2.6.14

Capitulo 27 - Mini-Fic - MARATONA 4/5

 
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PASSAR A noite de sexta-feira com a família na verdade se revelou uma experiência muito agradável. Demi meio que estava temendo aquilo, uma vez que se sentira feito uma estrangeira em meio a todos desde o dia em que chegara em casa. Mas havia algo diferente naquela reunião. Talvez porque Mia estivesse em casa e, portanto, recebesse boa parte da atenção. Ou porque os filhos de Danielle estivessem lá: os netos sempre anulavam a existência de todo o restante do mundo para os pais dela.

Ou talvez fosse apenas porque Demi tivesse se obrigado a relaxar. Ao não precisar falar muito, ela não precisava se policiar relação a cada palavra que dizia. Não precisava se preocupar em deixar escapar algo sobre sua carreira de dançarina, a qual eles presumiam ter sido totalmente abandonada por causa do joelho dela.

O fato de não estar tão no limite de fato permitia a ela relaxar e, para sua surpresa, até mesmo se divertir.

Ela ainda estava ponderando sobre isso no dia seguinte, ao se lembrar do sorriso do pai quando ele falara sobre retornar ao trabalho em breve. Quando contara que tinha conversado com o irmão – que estava prestes a se aposentar – sobre ele ir trabalhar na confeitaria, Demi começou a enxergar alguma luz em sua vida. Com mais um membro da família tomando parte nos negócios, a pressão para Demi se envolver acabaria. Talvez ela pudesse retornar a algo como uma vida de verdade por conta própria.

Qualquer que fosse a decisão, permanecer em Chicago ou voltar para Nova York, continuar a vida de stripper ou desistir dela, amar Joe ou deixá-lo ir… Ela sabia que não queria ser uma confeiteira durante muito tempo mais.

Joe tentou falar com ela algumas vezes no sábado, mas ela perdeu as ligações. Não intencionalmente. Na primeira vez, estava no banho, e, na segunda, estava esperando clientes na confeitaria. Assim que teve tempo para retornar as ligações, foi ele quem não atendeu.

Ainda assim, não tendo falado com ele por mais de um dia, desde aquele momento tenso na rua quando ela percebera que Kevin havia topado com a verdade sobre o relacionamento deles, ela estava um pouco nervosa. Ao seguir para o trabalho na Leather and Lace, Demi buscou o carro dele no estacionamento imediatamente, mas não o viu. Ela havia chegado cedo, provavelmente duas horas antes do horário necessário, e sabia que aquilo se devia à esperança de encontrá-lo lá.

– Oi, Rosa – disse alguém, assim que ela entrou pela porta dos fundos.

– Oi, Bernie. Como foi a semana?

O segurança deu de ombros, oferecendo a ela um de seus imensos sorrisos pueris.

– Colidi algumas cabeças, limpei o chão com um ou dois bêbados. Você sabe, o de sempre.

Rindo, ela começou a passar por ele.

No entanto, ele pôs uma das mãos no ombro dela e a impediu de prosseguir. Ele olhou para a enorme bolsa de lona que ela segurava, que estava cheia de roupas comuns e suprimentos. – Posso ajudá-la de alguma forma, Rosa? Carregar isto? Comprar seu jantar?

Ela balançou a cabeça.

– Você é tão gentil, mas não, sério, está tudo certo. – O sujeito estava se desdobrando para cuidar dela desde a primeira noite de trabalho de Demi. Se ele já tivesse passado uma cantada nela, ela suspeitaria que aquele cuidado todo se dava por ele estar interessado nela. Mas ele nunca fora nada, exceto um amigo legal, se não super protetor.

Ainda sorrindo enquanto seguia em direção ao seu camarim, Demi percebeu o quanto se sentia confortável ali. A equipe da boate já era como uma segunda família. Bernie e Harry. Leah e Jackie e as outras dançarinas. Todos eram pessoas com quem ela se importava, que pareciam se importar com ela.

Ela não queria desistir daquilo. E aquele era mais um motivo pelo qual ela não sabia como lidar com a aparente inabilidade de Joe de assistir à sua performance. Era como se, desde que ela se tornara amante dele, ele não mais gostasse que ela estivesse fazendo aquele trabalho.

Era assim que lhe parecia. Mas ela não tinha certeza.

– Talvez ele realmente só esteja ocupado – murmurou ela, tentando se convencer.

Quando chegou ao camarim, Demi colocou a nova chave na fechadura e a girou. Antes de ela entrar, no entanto, Leah a impediu.

