Capitulo 32 de "A Sexóloga" -> AQUI
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QUANDO JOE conseguiu enfrentar mais uma noite na
Leather and Lace sem assisti-la dançar, Demi ficou um pouco nervosa. Ela não queria
perguntar para ele a respeito das noites seguintes, afinal eles
estavam se divertindo tanto fazendo coisas loucamente sensuais um com
outro. Mas não conseguia evitar se perguntar sobre o assunto.
Na noite de domingo, Joe estivera ocupado demais
para observá-la dançando. Ou assim ele alegara. Ele
convenientemente precisava apagar mais um incêndio na boate toda vez
que ela estava agendada para dançar.
Suspeito. Ela não queria estar desconfiada, mas
estava.
Ele havia dito que podia lidar com isso… mas não
estava agindo como se ao menos quisesse tentar.
Não era que ela não compreendia. Na verdade,
colocando-se no lugar dele, diria que provavelmente teria um grande
problema com outras mulheres olhando cobiçosamente para o homem
dela, pensando em maneiras de ter aquele corpo incrível e rosto
maravilhoso.
O homem dela. Dela? Ai, Deus, será que de alguma
forma ele havia se tornado o homem dela?
Sentada em seu apartamento, Demi percebeu que sim,
que em algum momento nas semanas mais recentes Joe havia se tornado o
homem dela.
Talvez tivesse sido quando ele fizera amor com ela
na traseira da van. Ou quando ele cuidara dela depois da queda no
camarim. Talvez fosse por causa do sorriso sensual dele e do jeito
íntimo como ele a observava quando achava que ninguém estava
olhando.
Talvez fosse até mesmo por causa do jeito como
ela se sentia todas as vezes que acordava nos braços dele.
Aqueles momentos antes do amanhecer. Sim.
Provavelmente aqueles momentos tinham feito isso.
Porque, toda vez que acontecia, fosse no
apartamento dele ou no dela, Demi sentia necessidade de ficar ali o
observando dormir. Analisando a linha rija do maxilar dele e a curva
da bochecha. Perguntando-se como um homem poderia ter uma boca tão
sensual e ainda assim ser tão durão. Perceber as pequenas
cicatrizes no corpo dele, e a tatuagem, e lamentar pelas coisas que
ele deveria ter passado quando era soldado.
Sim. Naquele momento, o coração dela se abriu. E
ela o deixou entrar da mesma forma que havia adentrado em seu corpo.
Havia momentos com os quais ela se permitia não
se importar. Ao menos cogitar se poderiam fazer aquela relação louca funcionar.
Talvez um casamento mascarado… a Rosa Escarlate e o sensual
vigilante noturno.
Aquilo era tão careta.
Mas não era mais louco do que ideia de uma união
oficial entre Demi Lovato e Joe Jonas da rua Taylor.
– Será que isso seria realmente tão ruim? –
sussurrou ela. Demi estava dizendo a si que seria, mas em momentos
como aquele tinha grande dificuldade de se lembrar por quê. –
Preciso de açúcar – murmurou ela quando seguia para a cozinha,
morrendo de vontade de comer um doce. Ela era boazinha na confeitaria
e tentava resistir à tentação, então nunca levava nada para casa.
Em momentos como aquele, no entanto, Demi se arrependia dessa
disciplina.
Joe havia telefonado há pouco, dizendo que
estaria saindo da pizzaria dentro de uma hora e que iria dar uma
passada lá. Ela olhou para o relógio, perguntando-se se tinha tempo
para correr até o mercado da esquina. Estava tão desesperada que
encararia até um pacote de bolinhos industrializados a essa altura.
Antes que pudesse pegar seus sapatos e sair para
comprar algo para se empanturrar, o celular tocou. Olhando para o
identificador de chamadas e reconhecendo o número da cidade de Nova
York, ela começou a sorrir imediatamente, encontrando agora outra
rota de fuga infalível, pelo menos mentalmente, de seus problemas.
– V! – exclamou ela, quando atendeu.
– Amiga! – Foi a resposta. – Faz uma
eternidade que não nos falamos. Onde você esteve?
