CAPITULO 24
Joseph
Brent e eu dirigimos em tempo recorde de volta para DC, eu
pressiono meu Porsche ao limite e ele não me decepcionou. Me recusei a parar de
madrugada, assim um dos dois dormiu no banco do passageiro, enquanto o outro
dirigia. Para dois homens com mais de 1,80 metro o Porsche não é um lugar
adequado para ter sonhos agradáveis, mas Brent não se queixou. Ele sabia que me
matava estar tão longe e coloquei “Ride of the Valkyries” na repetição
para aliviar o clima.
Estaciono em frente a cabana e corro em direção a Demi. Ao
me aproximar, vejo caixas em sua varanda e móveis do lado de fora. Meu coração
palpita no meu peito. Está se mudando?
Bato na porta, a impaciência tensa minhas costas. A porta
se abre... e um gigante olha para mim. Literalmente. Um metro e noventa, peitos
largos, semelhantes aos de um profissional lutador, uma carranca ameaçadora.
— O que quer?
E eu me sinto como uma criança de dez anos. — Demi está?
— Quem quer saber? — Me olha dos pés à cabeça, seus olhos
me avaliando. Olhos castanhos. Olhos que sou intimamente familiarizado.
Aponto o dedo. — Você é seu irmão; o que ela disse que
podia chutar meu rabo. O doutor. — Não confirma, mas não nega. — Eu sou.... sua
irmã e eu somos... — Eu me recuso a chamá-la de minha amiga, porque é muito
mais do que isso. Então, pela primeira vez na minha vida, fico balbuciando como
um idiota. — Eu sou seu.... estamos... me contou tudo sobre você.
Cruza os braços e parece maior. — Não me disse uma palavra
sobre você.
Antes de poder responder, outra cara vem até a porta, é do
tamanho normal, um pouco menor do que eu. Ele tem cabelo castanho, curto e
grosso, um sorriso amigável e cintilantes olhos da cor de café, assim como Demi
descreveu.
— Victor, venha aqui, a poltrona não vai se mover sozinha.
— Diz ao Gigante. Então me vê. — Olá.
Eu estendo a mão, ansioso para me apresentar ao irmão mais
próximo de Demi. — Joseph Shaw. É o Thomas?
Ele aperta minha mão e seu sorriso se alarga. — Isso. Como
está, Joseph? Entre. Demi me disse sobre você.
O Gigantón se põe de lado enquanto eu entro. — Por que ela
não me contou sobre isso?
Thomas dá a seu irmão um olhar que eu já vi em meus
próprios irmãos. — Porque você não pode guardar um segredo, nenhum de nós lhe
diz nada. — Em seguida, ele me bate nas costas e pergunta: — Você vem para
arrastá-la?
Eu ri um pouco nervoso. — Sim. Como sabe?
— Conheço minha irmã.
— Por que tem que arrastar? — Pergunta o Gigante.
— Não importa. — Diz Tomas. — Sempre e quando se encontre
aqui.
Então caminhamos para a sala, cheia de caixas e móveis.
Parece como se um tornado tivesse passado aqui em vez de no Mississippi.
— Demi sentiu que o lugar precisava de uma mudança. —
Explica Tomas. — Ela fica assim quando está estressada. Então, eu chamo as tropas,
e aqui estamos.
Na cozinha, vejo outro cara, de cabelos escuros, usando
óculos estilo John Lennon, Lucas, irmão número dois, eu acho. Perto da cadeira
mais alta, mas ainda um homem forte de cabelo sal e pimenta.
O pai de Demi.
Caminho para ele e estendo a minha mão. — Olá, Sr. Ludwig,
sou Joseph Shaw. É uma honra conhecê-lo. — Faço uma pausa, tentando pensar nas
palavras certas. — Senhor, acho que sua filha é uma mulher incrível.
Por um momento, me perfura com um olhar intenso. Em
seguida, ele sorri e aperta minha mão. — É bom conhecê-lo, Sr. Shaw.
Todas as cabeças se voltam para a mulher que desce as
escadas. A mãe de Demi é menor do que eu imaginava, com o cabelo na altura dos
ombros, escuros, e as características bonitas e familiares. Seus olhos estão em
mim, cheio de reconhecimento; e animosidade. E eu sei que Thomas não é a única
da família com quem Demi abriu seu coração.
Aproximei-me dela, segurando a minha mão. —É um prazer
conhecê-la, a Sra Ludwig, eu sou...
Olha para a minha mão com desdém e me corta, em português.
— Você é um homem estúpido que machucou a minha filha. Se fosse comigo, eles
nunca encontrariam o seu corpo¹.
1 Em português original ‘Você é um homem
estúpido que machucou a minha filha. Se fosse comigo, eles nunca encontrariam o
seu corpo.”
Parece que eu sou estúpido, e se ela me tivesse nunca
encontrariam o meu corpo.
