CAPITULO 16
Joseph
— Eu nunca vi um tão grande. É muito grande.
— Não é tão grande.
— É monstruoso! Vai me matar.
— Eu prometo você vai adorar amor. Toque-o.
Suspira. — Não posso.
Pego a mão de Demi e pressiono contra a pele quente.
Obrigando seus dedos a acariciá-lo.
— Vê? Você gosta. Agora só tem que montá-lo, então
realmente você vai gostar.
Na segunda-feira de manhã, finalmente trouxe Demi para
comprar um bom par de botas. Admirou um par de botas de montaria de couro
marrom com costura rosa e um chapéu combinando. E eu tive que dá-los, porque a
mulher pode usar um chapéu como ninguém.
Uma vez que chegamos em casa, achei uma boa ideia para dar
a sua equipe um bom uso.
E levá-la para montar a cavalo.
Apoia sua mão no casaco preto e suspira. — Então é assim
que eu vou morrer.
Eu rolo meus olhos. — Desde quando você é tão dramática?
Ou covarde, se isso importa? Você tem um cão do tamanho de um pequeno touro.
Estamos fora dos estábulos, selando Blackjack, um garanhão
manso e tranquilo, o primeiro cavalo que Mary montou sozinha.
Demi olha com cautela. — Meu cachorro não vai me jogar e
quebrar meu pescoço. Ou me chutar. Ou pisar em mim.
Subo a sela de montar na parte traseira de Blackjack. —
Não... simplesmente rasgar sua garganta se o irritar.
Captura a acusação na minha observação. —Isso é um
estereótipo vil do Rottweiler. Sherman nunca faria isso! É o meu doce bebê.
— Eu nunca vi um bebê com dentes como o seu. — Aperto as
travas e a última fivela. Em seguida, bato no lado de Blackjack do jeito que
gostaria de estar batendo na bunda de Demi.
— Agora, monte.
Demi olha para o enorme animal. Seus olhos redondos, sua
expressão completamente intimidada e vulnerável. E parte de mim deve ser um
bastardo doente, porque isso está me fodendo por dentro.
Dá um passo para frente, levantando as mãos, dobrando o
joelho... e acovarda.
— Não posso! Eu não posso, não posso, não posso, não
posso. Eu só não posso!
Eu rio, batendo em seu ombro. — Tudo bem, não sofra um
ataque cardíaco, será mais divertido dessa maneira, de todos os modos.
Subo nas costas do cavalo, olho para baixo, e estendo
minha mão.
Suas sobrancelhas franzem. — Eu não sei se os seres
humanos estão destinados a montar algo tão grande.
Eu sorrio. — Vamos, Dem, confie em mim. Tenho-te.
Demi respira, pega a minha mão e coloca o seu pé esquerdo no estribo. Blackjack permanece completamente imóvel, enquanto balança a perna
e a puxo de costas, sentado em frente de mim.
Sua bunda coberta por calças de vaqueiro pressiona contra
o meu pau. Suas costas contra o meu peito, os cabelos roçando meu rosto, e eu
cheiro gardênias. Esta viagem vai ser o melhor tipo de tortura. Sentindo-a,
abraçando-a com força, mas incapaz de fazer qualquer coisa sobre isso, um
delicioso e fodido tormento.
Envolvo meu braço em volta de sua cintura, puxando-a para
trás, segurando as rédeas nas mãos. — Relaxe, Demi. — Digo suavemente. —Nunca
deixaria nada acontecer com você.
Encosta-se contra mim, vira a cabeça e sorri. — Ok.
Então, começamos a nos mover.
— Wow! — Grita, agarrando minhas coxas. —-. Acalme-se!
Lembre-se, lenta e constantemente se ganha a corrida.
— Mas duro e rápido é muito mais divertido.
Trotamos costa acima, e sei exatamente o lugar que eu
quero mostrar para ela. É o lugar mais alto da terra de meus pais, onde pode-se
ver os hectares de erva como um ponto do oceano esmeralda.
— Você sabe que — provoco — a única coisa melhor do que
andar de cavalo é estar montado em um.
Demi ri. — Você está falando por experiência?
Inclinou seu o chapéu para trás. — Apenas a partir de
minhas vividas e, infelizmente, não cumpridas fantasias. Seria preciso um pouco
de imaginação, agarrar-se da maneira certa, balançando suas pernas em volta da
minha cintura ou meus ombros ...
— Você está tentando me distrair para não me assustar?