– Ei, parece que sempre sou eu quem recolhe seus presentes! – disse a garota sorridente. Ela estendeu uma caixa embrulhada em papel laminado dourado. – Hum. Eu já lhe disse o quanto amo chocolate?

Demi olhou para a caixa, olhou para os próprios quadris fartos, pelo menos uns três centímetros maiores do que eram quando ela voltou de Nova York, e suspirou.

– Eu já lhe disse o quanto o chocolate se acumula nos meus quadris e no meu traseiro?

Além disso, os doces eram bombons de cereja. E ela não era muito fanática por eles. Se fossem caramelos, ela provavelmente ficaria muito mais tentada a encher a mão. Sendo assim, Demi os dispensou facilmente.

– Tire-os de vista, pode ser?

Leah agarrou a caixa junto ao peito.

– U-hu! Lembre-me de vigiar a próxima caixinha de joias que mandarem para você.

Entrando no camarim, Demi tirou as roupas lentamente e vestiu o roupão. Ela fez tudo com calma; havia muito tempo sobrando. Durante a hora seguinte, arrumou-se para a noite. O burburinho de vozes femininas no camarim não era suficiente para abafar o som de vários passos no saguão acima da cabeça dela. Os clientes já estavam entrando e as dançarinas já estavam no palco, a julgar pelo som do baixo que ela praticamente conseguia sentir reverberando no peito.

Todo o lugar estava vivo e vibrante. Exatamente do jeito como ela se sentia quando estava ali. O único outro momento no qual ela se sentia tão bem era quando estava com Joe. O que ela iria fazer se não pudesse mais manter seu emprego ali?

– Não pense nisso – lembrou a si mesma, quando olhou para o relógio. Estava ali há mais de uma hora e ele ainda não havia chegado, o que a estava deixando muito agitada.

Demi deixou seus pensamentos de lado e terminou de passar a maquiagem. O público poderia não ver muito do rosto dela, mas isso não significava que ela não utilizava o básico de maquiagem de palco. Ela estava passando pó compacto nas bochechas, quando ouviu uma batida à porta.

– Entre. – Quase prendendo a respiração, ela soltou um suspiro satisfeito quando viu Joe. – Oi.

– Oi, você – disse ele. Ele fechou a porta detrás de si, se abaixou e deu-lhe um beijo na boca. Rápido, sólido… quente e sexy. – Eu estava precisando disso – falou, quando finalmente se aprumou.

– Eu também.

– Quero mais depois.

Ela sorriu.

– Eu também.

– As coisas já estão esquentando lá em cima, mas eu queria ver você antes que ficassem agitadas demais.

Demi se virou, levando a esponjinha de pó ao rosto outra vez.

– Você acha que vai estar ocupado demais outra vez para estar lá durante minhas apresentações?

Joe encontrou os olhos dela no reflexo do espelho.

– Não sei – murmurou ele. – Não posso prometer nada.

Ele ainda estava hesitante; ela percebia pela voz dele. Joe estava evitando reconhecer com realmente se sentia, iria se sentir, sobre o fato de ela tirar a roupa. Demi queria chorar, sentindo que sabia qual seria a resposta.

Ele odiava aquilo. Com certeza estava tranquilo com o fato de ela fazer strip-tease quando era uma estranha. Mas agora que eram amantes? Bem, se ele fosse como todos os homens da espécie, iria se transformar no homem das cavernas que uma vez, brincando, fingira ser e ficaria todo autoritário. Iria querer que ela desistisse, ficaria ranzinza e fazendo beicinho até ela desistir.

Não havia muitos homens capazes de aceitar uma namorada que tirava a roupa até ficar só de calcinha fio-dental diante de um monte de estranhos… Por que ela deveria esperar que Joe fosse diferente?

– Estou fazendo o melhor que posso, Dem.

– Tudo bem – murmurou ela, piscando rapidamente para evitar a umidade inesperada nos olhos, chorando não por que não compreendia; ela entendia. Mas porque temia muito pelo que aquilo iria significar quando finalmente se tornasse um ponto importante entre eles.

– Ai, Deus, alguém pegue um balde!

Ouvindo o berro do corredor, diante de seu camarim, Demi se levantou imediatamente. – Alguém a segure!

Joe estremeceu.

– Espere aqui enquanto vou ver o que está acontecendo.

Ela simplesmente revirou os olhos.

– Até parece.

