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– EI, GOSTOSA, você está deliciosa de novo
hoje.
Miley levantou a cabeça de repente, afastando as
colunas de números do cérebro quando alguém adentrou o escritório
na tarde de domingo. Ela sabia que não era Dean… Ele não falava
com ela daquele jeito, o que era bom. Ela queria que ele a notasse,
queria que ele percebesse que ela estava interessada. Mas
definitivamente não queria um homem que falasse assim tão
grosseiramente.
– Ah, oi – disse ela, vendo um dos vendedores
parado à porta. O sujeito, Ted, era um divorciado de meia-idade com
o riso frouxo. Ele também tinha o que ela e os amigos da escola
chamavam de “mão boba”.
Ele gostava de ficar agarrando. Era grudento. Mas
nunca havia ido muito além dos ombros dela. E ela esperava que
aquilo não mudasse.
Ted estava usando seu casaco esportivo listrado
horroroso sobre uma camisa suja e uma gravata vermelha. Em outras
palavras, ele estava um desastre. Normalmente ela o via como uma
espécie de sujeito tristonho chutado pela esposa. Ele era bajulador
e grosseiro, mas nunca havia dado a ela nenhum motivo para ser
cautelosa particularmente. Agora, no entanto, ela sentia arrepios e a
tensão latejava em suas têmporas.
Ela não gostava do olhar dele.
– Você está se vestindo assim só para mim,
gostosa? – perguntou ele, enquanto passeava pelo escritório.
– Acho que essa pergunta seria considerada
assédio sexual – disse ela, assim que o encarou com firmeza,
esperando que ele entendesse a advertência como uma ameaça e caísse
fora agora, antes de ir longe demais.
Quando ele sorriu e fechou a porta atrás de si,
ela teve a sensação incômoda de que ele já havia ido longe
demais.
Droga. Ela devia ter ido embora uma hora atrás.
Eram 16h, uma hora depois do horário de fechamento da concessionária
aos domingos. E ela presumia que todos já tinham ido embora. Ted não
aparecia desde aquela manhã. E, a julgar pelo cheiro de álcool que
exalava dele, ela imaginou que ele havia ido almoçar em um bar
local.
Dean, por que você não apareceu? Miley tinha
certeza de que ele estaria lá. Ele havia trabalhado em todos os fins
de semana desde que começara na empresa. Esse era o único motivo
pelo qual Miley tinha ido ao trabalho hoje… para vê-lo!
Não adiantara de nada. Ela vestira outra saia
curta e sensual que havia comprado na noite anterior em uma loja
local bonitinha. Isso, com a blusa de seda sem mangas que envolvia
suas curvas convidativamente, teria sido o suficiente para fazer a
temperatura de Dean subir. E ele não tinha aparecido para ver.
Em vez disso, Ted aparecera. Eca.
– Garota, você tem escondido seus atributos. –
Ele se aproximou. – Está na hora de fechar. Vamos nos divertir um
pouco.
– Não, obrigada – disse ela, o tom gélido.
Ela enfiou sua papelada em uma gaveta.
Normalmente, seria mais organizada. Hoje, estava
com pressa. Ela queria sair dali.
– Ahhh, vamos lá, doçura, eu sei que não tem
nenhum homem na sua vida. Você deve ser solitária. Por que não me
deixa fazer companhia?
Ela preferia fazer companhia a um gambá morto.
– Não, Ted.
Com alguma esperança, aquele tom firme iria
passar a mensagem e ele sairia do caminho e a deixaria ir embora.
Mas, assim que ela ficou de pé, Ted se colocou entre a escrivaninha
e a porta, bem no caminho de Miley.
– Você sabe que realmente quer ficar.
– Não, eu realmente não quero.
Tentando ser como Demi outra vez, ela cerrou uma
das mãos, pegou sua bolsa e tentou passar por ele.
Ele agarrou o braço dela.
– Nem mesmo alguns minutinhos de conversa?
– Nem mesmo isso – insistiu ela,
desvencilhando-se dele.
O tom furioso e o calor nos olhos dela deviam
tê-lo atingido finalmente. Porque Ted foi de bêbado idiota tentando
se dar bem a bêbado tentando controlar em um piscar de olhos. Sem
aviso, ele pôs as mãos nos ombros dela e a empurrou. Miley tropeçou
nas sandálias de salto, caindo sentada sobre sua escrivaninha.