Eu lambo meus lábios, sorrindo. — Talvez... talvez não.
Está funcionando?
Suas mãos pegam minha coxa e esfregam. — Uma vez que, na
verdade, está funcionando, conte-me mais...
— Meu Deus... é tão bonito.
Eu vi essa visão mil vezes, mas estar aqui com Demi, ver a
alegria no seu rosto, o assombro, é contagioso. Faz-me agradecer novamente onde
eu estou, as bênçãos que tínhamos ao crescer. Ela suspira, e juntos desfrutamos
da tranquilidade, observando os prados verdejantes e os vales pontilhados de
gado marrom e preto.
— Mmm.
Olha por cima do ombro para mim. — O quê?
Eu aponto para o gado agrupado. — Você vê como eles estão
agrupados dessa forma?
Demi acena.
Olho para o céu, à procura de um sinal, mas não há nada
para ver, exceto azul.
— Quando o gado se junta assim, normalmente isso significa
que uma tempestade está vindo.
Agora ela também está olhando para o céu. — Quer dizer que
você pode sentir isso?
— Sim.
— Isso é incrível.
Eu dou de ombros. — É muito legal. — Ofereço as rédeas. —
Você quer dirigir?
Agita os dedos, sorrindo vertiginosamente. E isso me faz
sorrir novamente.
— Você acha que estou pronta?
— Definitivamente.
Acaricia o pescoço de Blackjack e toma as rédeas.
— Tudo bem, Blackjack, trabalhe comigo.
Os vinte minutos seguintes passaram comigo explicando como
montar um cavalo, girá-lo, parar, acelerar. Logo, Demi está por conta própria,
e faz isso muito bem.
E nós estamos falando, sobre tudo e qualquer coisa, os
detalhes de gado, o negócio de construção de seu pai, e como pensamos que as
coisas estão indo na empresa sem nós. Demi diz-me sobre a primeira vez que seus
pais a deixaram andar de metrô sozinha em Chicago, e conto-lhe sobre a tomar
esses caminhos depois da escola com Jenny.
Sorrio enquanto me lembro. — Quando éramos jovens, nós
tentamos encontrar a árvore de escalada perfeita. Então, quando éramos mais
velhos, tentamos encontrar a árvore perfeita para transar contra ela.
Demi ri, em seguida, torna-se sombria. Nos balançamos com
os passos suaves de Blackjack e me pergunta: — Realmente quer isso, certo?
Sem pensar, eu respondo: — Sim, eu faço.
Ela ainda permanece por um momento, olhando para o chão.
Então ela pergunta: — Você já pensou sobre o que você vai fazer se você não
puder convencê-la a não se casar?
Eu balancei minha cabeça. — O fracasso não é uma opção, eu
não tenho um plano B.
Demi vira para olhar para mim. E há algo nadando naqueles
olhos castanhos que não posso ler. — Joseph... significa muito para mim. E
eu... ultimamente... senti...
Movo seu cabelo para trás. — Você também significa muito
para mim, Dem.
— Você sabe... se você fizer Jenny se arrepender de se
casar com JD, há uma grande probabilidade de que ela queira que você seja
exclusivo. E se esse for o caso... eu não gostaria que as coisas sejam difíceis
ou tensas entre nós. ... Eu não quero perder sua amizade.
Inclino-me para frente e beijo sua testa. — Eu prometo:
você não vai perder, nunca deixaria isso acontecer.
Na parte da tarde, depois de andar para trás, eu tento
chamar Jenny. Mas vai direto para a caixa postal. Enviei uma mensagem de texto,
uma, duas, três vezes, mas horas depois, nenhuma resposta. Então eu ligo de
novo após o jantar. Correio de voz.
Merda.
Está escuro quando eu paro a caminhonete na frente da casa
de Jenny, bato na porta e chamo por ela.
— Ela não vai sair — diz Wayne Joseph, de fora, mastigando
uma palha em sua boca. — Ela diz que ainda está com raiva.
— Eu não posso ir sem vê-la. Eu vou dormir aqui mesmo nos
degraus da varanda do caralho.
— Uma entre os olhos fará com que vá. — Nana grita do
quarto. — Traga-me as balas, Wayne!
Poucos minutos depois de Wayne tentar novamente, Jenny vem
pisando duro ao descer as escadas, seu cabelo solto, vestindo em um manto
lavanda e cuspindo absurdos.
— Eu estive cuidando de JD durante todo o dia e eu
trabalho na parte da manhã! Eu não quero entrar nisso com você agora, Joseph.
