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PASSAR A noite de sexta-feira com a família na
verdade se revelou uma experiência muito agradável. Demi meio que
estava temendo aquilo, uma vez que se sentira feito uma estrangeira
em meio a todos desde o dia em que chegara em casa. Mas havia algo
diferente naquela reunião. Talvez porque Mia estivesse em casa e,
portanto, recebesse boa parte da atenção. Ou porque os filhos de
Danielle estivessem lá: os netos sempre anulavam a existência de
todo o restante do mundo para os pais dela.
Ou talvez fosse apenas porque Demi tivesse se
obrigado a relaxar. Ao não precisar falar muito, ela não precisava
se policiar relação a cada palavra que dizia. Não precisava se preocupar em deixar escapar algo sobre sua
carreira de dançarina, a qual eles presumiam ter sido totalmente
abandonada por causa do joelho dela.
O fato de não estar tão no limite de fato
permitia a ela relaxar e, para sua surpresa, até mesmo se divertir.
Ela ainda estava ponderando sobre isso no dia
seguinte, ao se lembrar do sorriso do pai quando ele falara sobre
retornar ao trabalho em breve. Quando contara que tinha conversado
com o irmão – que estava prestes a se aposentar – sobre ele ir
trabalhar na confeitaria, Demi começou a enxergar alguma luz em sua
vida. Com mais um membro da família tomando parte nos negócios, a
pressão para Demi se envolver acabaria. Talvez ela pudesse retornar
a algo como uma vida de verdade por conta própria.
Qualquer que fosse a decisão, permanecer em
Chicago ou voltar para Nova York, continuar a vida de stripper ou
desistir dela, amar Joe ou deixá-lo ir… Ela sabia que não queria
ser uma confeiteira durante muito tempo mais.
Joe tentou falar com ela algumas vezes no sábado,
mas ela perdeu as ligações. Não intencionalmente. Na primeira vez,
estava no banho, e, na segunda, estava esperando clientes na
confeitaria. Assim que teve tempo para retornar as ligações, foi
ele quem não atendeu.
Ainda assim, não tendo falado com ele por mais de
um dia, desde aquele momento tenso na rua quando ela percebera que
Kevin havia topado com a verdade sobre o relacionamento deles, ela
estava um pouco nervosa. Ao seguir para o trabalho na Leather and
Lace, Demi buscou o carro dele no estacionamento imediatamente, mas
não o viu. Ela havia chegado cedo, provavelmente duas horas antes do
horário necessário, e sabia que aquilo se devia à esperança de
encontrá-lo lá.
– Oi, Rosa – disse alguém, assim que ela
entrou pela porta dos fundos.
– Oi, Bernie. Como foi a semana?
O segurança deu de ombros, oferecendo a ela um de
seus imensos sorrisos pueris.
– Colidi algumas cabeças, limpei o chão com um
ou dois bêbados. Você sabe, o de sempre.
Rindo, ela começou a passar por ele.
No entanto, ele pôs uma das mãos no ombro dela e
a impediu de prosseguir. Ele olhou para a enorme bolsa de lona que
ela segurava, que estava cheia de roupas comuns e suprimentos. –
Posso ajudá-la de alguma forma, Rosa? Carregar isto? Comprar seu
jantar?
Ela balançou a cabeça.
– Você é tão gentil, mas não, sério, está
tudo certo. – O sujeito estava se desdobrando para cuidar dela
desde a primeira noite de trabalho de Demi. Se ele já tivesse
passado uma cantada nela, ela suspeitaria que aquele cuidado todo se
dava por ele estar interessado nela. Mas ele nunca fora nada, exceto
um amigo legal, se não super protetor.
Ainda sorrindo enquanto seguia em direção ao seu
camarim, Demi percebeu o quanto se sentia confortável ali. A equipe
da boate já era como uma segunda família. Bernie e Harry. Leah e
Jackie e as outras dançarinas. Todos eram pessoas com quem ela se
importava, que pareciam se importar com ela.
Ela não queria desistir daquilo. E aquele era
mais um motivo pelo qual ela não sabia como lidar com a aparente
inabilidade de Joe de assistir à sua performance. Era como se, desde
que ela se tornara amante dele, ele não mais gostasse que ela
estivesse fazendo aquele trabalho.
Era assim que lhe parecia. Mas ela não tinha
certeza.
– Talvez ele realmente só esteja ocupado –
murmurou ela, tentando se convencer.
Quando chegou ao camarim, Demi colocou a nova chave
na fechadura e a girou. Antes de ela entrar, no entanto, Leah a
impediu.