– Perfeito. – Colocando as mãos nas coxas
dela, ele abriu as pernas dela cruelmente e tentou se colocar no
meio.
– Solte-me!
– Ainda não, gostosa.
Ela começou a tatear atrás de si, esperando ter
deixado a tesoura ou o grampeador à vista, mas só conseguiu agarrar um pequeno relógio de
mesa. Segurando-o com firmeza, ela o golpeou, mas só conseguiu
acertar Ted de raspão no ombro.
As narinas dele inflaram ao mesmo tempo em que os
olhos se estreitaram de raiva.
– Bancando a difícil?
– Bancando a difícil?
– Solte-me ou vou gritar.
– Ninguém vai ouvir você, gostosinha – disse
ele, qualquer vestígio de charme desaparecendo da voz dele assim que
sua verdadeira natureza emergiu.
Antes que Miley pudesse dizer qualquer coisa, ou
pensar no que dizer, ela ouviu algo que soou como um anjo. Mas não
era um anjo.
Era Dean Willis. Rugindo.
– Saia de cima dela, seu filho da mãe!
De repente, ele saiu mesmo. Ted foi erguido de
cima dela e atirado para o outro lado da sala. Miley o viu bater com
violência contra a parede e desabar no chão. Ele gritou, de medo ou
de dor. Ou os dois.
Ted tinha motivos para sentir medo. Dean já
estava partindo para cima dele, o rosto vermelho, o corpo emanando
perigo.
– Você está morto.
O tom desafiador de Ted ao encará-la desapareceu
sob essa nova ameaça. Antes que Dean pudesse ao menos agarrá-lo,
ele se levantou aos trancos e saiu correndo porta afora, deixando
ambos a sós. A coisa toda, da entrada de Ted à sua partida em alta
velocidade, deu-se em menos de três minutos.
A cabeça de Miley estava girando. Ofegante e
tremendo um pouco, ela murmurou:
– Muito obrigada.
Dean se virou para olhar para ela, aquela fúria
ainda evidente no rosto dele. Os olhos azuis eram como lascas de
gelo. Ele se assemelhava tanto a um vendedor de carros bonitinho
quanto à Xena, a princesa guerreira.
Não. Aquele não era o Dean bonzinho e de boa
índole. Aquele era um homem perigoso enfurecido. E os tremores de
medo de Miley se transformaram em tremores de empolgação.
– O que, diabos, aconteceu?
Ainda sentada na escrivaninha, ela só conseguia
balançar a cabeça.
– Ele obviamente estava bebendo. Voltou para cá
e me flagrou sozinha. É a primeira vez que ele… quer dizer, ele me
causa arrepios, mas eu nunca pensei que…
– Talvez, se você não usasse roupas que não
gritassem “agarre-me”, os homens não tentassem.
Miley ficou de queixo caído e o encarou em
choque.
– O que você disse?
– Olhe para você – rebateu ele,
aproximando-se. Ele apontou para as pernas dela, ainda esticadas
sobre a mesa.
Miley tentou encolhê-las, mas Dean se colocou
entre elas antes que ela pudesse fazê-lo.
Sem qualquer tipo de aviso, ele mergulhou as mãos
nos cabelos dela e baixou a cabeça para cobrir os lábios dela com
os seus. Ele investiu a língua na boca de Miley, provando-a,
devorando-a. O corpo dele estava rijo de encontro ao dela, os quadris
entre as coxas dela, e Miley não conseguiu nem mesmo tentar negar o
fluxo absoluto de calor que rugiu dentro dela em reação.
Ela pôs os braços em volta do pescoço dele,
inclinando a cabeça para retribuir o beijo com a mesma profundidade.
E, durante um longo e inebriante momento eles fizeram um amor louco e
selvagem com suas bocas.
Então o momento terminou. Dean a soltou e recuou
alguns passos.
– Miley, eu…
Ela ergueu as mãos, as palmas expostas, para
impedi-lo. Deslizando para descer da escrivaninha, ela ajeitou a saia
e disse:
– Não. Certo? Simplesmente não diga nada. Eu
queria isso. Talvez eu precisasse disso, assim simplesmente poderia
tirar Ted da minha lembrança. Eu não pulei aqui e abri minhas
pernas… Ele me empurrou.
Dean virou a cabeça instintivamente para olhar
para a porta, aquela fúria tensa retornando.