Lindo.
Eu balancei minha cabeça. — Estou tentando fazer isso
direito aqui. Demi significa ... tudo para mim. — Eu estou aqui para fazer a
coisa certa. Para Demi que significa tudo para mim.
Pelo menos, eu espero que tenha dito isso.
Seus olhos se arregalam em surpresa.
— Demi me ensinou português. — Digo, encolhendo os ombros.
— Aprendo rápido.
Um sorriso relutante aparece nos lábios da Sra Ludwig e
sua cabeça se inclina relutantemente. Então ela fica de lado. — Ela está lá em
cima no quarto, pintando.
— Obrigado senhora.
Furtivamente, eu ando através da porta aberta. Ela está de
costas para mim, observando a tinta fresca na parede. Aproveito a oportunidade
para absorvê-la. Seu cabelo é recolhido, pequenas mechas acariciam sua pele sob
sua orelha. Me embebo de seus ombros delicados sob sua camisa vermelha, calças
de ioga preta, a elegante curva de suas costas que leva à curva requintado de
sua bunda, também doce.
— O que você acha, Mamãe? — Ela pergunta sem se voltar,
com a cabeça inclinada. — Eu não tenho certeza do amarelo, é mais apagado do
que o que parecia na amostra.
— Se você quer a verdade, eu acho que se parece com xixi
de cão seco.
Ela se vira rapidamente, seus olhos se arregalaram como se
estivesse vendo um fantasma. — Joseph!
— Depois de um momento, piscando, tentando controlar sua surpresa. Age casualmente. — Quando você chegou em casa?
— Depois de um momento, piscando, tentando controlar sua surpresa. Age casualmente. — Quando você chegou em casa?
Mas casual você pode beijar minha bunda.
— Eu não estive em casa. Deixei Brent e vim direto para
cá. Para você. — Agora, eu devoro a vista frontal, aqueles lábios, seios
deslumbrantes onde eu quero descansar minha cabeça, olhos verdes como pedras
preciosas.
Eu ergo meu queixo e aponto para as latas de tinta. — O
que é isso?
Nervosamente olha das latas para mim. — Redecorando. Eu
senti que precisava de um novo começo.
Eu avanço, eu preciso estar mais perto. E eu seguro tanto
quanto eu posso. — Cristo, eu senti sua falta, Dem. Os últimos dois dias
pareceram uma eternidade.
Olha para o chão. — Sinto muito por ter te deixado da
maneira que eu fiz, mas eu precisava...
— Não. — Caminho irado, o resto do trajeto para o outro
lado do quarto. — Você teve sua chance de falar. Argumentou seu caso; agora é a
minha vez. — Estendo uma cadeira dobrável perto dela, e mantenho uma
advertência clara a minha voz. — Então, sente e escute.
Seus olhos se abrem por um segundo e eu acho que vai
discutir. Mas, em seguida, faz o que eu digo.
Eu estou na frente dela. — Você começou o jogo de softball
com os olhos de Amsterdam na sua bunda.
— Joseph, eu lhe disse ....
— Silêncio — solto, pressionando um dedo sobre os lábios
agora fechados. — Quando eu quis arrancar seus olhos por ficar te olhando, foi
a primeira vez que senti... mais. Não tinha o direito de dizer-lhe para não
olhar, mas eu queria.
Passo a mão pelo meu cabelo, tentando explicar, para que
me entenda.
— Essa é a verdadeira razão que eu lhe pedi para ir
comigo; mas eu não sabia disso na época. Não queria ficar longe de você, eu não
queria correr o risco de te perder para mais alguém. E quando eu te vi lá na
minha casa; com pessoas que significam muito para mim... tornou-se mais
intenso. Amar você, precisar de você, sentindo-me tão extremamente grato por ter
você. Mas tudo estava fodido; misturado com o casamento de Jenny, com a
sensação de que precisava fazer alguma coisa para mantê-la.
Se inclina para a frente, segurando cada palavra; seus
olhos cheios de esperança e medo, quebram meu coração.
— Quando eu tinha resolvido na minha cabeça, quando eu
finalmente tive a coragem de admitir o quanto você significava para mim... já
era tarde demais. Eu não sabia se havia uma possibilidade de que você sentia o
mesmo. Eu não sabia como explicar isso sem você pensar que era a segunda opção.
Eu nunca quis que você se sentisse assim, nem por um minuto. Jenny sempre será
minha amiga, a mãe da menina que sempre será a dona do meu coração, a primeira
garota que eu amei. — Então minha voz torna-se áspera, embargada pela emoção. —
Mas você, Demi... Eu juro, se você deixar... você vai ser a última.
As lágrimas que permeiam seus belos olhos rolam pelo seu
rosto. Eu agacho na frente dela e deslizo minha mão para baixo do ombro e
seguro seu pescoço.