– Ei, parece que sempre sou eu quem recolhe seus
presentes! – disse a garota sorridente. Ela estendeu uma caixa
embrulhada em papel laminado dourado. – Hum. Eu já lhe disse o
quanto amo chocolate?
Demi olhou para a caixa, olhou para os próprios
quadris fartos, pelo menos uns três centímetros maiores do que eram
quando ela voltou de Nova York, e suspirou.
– Eu já lhe disse o quanto o chocolate se
acumula nos meus quadris e no meu traseiro?
Além disso, os doces eram bombons de cereja. E
ela não era muito fanática por eles. Se fossem caramelos, ela
provavelmente ficaria muito mais tentada a encher a mão. Sendo
assim, Demi os dispensou facilmente.
– Tire-os de vista, pode ser?
Leah agarrou a caixa junto ao peito.
– U-hu! Lembre-me de vigiar a próxima caixinha
de joias que mandarem para você.
Entrando no camarim, Demi tirou as roupas
lentamente e vestiu o roupão. Ela fez tudo com calma; havia muito
tempo sobrando. Durante a hora seguinte, arrumou-se para a noite. O
burburinho de vozes femininas no camarim não era suficiente para
abafar o som de vários passos no saguão acima da cabeça dela. Os
clientes já estavam entrando e as dançarinas já estavam no palco,
a julgar pelo som do baixo que ela praticamente conseguia sentir
reverberando no peito.
Todo o lugar estava vivo e vibrante. Exatamente do
jeito como ela se sentia quando estava ali. O único outro momento no
qual ela se sentia tão bem era quando estava com Joe. O que ela iria
fazer se não pudesse mais manter seu emprego ali?
– Não pense nisso – lembrou a si mesma,
quando olhou para o relógio. Estava ali há mais de uma hora e ele
ainda não havia chegado, o que a estava deixando muito agitada.
Demi deixou seus pensamentos de lado e terminou de
passar a maquiagem. O público poderia não ver muito do rosto dela,
mas isso não significava que ela não utilizava o básico de
maquiagem de palco. Ela estava passando pó compacto nas bochechas,
quando ouviu uma batida à porta.
– Entre. – Quase prendendo a respiração, ela
soltou um suspiro satisfeito quando viu Joe. – Oi.
– Oi, você – disse ele. Ele fechou a porta
detrás de si, se abaixou e deu-lhe um beijo na boca. Rápido,
sólido… quente e sexy. – Eu estava precisando disso – falou,
quando finalmente se aprumou.
– Eu também.
– Quero mais depois.
Ela sorriu.
– Eu também.
– As coisas já estão esquentando lá em cima,
mas eu queria ver você antes que ficassem agitadas demais.
Demi se virou, levando a esponjinha de pó ao
rosto outra vez.
– Você acha que vai estar ocupado demais outra
vez para estar lá durante minhas apresentações?
Joe encontrou os olhos dela no reflexo do espelho.
– Não sei – murmurou ele. – Não posso
prometer nada.
Ele ainda estava hesitante; ela percebia pela voz
dele. Joe estava evitando reconhecer com realmente se sentia, iria se
sentir, sobre o fato de ela tirar a roupa. Demi queria chorar,
sentindo que sabia qual seria a resposta.
Ele odiava aquilo. Com certeza estava tranquilo
com o fato de ela fazer strip-tease quando era uma estranha. Mas
agora que eram amantes? Bem, se ele fosse como todos os homens da
espécie, iria se transformar no homem das cavernas que uma vez,
brincando, fingira ser e ficaria todo autoritário. Iria querer que
ela desistisse, ficaria ranzinza e fazendo beicinho até ela
desistir.
Não havia muitos homens capazes de aceitar uma
namorada que tirava a roupa até ficar só de calcinha fio-dental
diante de um monte de estranhos… Por que ela deveria esperar que
Joe fosse diferente?
– Estou fazendo o melhor que posso, Dem.
– Tudo bem – murmurou ela, piscando
rapidamente para evitar a umidade inesperada nos olhos, chorando não
por que não compreendia; ela entendia. Mas porque temia muito pelo
que aquilo iria significar quando finalmente se tornasse um ponto
importante entre eles.
– Ai, Deus, alguém pegue um balde!
Ouvindo o berro do corredor, diante de seu
camarim, Demi se levantou imediatamente. – Alguém a segure!
Joe estremeceu.
– Espere aqui enquanto vou ver o que está
acontecendo.
Ela simplesmente revirou os olhos.
– Até parece.
Seguindo-o até o lado de fora, viu de imediato um
grupinho de meia dúzia de dançarinas reunidas em torno de alguém
deitado no chão. Joe abriu caminho e se abaixou imediatamente.
– Leah, o que aconteceu? Você está bem?
