18.5.17

Capitulo 24

CAPITULO 24

Joseph

Brent e eu dirigimos em tempo recorde de volta para DC, eu pressiono meu Porsche ao limite e ele não me decepcionou. Me recusei a parar de madrugada, assim um dos dois dormiu no banco do passageiro, enquanto o outro dirigia. Para dois homens com mais de 1,80 metro o Porsche não é um lugar adequado para ter sonhos agradáveis, mas Brent não se queixou. Ele sabia que me matava estar tão longe e coloquei “Ride of the Valkyries” na repetição para aliviar o clima.

Estaciono em frente a cabana e corro em direção a Demi. Ao me aproximar, vejo caixas em sua varanda e móveis do lado de fora. Meu coração palpita no meu peito. Está se mudando?

Bato na porta, a impaciência tensa minhas costas. A porta se abre... e um gigante olha para mim. Literalmente. Um metro e noventa, peitos largos, semelhantes aos de um profissional lutador, uma carranca ameaçadora.

— O que quer?

E eu me sinto como uma criança de dez anos. — Demi está?

— Quem quer saber? — Me olha dos pés à cabeça, seus olhos me avaliando. Olhos castanhos. Olhos que sou intimamente familiarizado.

Aponto o dedo. — Você é seu irmão; o que ela disse que podia chutar meu rabo. O doutor. — Não confirma, mas não nega. — Eu sou.... sua irmã e eu somos... — Eu me recuso a chamá-la de minha amiga, porque é muito mais do que isso. Então, pela primeira vez na minha vida, fico balbuciando como um idiota. — Eu sou seu.... estamos... me contou tudo sobre você.

Cruza os braços e parece maior. — Não me disse uma palavra sobre você.

Antes de poder responder, outra cara vem até a porta, é do tamanho normal, um pouco menor do que eu. Ele tem cabelo castanho, curto e grosso, um sorriso amigável e cintilantes olhos da cor de café, assim como Demi descreveu.

— Victor, venha aqui, a poltrona não vai se mover sozinha. — Diz ao Gigante. Então me vê. — Olá.

Eu estendo a mão, ansioso para me apresentar ao irmão mais próximo de Demi. — Joseph Shaw. É o Thomas?

Ele aperta minha mão e seu sorriso se alarga. — Isso. Como está, Joseph? Entre. Demi me disse sobre você.

O Gigantón se põe de lado enquanto eu entro. — Por que ela não me contou sobre isso?

Thomas dá a seu irmão um olhar que eu já vi em meus próprios irmãos. — Porque você não pode guardar um segredo, nenhum de nós lhe diz nada. — Em seguida, ele me bate nas costas e pergunta: — Você vem para arrastá-la?

Eu ri um pouco nervoso. — Sim. Como sabe?

— Conheço minha irmã.

— Por que tem que arrastar? — Pergunta o Gigante.

— Não importa. — Diz Tomas. — Sempre e quando se encontre aqui.

Então caminhamos para a sala, cheia de caixas e móveis. Parece como se um tornado tivesse passado aqui em vez de no Mississippi.

— Demi sentiu que o lugar precisava de uma mudança. — Explica Tomas. — Ela fica assim quando está estressada. Então, eu chamo as tropas, e aqui estamos.

Na cozinha, vejo outro cara, de cabelos escuros, usando óculos estilo John Lennon, Lucas, irmão número dois, eu acho. Perto da cadeira mais alta, mas ainda um homem forte de cabelo sal e pimenta.
O pai de Demi.

Caminho para ele e estendo a minha mão. — Olá, Sr. Ludwig, sou Joseph Shaw. É uma honra conhecê-lo. — Faço uma pausa, tentando pensar nas palavras certas. — Senhor, acho que sua filha é uma mulher incrível.

Por um momento, me perfura com um olhar intenso. Em seguida, ele sorri e aperta minha mão. — É bom conhecê-lo, Sr. Shaw.

Todas as cabeças se voltam para a mulher que desce as escadas. A mãe de Demi é menor do que eu imaginava, com o cabelo na altura dos ombros, escuros, e as características bonitas e familiares. Seus olhos estão em mim, cheio de reconhecimento; e animosidade. E eu sei que Thomas não é a única da família com quem Demi abriu seu coração.

Aproximei-me dela, segurando a minha mão. —É um prazer conhecê-la, a Sra Ludwig, eu sou...

Olha para a minha mão com desdém e me corta, em português. — Você é um homem estúpido que machucou a minha filha. Se fosse comigo, eles nunca encontrariam o seu corpo¹.

1 Em português original ‘Você é um homem estúpido que machucou a minha filha. Se fosse comigo, eles nunca encontrariam o seu corpo.”

