como um investigador privado Magnum loiro.

Paro e aceito o abraço que quase me levantou do chão. — Aqui está o meu irmão!

Eu cresci com Carter, quatro anos mais velho do que eu, ele era o meu ídolo. Eu não queria nada mais do que seguir seus passos perfeitos. Ele também jogou bola na escola, ainda detém o recorde de mais conclusões. Ele ganhou uma bolsa para Ole Miss, mas desistiu depois de apenas um semestre. Em seguida, ele voltou para casa ... diferente. Renascido. Mas não da maneira cristã. Agora é assim: tem trinta e dois, ainda vai para todas as festas das escolas, quem dá cerveja, e outros prazeres, para adolescentes locais. É a alma da festa, e cada um deles adora o chão que ele pisa.

— É bom vê-lo, Carter. — Digo com um sorriso. E eu quero dizer isso.

Ele me olha por cima, atingindo meu braço, com orgulho. Em seguida, ele se vira para Demi. Ela oferece sua mão. — Oi sou…

— Você é Demi. — Conclui com reverência. Em seguida, a abraça, um pouco perto demais e por tempo suficiente para o meu gosto. Finalmente, a solta, segurando suas mãos para cima e para os lados, e passa o seu olhar sobre ela. — Os passarinhos me disseram seu nome.

Ela olha para mim, mas eu balancei minha cabeça. — Passarinhos? — Ela pergunta.

—Assim é. Eu estou em comunhão com a natureza, todas as manhãs. Você ficaria surpresa com o que ela diz, se você apenas tomar tempo para ouvir.

Mais uma vez, seus olhos estão sobre ela. — E você é tão bonita como me foi dito. Olhe para estes quadris, suas bochechas, seu ...

— Sim, sim, ela é linda. — Bato minha mão em seu peito, empurrando-o para trás. — O que faz aqui? Achei que você tinha se separado da Igreja.

Ele dá de ombros. — Até os pagãos gozam de bom churrasco.

Há duas meninas atrás dele se aproximando. Trançado cabelo loiro, pequenas, hippies vestindo blusas camponesas, coletes com franjas e mocassins. Elas poderiam ser gêmeas, definitivamente irmãs. — Permita-me apresentar-lhe minhas damas. — Carter diz. — Sal e Sadie.

A que está à sua esquerda dá um passo adiante. — Sou Sal, ela é Sadie. — Belisca o rosto do meu irmão com familiaridade. — Sempre nos confundem.

— Hooooola! — Sadie cumprimenta com uma risada.

— Vamos pegar alguns alimentos. — Diz Sal. — Você quer que te prepare um prato, baby? — Pergunta ao meu irmão.

Ele a beija na testa. — Você é muito boa para mim. — Quando ela se vira para sair, bate na bunda de Sadie. — Certifique-se de obter algum frango frito da minha mãe também. — Ele grita e bate os cílios para ela.

Quando elas saem, pergunto: — Elas são legais?

Aperta os olhos. — Depende da sua definição de legal.

— Não, verá — levanto o meu dedo para explicar — essa é a beleza de "legal". Você é ou não é, não é subjetiva.

— Você se preocupa demais, Joseph.

— E você não se preocupa o suficiente.

Golpeia meu braço. — Você soa como papai.

Eu bufei. — Como sabes? Ou você e papai conversaram de novo?

Depois de voltar da faculdade, Carter decidiu que não podia mais viver sob o governo fascista da casa de meu pai. Ele comprou um trailer duplo dilapidado na periferia da cidade, mudou-se e tentou a sorte em ... agricultura.

A colheita única e especializada, que agora é legal em Colorado.

Agora, ele também desenvolveu um fertilizante líquido de alta potência eficiente que fornece uma grande quantidade de nutrientes por semanas com apenas algumas gotas. Ele patenteou, vendeu para o governo federal, e tornou-se extremamente rico. Mas nunca sabe, seus gostos são simples. Ele ainda vive no mesmo lugar, embora tenha comprado os hectares da paisagem circundante, à procura de privacidade e desenvolvimento de... plantas. É um tipo de coisa comuna: vida livre, amor livre. Como Woodstock durante todo o dia, todos os dias. O refúgio garotos da cidade com Carter. No ano passado, quando um colega de classe Nicholas dirigia embriagado, ele colidiu com outro caminhão e fugiu, estava com Carter. E meu irmão o deixou entrar, falou com ele e convenceu-o a render-se à polícia. Carter até foi com o menino para a delegacia.

O estilo de vida alternativo meu irmão é uma pílula amarga que meu pai se recusa a engolir. Não proibiu sua entrada em casa e Carter continua a ir para as festas e reuniões de família por insistência da minha mãe, mas meu pai apenas finge que não está lá.