— Então você deve ter respondido o maldito telefone quando
te chamei antes. Temos que falar.
Com os braços cruzados e um olhar severo, se inclina para
frente e declara: — Já falei tudo o que eu vou falar com você.
Meu queixo fica tenso e dou um passo para mais perto dela.
Recua. —Diga-me uma coisa, Jenn... você realmente está tão zangada comigo?
—Meus olhos passam por seu rosto, as mãos apertadas, sua cintura pequena
cingidos com o cinto de seu robe. Então, encontro seus olhos e pergunto em voz
baixa: — Ou você está com medo de ficar sozinha comigo? Com medo de me ouvir?
Porque você sabe que isso é um erro. Porque você ainda me ama.
Sua boca fecha e seu queixo se levanta. — Vá para casa e
passe algum tempo com sua filha. Ela precisa estar na escola às oito horas.
Sua não-resposta é toda a resposta que eu preciso.
— Eu sei que horas a escola começa.
— Então boa noite, Joseph. — Ela corre para a porta,
entrando na casa, como se não pudesse escapar suficientemente rápido.
Faço as chaves girar em torno de meu dedo. — Bons sonhos,
Jenny.
Vinte minutos mais tarde, estou subindo as escadas para o
quarto, tentando pensar em algo novo... inesperado... que virá em torno de
Jenn.
Quando eu começo a abrir a porta para o antigo quarto de
Carter, eu ouço vozes atrás da porta fechada ao meu lado, risos e conversa
feminina. Sorrindo, abro a porta e lá, sentado na minha cama de pijama e
pantufas, está minha filha, minha irmã, e minha... Demi.
— Olá papai! — Mary me cumprimenta com um sorriso largo. Levanta
as mãos, as unhas de um azul brilhante com estrelas. — Srta. Demi fez-nos
manicures e pedicures!
Eva mostra-me os dedos das mãos e pés, vermelhos com
flores alaranjadas, ao se sentar na cadeira no canto, deixando espaço para mim
na cama.
— Lindas. Vocês têm as mais belas unhas na cidade.
— E nós estamos assistindo a um filme. — Diz Mary, se
aproximando mais de Demi. — O Rei Leão.
— O Rei Leão, é? Eu não acho que eu já vi esse ainda.
Eu fico na cama enquanto o filme se abre na tela, dois
leões em um encontro na selva.
— Como foi? — Demi pergunta suavemente, entregando-me uma
tigela de pipoca.
Meus olhos dizem tudo o que eu não posso dizer. — Foi.
Mary inclina a cabeça no meu peito e eu me acomodo,
beijando o topo de sua cabeça, desfrutando de tê-la por perto. Eu olho para Demi
enquanto coloca uma pipoca em sua língua, lambendo a manteiga da ponta do seu
dedo mindinho. E há algo sobre tudo isso — aqui na minha cama, minha irmã,
minha filha — que parece quente e bom, e faz com que pareça ainda mais bonita
do que eu jamais pensei que era.
— Eu quero um Simba para mim um dia. — Minha irmã suspira.
— Um homem forte e peludo que vai rolar em torno da selva comigo.
Peludo?
Eu franzo a testa em direção a Eva. — Eu nem mesmo sei
como diabos eu deveria responder a isso.
— Eu não. — Mary diz enojada. — Todos os caras que eu
conheço são pequenos. E feio.
Eu acaricio sua cabeça. — Assim é. Todos os garotos são
pequenos e feios. Como trolls.
Demi ri da minha cara troll.
Mary concorda. — No entanto, eu gosto dessa música.
Demi praticamente grita quando ouve isso. — Oh, meu Deus,
Elton John. O melhor cantor. Se seu pai concordar deixarei todas as suas
melhores músicas para você.
Grandes olhos azuis de minha filha olham para mim
procurando aprovação.
— O pai diz que está tudo bem.
E eu recebo um abraço em troca.
Com meu braço no travesseiro atrás de nós, a minha mão
repousa ao lado da cabeça de Demi, perto o suficiente para tocá-la. Então eu faço,
massageando o couro cabeludo, correndo os dedos pelo cabelo escuro suave,
apreciando a sensação dela deslizando sobre minha palma.
Vira sua cabeça para o meu contato com um suspiro de
satisfação. E juntos, todos nós assistimos o resto do filme.
O Joseph vai acabar perdendo o que tem, por algo que já passou e não vai voltar.
ResponderExcluirAmei ❤😍