— Me encontro muito bravo com você. Eu quero sentar-me na
cama, jogá-lo para baixo e bater em seu traseiro até que ele esteja vermelho
como a parede abaixo.
Se assusta. — Com raiva de mim? Por quê?
— Porque deixou-me te machucar. Você nunca disse nada.
Quando penso no que deveria ser para você... como mil cortes de papel.
Tomo seu rosto, enxugando as lágrimas de suas bochechas
com meus polegares, porque eu não posso não tocá-la mais.
Pisca para mim, respirando. — Joseph foi um grande
argumento final.
Eu olho em seus olhos. — É o que eu faço. Então... qual é
o veredicto?
Acariciando meu cabelo com os dedos, sua expressão terna e
suave. — O veredicto é... não.
Eu sabia, eu nunca duvidei, nem por um segundo, do meu
poder de persuasão. Tinha certeza de que, só tinha de explicar a ela... espere.
O quê?
Dou um passo para trás. — O que o inferno que você quer
dizer? Não? Você não pode dizer não! - Minha testa umedece e meu coração
protesta em meu peito.
Ela dá de ombros. — Eu acabo de fazer.
Minhas mãos reflexivamente agarram a sua mandíbula. — Que
porra, Dem? Dois dias atrás, você disse que estava apaixonada por mim! Não se
esquece alguém em dois malditos dias!
— Exatamente. — Diz suavemente.
— Não entendo...
— Na semana passada, te vi sofrer por outra mulher.
Durante meses, eu ouvi falar de Jenny, Jenny isso, Jenny aquilo. E agora que
ela não está disponível, de repente, você percebe que eu sou a que você ama?
— Dem, há muito tempo que eu não estou apaixonado por
Jenny. Eu só não sabia até agora. — Engulo em seco. — Não... você não acredita
em mim?
Toca meu rosto, traça meu queixo, olhando para o padrão de
seus dedos com grande atenção.
— Eu gostaria de acreditar. Quero tanto acreditar em você.
— Em seguida, afasta o seu toque. — Mas... Eu não posso ser a sua segunda
opção. E não vou ser. Isso me mataria, Joseph. Uma semana atrás, eu estava
contente por ter qualquer parte de você, mas não sou mais satisfeita com isso.
Quero tudo de você. A sério. E para sempre.
Eu me aproximo, olhando em seus olhos. — Amor, você me
pegou. Pelo coração, bolas e qualquer outra forma que desejar.
Um sorriso sai de seus lábios enquanto me olha com
ousadia. — Prove.
Meus dentes cingem seu lábio inferior enquanto eu
considero as formas gloriosas que eu posso mostrar o que significa para mim,
uma e outra vez. Há risos na minha voz quando pergunto: — É um desafio?
Cor tinge suas bochechas e o ar entre nós muda. Mais
intenso, mais quente, torna-se, não só atração, mas a promessa de algo mais
profundo. Um futuro. Juntos.
— Sim.
Me aproximo mais e acaricio seus lábios contra os meus, um
toque leve como uma pluma. E prometo: — Bem. Então, vamos começar de novo.
Desde o princípio. Da maneira que nós deveríamos ter começado. Sem amizade com
benefícios. Vou fazer direito. Vou levá-la para lugares grandes, ficaremos
juntos todo o final de semana. Eu quero que se vista para mim para que eu possa
tomar o meu tempo tirando sua roupa. Eu quero memorizar cada polegada de seu
corpo e ouvir cada pensamento em sua mente. E então, você não terá nenhuma
dúvida de que a única mulher que eu quero, a única que eu amo: é você.
Demi se inclina, sua bochecha e nariz roçam nos meus. Sua
voz é um pouco sem fôlego quando ela pergunta: — Então... isso era você me
convidando para sair, certo?
— Definitivamente.
E, em seguida, seus olhos brilham. — Eu gostaria de deixar
claro que sou totalmente aberta ao sexo no primeiro encontro.
Eu rio. — Eu estava muito, muito esperançoso de que
dissesse isso.
Então eu pressiono meus lábios nos dela. Sua boca se abre,
me acolhendo, a língua doce me encontra no meio do caminho. Eu sinto suas mãos
agarrarem minha camisa, deslizamento sobre meus ombros, o pescoço, acariciando
meu queixo. A pressiono contra mim, segurando-a, deixando-a saber com cada toque
dos meus dedos, cada palavra sussurrada que eu não quero deixá-la ir. E sinto o
mesmo dela; alívio, alegria a cada respiração, cada promessa suave. Demi e eu
já nos beijamos mil vezes, mas nenhuma como desta vez. É diferente. Melhor.
É malditamente perfeito.
A maioria das histórias termina ao final. Mas essa, não.
Ela termina com um novo começo.
Cara por favor isso não pode ser o fim ?
ResponderExcluirEu já tô apegada à essa história.
Eu só amei tipo muito 😍❤