– Ela está passando mal – disse alguém. –
Vomitou no chão todo.
Pobre Leah. Tinha ficado doente no fim de semana
anterior, e agora de novo. Demi se perguntou brevemente se a pobre garota estava
escondendo uma gravidez inesperada ou algo assim. Então, assim que o
grupo se dissipou e ela viu o rosto de Leah, descartou a ideia.
A bela loura parecia acabada. O rosto estava
pálido, molhado de suor, e ela parecia fraca demais para até mesmo
ficar de pé sozinha. Estava completamente diferente da jovem bonita
com quem Demi havia conversado uma hora atrás. Provavelmente tinha
sido atingida por algum vírus de ação rápida.
Joe não perdeu tempo fazendo perguntas.
Abaixou-se para carregar a dançarina, tomando-a nos braços com
facilidade, como se ela fosse uma criança, e a levou até o camarim
no fim do corredor.
– Arranjem um pano gelado.
Uma das dançarinas correu para pegar assim que
Joe pediu, o restante continuava reunido ali. Demi não sabia dizer
se o interesse ávido delas se dava por causa de Leah ou por causa da
visão incrível de Joe bancando o herói. Os braços musculosos
estavam abaulados e flexionados, porém ele falava delicadamente com
Leah enquanto a deitava com cuidado no sofá irregular do camarim.
Ele até mesmo removeu o cabelo do rosto dela.
Era o suficiente para fazer a mais durona das
mulheres se derreter. Até mesmo a meia dúzia de strippers que
cercava o sofá.
Demi, é claro, não estava surpresa. Ela conhecia
a ternura da qual o sujeito era capaz. Também conhecia o jeito como
ele havia sido criado e imaginava que ele teria feito a mesma coisa
se sua irmã Lottie fosse a pessoa deitada naquele piso.
– O que aconteceu? – perguntou ele a Leah.
Ela gemeu.
– Aconteceu do nada. Eu não estava enjoada ou
nada assim, então de repente… bum.
– Você comeu mariscos hoje? – questionou
alguém.
– Ou algum almoço requentado? – perguntou
outra pessoa.
Leah balançou a cabeça, aceitando com gratidão
um amontoado de papel-toalha úmido que Jackie, sua colega de
camarim, havia trazido. Ela pressionou o papel contra a testa e
respondeu:
– Comi uma salada no almoço, e então mais nada
até me empanturrar com os chocolates da Rosa.
Sete cabeças se viraram para olhar para Demi,
sete pares de olhos arregalados e curiosos. Talvez até mesmo um
pouco acusadores.
Ela abriu a boca para responder, perguntando-se se
elas pensavam que ela havia feito alguma coisa para Leah passar mal,
mas não precisou. A dançarina doente em pessoa falou outra vez:
– Eu os encontrei na entrada quando cheguei para
trabalhar hoje, e havia o nome de Rosa neles. Ela nem mesmo abriu a
caixa, apenas deu para mim.
Aquilo pareceu acalmar a todos. Todos, exceto Joe.
Porque, enquanto todas voltavam a atenção para Leah, oferecendo-se
para pegar gelo ou levá-la para casa, ele franziu a testa e enrijeceu tanto o maxilar que pareceu prestes a
quebrar.
– Onde estão esses chocolates?
– No meu camarim.
Ele olhou para cima e encarou Jackie.
– Vou pegar – disse ela, saindo do cômodo
rapidamente.
Parecia ridículo, e Demi não acreditou nem por
um segundo que Leah havia sido nocauteada por algum tipo de doce
envenenado… intencionalmente para ela. Aquilo era uma coisa estrita
a programas como CSI, e ela não acreditava naquilo de forma alguma.
A julgar pelo olhar de Joe, no entanto, Demi era esperta o suficiente
para não falar isso. Ele iria conferir por si só, não importando o
que ela pensasse.
– Joe, acabei de saber que uma das garotas está
doente. O que está acontecendo? – Harry entrou desenfreado no
cômodo, sem fôlego, como se tivesse acabado de descer as escadas
correndo. A expressão de preocupação no rosto do sujeito era
suficiente para fazer todos os seus empregados ficarem mais
tranquilos; ninguém poderia acusar Harry Black de não valorizar e
cuidar de suas dançarinas, o que provavelmente o tornava uma
raridade naquele meio… e provavelmente era por isso que as poucas
dançarinas que desistiram de trabalhar no local o fizeram apenas
para mudar de carreira.
Ao ver Leah, ele se apressou.
– Devemos ligar para a emergência?
Leah balançou a cabeça.
– Acho que não. Mas quero ficar deitada aqui
por um tempinho, se não tiver problema.