– Ele já foi há tempos. Obrigada por entrar na
hora certa.
Ele passou as mãos pelos cabelos, a raiva
finalmente indo embora.
– Eu vou dar um jeito nele, Miley.
– Marty vai cuidar dele. – Ela se aproximou,
oferecendo-lhe um sorriso trêmulo. Porque agora não havia dúvida
de que o interesse de Dean com relação a ela era mais do que de
amizade. Aquele beijo e a rigidez do corpo dele, uma reação
instintiva ao beijo, disseram a ela que ele queria mais. Talvez tanto
quanto ela queria. – Acho que isso torna você meu herói, não?
Dean a encarou, os olhos ficando mais suaves, a
tensão abrandando. Ele a puxou para seus braços. Mas, desta vez,
não tentou beijá-la. O abraço foi de conforto puro e terno. Ele a
abraçou apertadamente, passando a mão pelas costas dela.
– Sinto muito. Sinto pelo que ele fez… Sinto
pelo que eu disse.
– Tudo bem. Você estava nervoso. – Inclinando
a cabeça para trás, ela sorriu para ele. – Eu achei meio sexy.
Por um segundo, um segundo muito breve, ela pensou
que ele fosse retribuir o sorriso. E então beijá-la de novo, com
delicadeza desta vez.
Mas não aconteceu. Em vez disso, Dean suspirou
pesadamente e contraiu os lábios.
– Também lamento por ter beijado você. Eu nunca devia ter feito isso.
– Também lamento por ter beijado você. Eu nunca devia ter feito isso.
– Eu fiquei esperando que…
Ele ergueu a mão para impedi-la.
– Não. Foi um erro, Miley. Um erro imenso. E
não se repetirá.
Ela arfou, incapaz de acreditar que ele a estava
rejeitando. Outra vez.
– Qual é o seu problema? – perguntou ela,
totalmente indignada.
Ele simplesmente balançou a cabeça.
– Não tenho um problema. Eu só não posso…
Não quero… Diabos, Miley, isso simplesmente não pode acontecer.
– Como se precisando se convencer daquilo também, tanto quanto a
ela, ele reiterou: – Não vai acontecer.
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Oi!! começando uma nova maratona da mini-fic agora, eu ainda vou terminar de "A Sexóloga", já estou terminando o capitulo, é que eu tive que escrever o hot e me faltou inspiração, mas agora já consegui escrever.
Beijoos <3
Oi!! começando uma nova maratona da mini-fic agora, eu ainda vou terminar de "A Sexóloga", já estou terminando o capitulo, é que eu tive que escrever o hot e me faltou inspiração, mas agora já consegui escrever.
Beijoos <3
Perfeito
ResponderExcluirPosta outro logo pff *-*
To ficando viciada nesta mini fic kk
♡♡♡
fico muito feliz em saber que vc esta gostando da mini-fic... esta postado!! essa mini-fic vicia mesmo kkkkkkk Beijoos <3
Excluirmds ,primeira a comentar dnv ,me sentindo a top ,esse Ted pqp
ResponderExcluirmano o Dean tem que apanhar ,pq não dá ? POR QUÊ MEU DEUS? :'( :o
hahahaha vc é top!! pq todas as minhas leitoras são divas, tops ;)
ExcluirTed foi um idiota, e o Dean é outro :/
mds ,primeira a comentar dnv ,me sentindo a top ,esse Ted pqp
ResponderExcluirmano o Dean tem que apanhar ,pq não dá ? POR QUÊ MEU DEUS? :'( :o
Emy (esqueci de assinar )
ok Emy ;)
ExcluirAmando por que tem nova maratonaa! Uhuul
ResponderExcluirBom amei esse capítulo esse Ted é bêbado desgraçado. E esse Dean tem que se resolver querido.
Beijoos
Fabíola Barboza
Aeeeh todas amam maratona!!!
ExcluirTed é um idiota, ainda bem que Dean deu um jeitinho nele, né??
Beijoos <3
Dean babacaaa....coitada da miley....beijou ela e depois desprezou....sacanagem....mais ele salvou ela <3
ResponderExcluirtá perfeito
posta logoo diva
beijos
Dean é um babaca mesmo, mas ele não podia ficar com ela né?? ele era do FBI :/
ExcluirBeijoos minha diva <3