Parece que eu sou estúpido, e se ela me tivesse nunca encontrariam o meu corpo.

Lindo.

Eu balancei minha cabeça. — Estou tentando fazer isso direito aqui. Demi significa ... tudo para mim. — Eu estou aqui para fazer a coisa certa. Para Demi que significa tudo para mim.

Pelo menos, eu espero que tenha dito isso.

Seus olhos se arregalam em surpresa.

— Demi me ensinou português. — Digo, encolhendo os ombros. — Aprendo rápido.

Um sorriso relutante aparece nos lábios da Sra Ludwig e sua cabeça se inclina relutantemente. Então ela fica de lado. — Ela está lá em cima no quarto, pintando.

— Obrigado senhora.

Furtivamente, eu ando através da porta aberta. Ela está de costas para mim, observando a tinta fresca na parede. Aproveito a oportunidade para absorvê-la. Seu cabelo é recolhido, pequenas mechas acariciam sua pele sob sua orelha. Me embebo de seus ombros delicados sob sua camisa vermelha, calças de ioga preta, a elegante curva de suas costas que leva à curva requintado de sua bunda, também doce.

— O que você acha, Mamãe? — Ela pergunta sem se voltar, com a cabeça inclinada. — Eu não tenho certeza do amarelo, é mais apagado do que o que parecia na amostra.

— Se você quer a verdade, eu acho que se parece com xixi de cão seco.

Ela se vira rapidamente, seus olhos se arregalaram como se estivesse vendo um fantasma. — Joseph!

— Depois de um momento, piscando, tentando controlar sua surpresa. Age casualmente. — Quando você chegou em casa?

Mas casual você pode beijar minha bunda.

— Eu não estive em casa. Deixei Brent e vim direto para cá. Para você. — Agora, eu devoro a vista frontal, aqueles lábios, seios deslumbrantes onde eu quero descansar minha cabeça, olhos verdes como pedras preciosas.

Eu ergo meu queixo e aponto para as latas de tinta. — O que é isso?

Nervosamente olha das latas para mim. — Redecorando. Eu senti que precisava de um novo começo.
Eu avanço, eu preciso estar mais perto. E eu seguro tanto quanto eu posso. — Cristo, eu senti sua falta, Dem. Os últimos dois dias pareceram uma eternidade.

Olha para o chão. — Sinto muito por ter te deixado da maneira que eu fiz, mas eu precisava...

— Não. — Caminho irado, o resto do trajeto para o outro lado do quarto. — Você teve sua chance de falar. Argumentou seu caso; agora é a minha vez. — Estendo uma cadeira dobrável perto dela, e mantenho uma advertência clara a minha voz. — Então, sente e escute.

Seus olhos se abrem por um segundo e eu acho que vai discutir. Mas, em seguida, faz o que eu digo.
Eu estou na frente dela. — Você começou o jogo de softball com os olhos de Amsterdam na sua bunda.

— Joseph, eu lhe disse ....

— Silêncio — solto, pressionando um dedo sobre os lábios agora fechados. — Quando eu quis arrancar seus olhos por ficar te olhando, foi a primeira vez que senti... mais. Não tinha o direito de dizer-lhe para não olhar, mas eu queria.

Passo a mão pelo meu cabelo, tentando explicar, para que me entenda.

— Essa é a verdadeira razão que eu lhe pedi para ir comigo; mas eu não sabia disso na época. Não queria ficar longe de você, eu não queria correr o risco de te perder para mais alguém. E quando eu te vi lá na minha casa; com pessoas que significam muito para mim... tornou-se mais intenso. Amar você, precisar de você, sentindo-me tão extremamente grato por ter você. Mas tudo estava fodido; misturado com o casamento de Jenny, com a sensação de que precisava fazer alguma coisa para mantê-la.

Se inclina para a frente, segurando cada palavra; seus olhos cheios de esperança e medo, quebram meu coração.

— Quando eu tinha resolvido na minha cabeça, quando eu finalmente tive a coragem de admitir o quanto você significava para mim... já era tarde demais. Eu não sabia se havia uma possibilidade de que você sentia o mesmo. Eu não sabia como explicar isso sem você pensar que era a segunda opção. Eu nunca quis que você se sentisse assim, nem por um minuto. Jenny sempre será minha amiga, a mãe da menina que sempre será a dona do meu coração, a primeira garota que eu amei. — Então minha voz torna-se áspera, embargada pela emoção. — Mas você, Demi... Eu juro, se você deixar... você vai ser a última.

As lágrimas que permeiam seus belos olhos rolam pelo seu rosto. Eu agacho na frente dela e deslizo minha mão para baixo do ombro e seguro seu pescoço.