Carter dá de ombros. — Papai só precisa de mais tempo para se acostumar com as coisas.
Tomo um gole da minha cerveja e gostaria de saber se há algum Bourbon disponível.

— Darei uma festa esta semana —anuncia meu irmão, levantando os braços — e eu queria ter certeza de que você e sua linda Demi vão participar. Minha casa na terça à noite.

— Você vai dar uma festa em uma terça-feira? — Pergunta Demi.

— Eu acho que terça-feira é o dia mais negligenciado da semana. Todo mundo reclama da segunda-feira, quarta-feira é a corcunda¹ dia, quinta-feira é quase sexta-feira e sexta-feira é o favorito. 

Ninguém se lembra, terça-feira é o arroz preto. — Dá uma piscadela. — Como eu.

Tenho muito mais a fazer que perder uma noite na casa do meu irmão, festejando com crianças do ensino médio, me drogando pelo fumo passivo.

1 refere-se ao fato de estar no meio da semana, e, portanto, seria o topo da corcunda.

— Eu não sei se podemos ir.

Ele sorri com conhecimento de causa. — Jenny e JD vão estar lá. — Ele agarra meu ombro. - A mudança é difícil, irmão, especialmente para alguém com objetivos como você. Gostaria de oferecer meus serviços voluntariamente para facilitar a transição. — Usa seus dedos. — Para se unir nossas famílias em uma só, você ouviu o que eu disse?

Suspiro por sua merda brega da Nova Era, com a qual ele vê a vida. Mas ... se Jenny vai estar lá, pode me dar uma chance de falar com ela. Ficarmos sozinhos. Para conquistá-la, ter de volta seus sentimentos, suas memórias, todos os bons momentos que compartilhamos. Isto pode ser útil.

— Sim, o ouvi, Carter.

Acena. — Bem. Eu vou ver a mamãe. — Beija ambas as bochechas de Demi. — Foi sublime conhecê-la. Espero diverti-la na terça-feira.

E então ele saiu.

— Ele estava drogado, certo? — Demi pergunta, sorrindo.

— Difícil dizer com Carter... mas eu ficaria surpreso se não estivesse.

Algumas horas passam, cheias de cervejas geladas e boas conversas. Demi e eu seguimos invictos em um torneio de ferraduras. A multidão diminui, as pessoas começam a voltar para casa para se preparar para a semana por vir. Um punhado de nós sentados em cadeiras dobráveis em torno de um fogo, enquanto o céu fica cor de rosa e cinza por causa do pôr do sol. Jenny fica lá ao lado do cara de bunda. Demi ao meu lado, e Mary sentada no meu colo. Penteio seu cabelo para baixo, beijo o topo de sua cabeça, e gosto de segurá-la bem. Por que de um segundo para outro será muito grande para se sentar em seu colo, e em vez de ser seu herói, serei sua melhor fonte de vergonha.

Eva se senta com as pernas cruzadas na grama e sua guitarra. — Canta alguma coisa, Joseph?

Eu balanço minha cabeça. — Não, agora não.

— Oh, vamos. — Pressiona Eva. — Tem sido anos. Nós podemos cantar "Stealing Cinderella", eu amo essa música.

As pernas de Demi estão cruzadas debaixo dela, a cabeça apoiada na mão. — Eu não sabia que você cantava.

— Joseph tem uma bela voz. — Diz minha mãe. — Costumava cantar na igreja todos os domingos.
Demi sorri. — Você foi um verdadeiro garoto do coral? Como eu não sabia disso?

— Eu tinha sete anos. — Digo secamente.

Mas, em seguida, Mary toma todo o meu argumento. — Vamos lá, papai. Eu gosto de ouvi-lo cantar.
Simples assim.

Aceno para Eva e ela começou a tocar guitarra. É uma quase triste suave melodia. Uma canção sobre pais e filhas, continuando enquanto eles permanecem exatamente os mesmos.

Ella juega a Cenicienta, paseando en su primera bicicleta...

Passo as mãos pelo cabelo de Mary novamente, mas enquanto a canção continua torna-se maior seu significado, fica mais significativa. Eu sinto o calor no olhar de Demi, observando uma parte diferente de mim que nunca viu, e assiste com fascínio. Vejo JD com os olhos fixados em Jenny, quase que desejando que vire a cabeça. Mas ela não o olha. Do outro lado do fogo, através de fumaça e chamas, ela mantém seus olhos azuis diretamente em mim. E eu olho para ela, fixamente, enquanto canto sobre memórias preciosas, antigos e novos amores.