Seguindo-o até o lado de fora, viu de imediato um grupinho de meia dúzia de dançarinas reunidas em torno de alguém deitado no chão. Joe abriu caminho e se abaixou imediatamente.

– Leah, o que aconteceu? Você está bem?

– Ela está passando mal – disse alguém. – Vomitou no chão todo.

Pobre Leah. Tinha ficado doente no fim de semana anterior, e agora de novo. Demi se perguntou brevemente se a pobre garota estava escondendo uma gravidez inesperada ou algo assim. Então, assim que o grupo se dissipou e ela viu o rosto de Leah, descartou a ideia.

A bela loura parecia acabada. O rosto estava pálido, molhado de suor, e ela parecia fraca demais para até mesmo ficar de pé sozinha. Estava completamente diferente da jovem bonita com quem Demi havia conversado uma hora atrás. Provavelmente tinha sido atingida por algum vírus de ação rápida.

Joe não perdeu tempo fazendo perguntas. Abaixou-se para carregar a dançarina, tomando-a nos braços com facilidade, como se ela fosse uma criança, e a levou até o camarim no fim do corredor.

– Arranjem um pano gelado.

Uma das dançarinas correu para pegar assim que Joe pediu, o restante continuava reunido ali. Demi não sabia dizer se o interesse ávido delas se dava por causa de Leah ou por causa da visão incrível de Joe bancando o herói. Os braços musculosos estavam abaulados e flexionados, porém ele falava delicadamente com Leah enquanto a deitava com cuidado no sofá irregular do camarim. Ele até mesmo removeu o cabelo do rosto dela.

Era o suficiente para fazer a mais durona das mulheres se derreter. Até mesmo a meia dúzia de strippers que cercava o sofá.

Demi, é claro, não estava surpresa. Ela conhecia a ternura da qual o sujeito era capaz. Também conhecia o jeito como ele havia sido criado e imaginava que ele teria feito a mesma coisa se sua irmã Lottie fosse a pessoa deitada naquele piso.

– O que aconteceu? – perguntou ele a Leah.

Ela gemeu.

– Aconteceu do nada. Eu não estava enjoada ou nada assim, então de repente… bum.

– Você comeu mariscos hoje? – questionou alguém.

– Ou algum almoço requentado? – perguntou outra pessoa.

Leah balançou a cabeça, aceitando com gratidão um amontoado de papel-toalha úmido que Jackie, sua colega de camarim, havia trazido. Ela pressionou o papel contra a testa e respondeu:

– Comi uma salada no almoço, e então mais nada até me empanturrar com os chocolates da Rosa.

Sete cabeças se viraram para olhar para Demi, sete pares de olhos arregalados e curiosos. Talvez até mesmo um pouco acusadores.

Ela abriu a boca para responder, perguntando-se se elas pensavam que ela havia feito alguma coisa para Leah passar mal, mas não precisou. A dançarina doente em pessoa falou outra vez:

– Eu os encontrei na entrada quando cheguei para trabalhar hoje, e havia o nome de Rosa neles. Ela nem mesmo abriu a caixa, apenas deu para mim.

Aquilo pareceu acalmar a todos. Todos, exceto Joe. Porque, enquanto todas voltavam a atenção para Leah, oferecendo-se para pegar gelo ou levá-la para casa, ele franziu a testa e enrijeceu tanto o maxilar que pareceu prestes a quebrar.

– Onde estão esses chocolates?

– No meu camarim.

Ele olhou para cima e encarou Jackie.

– Vou pegar – disse ela, saindo do cômodo rapidamente.

Parecia ridículo, e Demi não acreditou nem por um segundo que Leah havia sido nocauteada por algum tipo de doce envenenado… intencionalmente para ela. Aquilo era uma coisa estrita a programas como CSI, e ela não acreditava naquilo de forma alguma. A julgar pelo olhar de Joe, no entanto, Demi era esperta o suficiente para não falar isso. Ele iria conferir por si só, não importando o que ela pensasse.

– Joe, acabei de saber que uma das garotas está doente. O que está acontecendo? – Harry entrou desenfreado no cômodo, sem fôlego, como se tivesse acabado de descer as escadas correndo. A expressão de preocupação no rosto do sujeito era suficiente para fazer todos os seus empregados ficarem mais tranquilos; ninguém poderia acusar Harry Black de não valorizar e cuidar de suas dançarinas, o que provavelmente o tornava uma raridade naquele meio… e provavelmente era por isso que as poucas dançarinas que desistiram de trabalhar no local o fizeram apenas para mudar de carreira.