– Ah, querida, nem pense em se levantar –
disse outra voz. Uma voz feminina. Delilah havia ouvido as notícias
também, e seguira o marido até o camarim coletivo. Ela soava
preocupada… uma raridade no caso dela. – Podemos cobrir você
esta noite e alguém pode levá-la em casa se você quiser.
O cômodo estava ficando lotado. Mas todo mundo
abriu caminho para Jackie quando ela retornou com a caixa de
chocolates.
– Aqui está, Joe. – Franzindo a testa, ela
pôs a mão no braço dele e meneou a cabeça em direção ao canto
da sala.
Joe pegou a caixa e seguiu Jackie. Eles trocaram
algumas palavras, e o que quer que ela tivesse dito fez a testa dele
se enrugar ainda mais. Ele manteve a caixa firmemente segura na mão
e Demi se perguntou se ele iria esmagá-la.
Harry se juntou a eles, murmurando:
– O que houve?
A resposta de Joe foi dita baixinho; ele
obviamente não queria que os outros ouvissem. Jackie, tendo
entregado o tal recado que havia deixado Joe ainda mais exaltado,
ligou para a emergência afinal, então retornou para ajudar a cuidar
da amiga. Todas estavam pairando acima de Leah. Alguém se ofereceu
para pegar um travesseiro para ela colocar sob os pés, outra
ofereceu um balde para a cabeça. Aquilo quebrou o gelo e o grupo
riu.
Demi não as acompanhou. Joe suspeitava que alguém
tivesse tentado lhe dar chocolates envenenados. O diabo que ela iria
ficar de fora daquela conversa! Aproximando-se dos dois homens, ela
perguntou:
– Bem…? Ciente de que eu não sou o alvo de um
envenenador maluco?
Joe não olhou para ela no início. Nem Harry.
Ambos estavam olhando fixamente para a caixa de chocolates sobre a
bancada de maquiagem. Um dos homens havia virado todos os chocolates
remanescentes, encaixados individualmente na embalagem, então
estavam todos de ponta-cabeça. E, na parte de baixo de cada um,
muito facilmente visível, havia um buraquinho. Algo que não teria
acontecido na fábrica de doces.
– Ai, diabos – sussurrou Demi.
Aparentemente alguém havia, de fato, tentado
envenená-la.
E, quando Joe se virou para ela e disse “conte-me
sobre as rosas”, ela percebeu que poderia não ser a primeira vez.
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Oiii!!! acabei de chegar da faculdade e como eu sou uma pessoa maravilhosa vim postar mais um da mini-fic, vou tentar escrever de "A Sexóloga" e logo posto para vocês, ok?? Beijooos <3
Quem assistiu Camp Rock 2 ontem na Disney??? eu quase chorei, meu coração de Jemi shipper não aguenta, que saudades daquele tempo </3
Oiii!!! acabei de chegar da faculdade e como eu sou uma pessoa maravilhosa vim postar mais um da mini-fic, vou tentar escrever de "A Sexóloga" e logo posto para vocês, ok?? Beijooos <3
Quem assistiu Camp Rock 2 ontem na Disney??? eu quase chorei, meu coração de Jemi shipper não aguenta, que saudades daquele tempo </3
diva tá perfeito u.u
ResponderExcluirto amando ansiosa aqui para saber quem quer "matar" a demi....
posta logooo
beijos
Awn minha linda!!
Excluirbom, agora vcs já sabem quem estava querendo "matar" a Demi né??
beijoos <3
O que dizer desse capítulo o começo dele lindo, fofo e tudo de bom!! Daí pro final morri quem quer "envenenar" a Rosa? Omg morri mil vezes agr preciso demais!!
ResponderExcluirFabíola Barboza
fico muito feliz em saber que vc esta gostando mesmo da fic :)
Excluirpostei todos, só falta o epilogo que daqui a pouco eu posto ;)
O que dizer desse capítulo o começo dele lindo, fofo e tudo de bom!! Daí pro final morri quem quer "envenenar" a Rosa? Omg morri mil vezes agr preciso demais!!
ResponderExcluirFabíola Barboza
Meu Deus, que capítulo emocionante bfdvbdfifvfd
ResponderExcluirPosta logo, Mari! Beijinhos ~Dany~
muito emocionante e um pouco tenso no final, né?? gsjfhsdkf
ExcluirBeijinhos Dany <3
Mds ainda bem que demi não comeu os bomboms uhasuhs
ResponderExcluirDemi tb ta enjoada percebi em uns caps. Será q ta gravida? Kk
Posta logo
ainda bem que não foram os preferidos dela, senão ela iria comer :/
Excluirela ta enjoada com tudo que esta acontecendo, não esta gravida :/ hahaha