Jogando-se no sofá, Demi colocou os pés para
cima e se recostou, tão feliz por ouvir uma voz de sua vida
pregressa que se perguntou se o destino havia enviado a ligação de
Vanessa como algum tipo de presente mental. Vanessa era uma boa amiga
da época das Rockettes. A negra impressionante de pernas longilíneas
tinha sido colega de quarto de Demi durante a turnê e as duas se
deram bem desde o primeiro dia de estadia no hotel, quando optaram
por pedir batatas fritas ao serviço de quarto às 2h, apesar da
ordem das supervisoras para que fossem dormir às 23h.
– Ainda estou em Chicago.
– Ainda mexendo com a confeitaria? – perguntou
Vanessa, soando completamente chocada.
– Não acredito que você durou tanto tempo
assim aí.
– Junte-se ao clube. Algumas vezes me esqueço
de que não passei os últimos sete anos com os braços enfiados até
o cotovelo em massa de biscoito.
– Como está seu pai?
– Melhorando a cada dia, e já perturbando a
minha mãe para que ela o deixe voltar a trabalhar.
– Isso é ótimo. E, assim que ele voltar, você
pode largar tudo.
Sim, ela podia. Por que aquela ideia lhe dera uma
injeção de tristeza Demi não sabia. Não era como se ela gostasse
de trabalhar na confeitaria. Mesmo que tivesse feito amizade com toda a equipe, desenvolvido intimidade com os
clientes dos restaurantes e com os fregueses regulares que passavam
todo dia para tomar café da manhã.
Bem, talvez ela gostasse. Um pouco. Mas certamente
não o suficiente para querer ficar ali permanentemente.
Vanessa riu baixinho.
– E aí você pode voltar para casa. Ainda está
pensando em virar coreógrafa ou professora de dança?
Sim, mas não tanto nos últimos tempos, no
entanto. Mas ela não disse isso a Vanessa.
Felizmente, a amiga mudou de assunto:
– Você precisa voltar logo para casa. Está
perdendo tanta coisa… – Iniciando uma explicação de todas as
coisas que estavam acontecendo, com as Rockettes e com a vida pessoal
dela, Vanessa logo fez Demi rir tanto que ela precisou limpar as
lágrimas. A amiga era indômita e a mulher mais corajosa que ela já
conhecera.
As histórias eram divertidas, particularmente
quando contadas com o toque de Vanessa. Mas, mesmo enquanto
gargalhava, Demi não conseguia evitar se perguntar se a amiga estava
verdadeiramente feliz. Ela soava um pouco… vazia. Solitária.
Entediada.
O que fez Demi se lembrar subitamente do jeito
como estava se sentindo pouco antes de machucar a perna.
Exatamente do mesmo jeito.
Todas as coisas que Vanessa estava descrevendo
eram coisas que Demi estivera fazendo alguns anos antes em Nova York.
Ela não sentia falta de nenhuma delas. Honestamente, tudo de que ela
sentia falta de fato eram das amigas e do apartamento. O estilo de
vida ela já havia começado a superar antes mesmo de ser obrigada a
abandoná-lo.
Voltar àquela vida não soava muito palatável.
Ela afastou aquele pensamento louco… Não
retornar para a vida dela? Insano. Como se ela tivesse algo melhor
rolando… aqui?
– Então, quem foi o sujeito que você jogou no
chafariz?
– O cara francês. Pierre de Paris. Só que acho
que o nome dele provavelmente era Petey de Poughkepsie ou coisa
assim. Ele não era mais francês do que a torrada seca de trigo que
comi esta manhã. – Suspirando, a amiga perguntou: – Por que
homens são tão ruins?
– Nem todos são – disse ela, antes mesmo de
pensar melhor no assunto.
Vanessa captou o tom na voz dela e se agarrou a
ele.
– Conte. Quem é ele? O que ele faz? Quando você
começou a sair com ele?
Não tendo ninguém em quem realmente confiar
desde que havia chegado ali… sobre seus sentimentos, seu
relacionamento com Joe, ou mesmo um pouquinho sobre seu sensual
emprego de fim de semana, ela se flagrou contando tudo para Vanessa.
Falou por uns bons cinco minutos, sem deixar a amiga interromper.
Finalmente, percebendo isso, ela sussurrou: – Você ainda está aí?
Vanessa murmurou:
– Ai, querida. Isso é sério.
Sim. Era. Muito sério.
– Esse Joe… Eu me lembro de você falando a
respeito dele.
Demi temia isso. Joe sempre fora, para ela, o
homem dos sonhos que ela nunca tivera.