Ao ver Leah, ele se apressou.

– Devemos ligar para a emergência?

Leah balançou a cabeça.

– Acho que não. Mas quero ficar deitada aqui por um tempinho, se não tiver problema.

– Ah, querida, nem pense em se levantar – disse outra voz. Uma voz feminina. Delilah havia ouvido as notícias também, e seguira o marido até o camarim coletivo. Ela soava preocupada… uma raridade no caso dela. – Podemos cobrir você esta noite e alguém pode levá-la em casa se você quiser.

O cômodo estava ficando lotado. Mas todo mundo abriu caminho para Jackie quando ela retornou com a caixa de chocolates.

– Aqui está, Joe. – Franzindo a testa, ela pôs a mão no braço dele e meneou a cabeça em direção ao canto da sala.

Joe pegou a caixa e seguiu Jackie. Eles trocaram algumas palavras, e o que quer que ela tivesse dito fez a testa dele se enrugar ainda mais. Ele manteve a caixa firmemente segura na mão e Demi se perguntou se ele iria esmagá-la.

Harry se juntou a eles, murmurando:

– O que houve?

A resposta de Joe foi dita baixinho; ele obviamente não queria que os outros ouvissem. Jackie, tendo entregado o tal recado que havia deixado Joe ainda mais exaltado, ligou para a emergência afinal, então retornou para ajudar a cuidar da amiga. Todas estavam pairando acima de Leah. Alguém se ofereceu para pegar um travesseiro para ela colocar sob os pés, outra ofereceu um balde para a cabeça. Aquilo quebrou o gelo e o grupo riu.

Demi não as acompanhou. Joe suspeitava que alguém tivesse tentado lhe dar chocolates envenenados. O diabo que ela iria ficar de fora daquela conversa! Aproximando-se dos dois homens, ela perguntou:

– Bem…? Ciente de que eu não sou o alvo de um envenenador maluco?

Joe não olhou para ela no início. Nem Harry. Ambos estavam olhando fixamente para a caixa de chocolates sobre a bancada de maquiagem. Um dos homens havia virado todos os chocolates remanescentes, encaixados individualmente na embalagem, então estavam todos de ponta-cabeça. E, na parte de baixo de cada um, muito facilmente visível, havia um buraquinho. Algo que não teria acontecido na fábrica de doces.

– Ai, diabos – sussurrou Demi.

Aparentemente alguém havia, de fato, tentado envenená-la.

E, quando Joe se virou para ela e disse “conte-me sobre as rosas”, ela percebeu que poderia não ser a primeira vez.


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Oiii!!! acabei de chegar da faculdade e como eu sou uma pessoa maravilhosa vim postar mais um da mini-fic, vou tentar escrever de "A Sexóloga" e logo posto para vocês, ok?? Beijooos <3

Quem assistiu Camp Rock 2 ontem na Disney??? eu quase chorei, meu coração de Jemi shipper não aguenta, que saudades daquele tempo </3

9 comentários:

  1. diva tá perfeito u.u
    to amando ansiosa aqui para saber quem quer "matar" a demi....
    posta logooo
    beijos

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    1. Awn minha linda!!
      bom, agora vcs já sabem quem estava querendo "matar" a Demi né??
      beijoos <3

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  2. O que dizer desse capítulo o começo dele lindo, fofo e tudo de bom!! Daí pro final morri quem quer "envenenar" a Rosa? Omg morri mil vezes agr preciso demais!!
    Fabíola Barboza

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    1. fico muito feliz em saber que vc esta gostando mesmo da fic :)
      postei todos, só falta o epilogo que daqui a pouco eu posto ;)

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  3. O que dizer desse capítulo o começo dele lindo, fofo e tudo de bom!! Daí pro final morri quem quer "envenenar" a Rosa? Omg morri mil vezes agr preciso demais!!
    Fabíola Barboza

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  4. Meu Deus, que capítulo emocionante bfdvbdfifvfd
    Posta logo, Mari! Beijinhos ~Dany~

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    1. muito emocionante e um pouco tenso no final, né?? gsjfhsdkf
      Beijinhos Dany <3

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  5. Mds ainda bem que demi não comeu os bomboms uhasuhs
    Demi tb ta enjoada percebi em uns caps. Será q ta gravida? Kk
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    1. ainda bem que não foram os preferidos dela, senão ela iria comer :/
      ela ta enjoada com tudo que esta acontecendo, não esta gravida :/ hahaha

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