A los ojos de ella soy el Príncipe Azul, pero para él sólo soy un tipo montando y robando a Cenicienta.

Eu sou um recolhedor, um daqueles caras que revisa as sobras pouco antes de todo mundo ir para casa. Na mesa da comida, a luz do fogo, vejo que JD também é um daqueles caras. Eu coloco a última perna de frango no meu prato, e JD está no último pedaço de carne. Eu mergulho meu frango com molho barbecue caseiro e ele pergunta: — Esse é seu molho?

— Sim.

— Ouvi dizer que é muito bom.

Eu ofereço a colher. — Você ouviu direito.

Coloca em seu prato, em seguida, lambe os dedos e leva a carne em sua boca. Me dá um polegar para cima durante a mastigação.

— Meu irmão mencionou algo sobre uma festa na terça-feira. Você pode ir, ou você vai estar muito ocupado?

Eu realmente espero que tenha algo mais para fazer, então eu vou ter Jenny só para mim.

Mentalmente, eu esfrego as mãos, em perspectiva, ansioso.

Acena. — Sim, eu estarei lá. Liberei “agenba pada da demada.”

Franzo o cenho quando suas palavras tornam-se mais e mais difíceis de entender. Então eu me aproximo para observar ... porque algo simplesmente não parece bom.

— Meu cada “esda hidada, Dandon? De diende hidada.”

— Santa mãe do caralho! — Eu digo de volta em desgosto.

Porque Jimmy Dean já não tem o rosto de um modelo para a Calvin Klein. Agora parece que o personagem principal de uma produção de terror de Elephant Man.

— “Diede Dimiendos esdo?” — Ele pergunta.

— “Dimiendos?”

Pimentas.

Oh oh.

—Seu bastardo inacreditável!

— Foi um acidente!

— Acidente minha bunda!

— Não sabia…

— Nana disse que te contou que ele era alérgico a pimentas! — Jenny grita do seu lado da caminhonete, depois que um JD nocauteado pelo Benadryl foi colocado no banco do passageiro.

— Coloquei flocos de pimenta nele, Jenn, pensei que era alérgico a pimentas reais! Não para os flocos de pimenta malditos!

E a terrível ironia disso? Digo a verdade. Vou ter que recalibrar o meu detector de merda para ouvir as reivindicações indignadas de inocência de meus clientes. Aparentemente, às vezes eles não dizem merda, não importa o quanto soa parecidos.

— Te odeio!

— Isso é um pouco demais, não acha?

— Exagerado! — Ela grita, me fazendo tremer. — Você tentou envenená-lo!

Chuto o pneu do caminhão. — Se eu quisesse envenená-lo, porra, ele estaria morto! — Passo-a mão no meu rosto. — Mas talvez você deva considerar adiar o casamento, pelo menos até que JD não pareça como — aponto para a janela do passageiro — assim.

Seus olhos se arregalam. E também suas narinas. — É por isso que você fez isso? Você acha que você pode sabotar meu casamento, bastardo podre?

— O quê? Não!

Agora estou realmente na merda.

— Ouça-me e escute bem — ela sussurra — vou me casar no sábado, e eu não me importo se eu tiver que arrastá-lo, meio morto, pelo corredor e apoiá-lo contra o maldito órgão para fazê-lo! Até então fique longe de nós! Eu não quero ver, não quero ouvir, não quero nada!

— Quando você ficou tão teimosa? — Eu grito.

Caminha pisando fundo ao redor da parte de trás do caminhão, respondendo: — Quando você se tornou um maldito egoísta!

— Jenny! Aguarde ...

Mas isso não acontece. Faz o oposto, não espera, sobe na caminhonete e vai. Leva JD para casa para cuidar dele até que melhore.

Demi está ao meu lado na calçada, observando as luzes traseiras desaparecerem. — Bem, isso não funcionou como planejado. — Me queixo.

— Realmente foi um acidente? — Ela pergunta com uma sobrancelha levantada.

— Sim! Realmente foi. Então eu paro e reformulo: — Um acidente maravilhoso e fortuito.

Sorri e solto o meu sorriso.

Então grita. — Santas bolas de merda!

— O quê? O quê?

Estala os dedos e aponta para o céu, com um largo sorriso de descoberta. — Reação alérgica!

— Sim? — Eu pergunto.

— O Assassinato perfeito. Ativação de uma reação alérgica. — Ela cruza os braços, orgulhosa de si mesma.

— Realmente? — Pergunto com uma cara séria. — Minha vida está caindo aos pedaços, e até mesmo desempenhou o crime perfeito?

Ela dá de ombros. — Bem... é uma boa. Brent e Jake vão ficar impressionados.


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