— Me encontro muito bravo com você. Eu quero sentar-me na cama, jogá-lo para baixo e bater em seu traseiro até que ele esteja vermelho como a parede abaixo.

Se assusta. — Com raiva de mim? Por quê?

— Porque deixou-me te machucar. Você nunca disse nada. Quando penso no que deveria ser para você... como mil cortes de papel.

Tomo seu rosto, enxugando as lágrimas de suas bochechas com meus polegares, porque eu não posso não tocá-la mais.

Pisca para mim, respirando. — Joseph foi um grande argumento final.

Eu olho em seus olhos. — É o que eu faço. Então... qual é o veredicto?

Acariciando meu cabelo com os dedos, sua expressão terna e suave. — O veredicto é... não.

Eu sabia, eu nunca duvidei, nem por um segundo, do meu poder de persuasão. Tinha certeza de que, só tinha de explicar a ela... espere.

O quê?

Dou um passo para trás. — O que o inferno que você quer dizer? Não? Você não pode dizer não! - Minha testa umedece e meu coração protesta em meu peito.

Ela dá de ombros. — Eu acabo de fazer.

Minhas mãos reflexivamente agarram a sua mandíbula. — Que porra, Dem? Dois dias atrás, você disse que estava apaixonada por mim! Não se esquece alguém em dois malditos dias!

— Exatamente. — Diz suavemente.

— Não entendo...

— Na semana passada, te vi sofrer por outra mulher. Durante meses, eu ouvi falar de Jenny, Jenny isso, Jenny aquilo. E agora que ela não está disponível, de repente, você percebe que eu sou a que você ama?

— Dem, há muito tempo que eu não estou apaixonado por Jenny. Eu só não sabia até agora. — Engulo em seco. — Não... você não acredita em mim?

Toca meu rosto, traça meu queixo, olhando para o padrão de seus dedos com grande atenção.

— Eu gostaria de acreditar. Quero tanto acreditar em você. — Em seguida, afasta o seu toque. — Mas... Eu não posso ser a sua segunda opção. E não vou ser. Isso me mataria, Joseph. Uma semana atrás, eu estava contente por ter qualquer parte de você, mas não sou mais satisfeita com isso. Quero tudo de você. A sério. E para sempre.

Eu me aproximo, olhando em seus olhos. — Amor, você me pegou. Pelo coração, bolas e qualquer outra forma que desejar.

Um sorriso sai de seus lábios enquanto me olha com ousadia. — Prove.

Meus dentes cingem seu lábio inferior enquanto eu considero as formas gloriosas que eu posso mostrar o que significa para mim, uma e outra vez. Há risos na minha voz quando pergunto: — É um desafio?

Cor tinge suas bochechas e o ar entre nós muda. Mais intenso, mais quente, torna-se, não só atração, mas a promessa de algo mais profundo. Um futuro. Juntos.

— Sim.

Me aproximo mais e acaricio seus lábios contra os meus, um toque leve como uma pluma. E prometo: — Bem. Então, vamos começar de novo. Desde o princípio. Da maneira que nós deveríamos ter começado. Sem amizade com benefícios. Vou fazer direito. Vou levá-la para lugares grandes, ficaremos juntos todo o final de semana. Eu quero que se vista para mim para que eu possa tomar o meu tempo tirando sua roupa. Eu quero memorizar cada polegada de seu corpo e ouvir cada pensamento em sua mente. E então, você não terá nenhuma dúvida de que a única mulher que eu quero, a única que eu amo: é você.

Demi se inclina, sua bochecha e nariz roçam nos meus. Sua voz é um pouco sem fôlego quando ela pergunta: — Então... isso era você me convidando para sair, certo?

— Definitivamente.

E, em seguida, seus olhos brilham. — Eu gostaria de deixar claro que sou totalmente aberta ao sexo no primeiro encontro.

Eu rio. — Eu estava muito, muito esperançoso de que dissesse isso.

Então eu pressiono meus lábios nos dela. Sua boca se abre, me acolhendo, a língua doce me encontra no meio do caminho. Eu sinto suas mãos agarrarem minha camisa, deslizamento sobre meus ombros, o pescoço, acariciando meu queixo. A pressiono contra mim, segurando-a, deixando-a saber com cada toque dos meus dedos, cada palavra sussurrada que eu não quero deixá-la ir. E sinto o mesmo dela; alívio, alegria a cada respiração, cada promessa suave. Demi e eu já nos beijamos mil vezes, mas nenhuma como desta vez. É diferente. Melhor.

É malditamente perfeito.

A maioria das histórias termina ao final. Mas essa, não.

Ela termina com um novo começo.


Um comentário:

  1. Cara por favor isso não pode ser o fim ?
    Eu já tô apegada à essa história.
    Eu só amei tipo muito 😍❤

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