Agora ela o tinha para si. E não sabia se iria
conseguir ficar com ele. Ou se ele ao menos queria que ela ficasse,
considerando que mais uma vez ele não tinha sido capaz de assistir a
ela dançando na boate.
– Ele pode ser um homem com quem vale a pena
sossegar, Demi. Desistir da dança… Espere. Qual é o nome do lugar
que você falou, onde está dançando?
Ela devia saber que isso interessaria mais à
amiga do que qualquer romance em potencial.
– Chama-se Leather and Lace.
– Caramba, garota, você está tirando a roupa.
– Sim. Estou tirando a roupa. E estou me
divertindo horrores. – Bem, o strip-tease não estava lhe rendendo
a diversão. Joe estava. Mas ela já havia falado o suficiente sobre
Joe.
Vanessa exigiu saber todos os detalhes da vida
secreta de Demi, não soando nem um pouco crítica e fazendo um monte
de perguntas.
– Isso parece divertido. Sabe, pensei em fazer
aula de strip na minha academia, mas há uma lista de espera.
– Você está brincando!
– Não, querida, não estou. Está super na
moda… Tem uma lista de espera de três meses para entrar na turma e
todo mundo que conheço está colocando o nome lá. Se você voltar,
precisa me ensinar a fazer isso e talvez eu me aposente e podemos
inaugurar uma escola em algum lugar. Ensinar as donas de casa a
mexerem o traseiro.
Demi riu baixinho diante daquela ideia boba. Então
pensou na palavra que Vanessa tinha utilizado. Se.
– O que você quer dizer com se eu voltar? Por
que eu não voltaria?
Vanessa ficou calada, como se pensando no que
dizer. Sabendo que a amiga possuía a sabedoria das ruas que Demi
nunca tivera, ela queria muito ouvir a resposta. Qualquer coisa sobre
a qual Vanessa refletisse era digna de ser ouvida.
Finalmente, a amiga murmurou:
– Por que você voltaria, quando a vida que você
realmente deseja está aí?
– Você acha que eu quero ser uma confeiteira
pelo restante da minha vida? – protestou Demi, chocada pelo fato de
a amiga ao menos sugerir isso.
– Não sei se você quer ser uma confeiteira ou
uma stripper. Uma entregadora de pizza ou uma bailarina. Tudo que sei
é que, o que quer que você termine querendo fazer, estará atrelado
àquele homem que você amou por metade da sua vida.
Demi ficou boquiaberta. Ela estremeceu com tanta
intensidade que o telefone caiu em seu colo. Atrapalhando-se para
pegá-lo, ouviu as palavras de Vanessa ecoando em sua cabeça.
Principalmente porque tinham vindo muito depressa, apenas meros
minutos, depois que Demi estava se desdobrando para tentar descobrir
exatamente o que sentia por Joe.
Ela realmente não devia ter de pensar tanto no
assunto. Sabia o que sentia por Joe. Era a mesma coisa que sempre
sentira por ele, só que mais profunda agora, adulta. Sensual.
Madura. Eterna.
Vanessa estava certa. Ela o amava. Parte dela
sabia que ela deveria se sentir mal por isso, afinal era o que ela
temera… e o motivo pelo qual ela derrubara as barreiras entre eles
quando ele correra atrás dela pela primeira vez. Mas Demi já sabia
que não se arrependia de ter cedido. Como poderia se arrepender,
quando estava se sentindo tão emocionalmente viva em anos?
– Você ainda está aí? – perguntou a amiga,
quando Demi finalmente levou o celular à orelha outra vez.
– Ainda estou aqui.
Vanessa riu. Então, numa voz muito baixa,
acrescentou:
– É melhor eu comparecer ao casamento.
E então tudo o que Demi ouviu em seguida foi o
silêncio.
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Mais um da maratona, continuem comentando que eu irei postar, a mini-fic já esta acabando :/ mas já estou preparando outras para vocês, ok?? depois quando essa acabar, eu posto a sinopse de umas 3 que eu estou preparando e vocês escolhem 1.
Obrigada pelos comentários, Beijoos <3
Mais um da maratona, continuem comentando que eu irei postar, a mini-fic já esta acabando :/ mas já estou preparando outras para vocês, ok?? depois quando essa acabar, eu posto a sinopse de umas 3 que eu estou preparando e vocês escolhem 1.
Obrigada pelos comentários, Beijoos <3
Maratona de novo, oba! sduyfgsudgs
ResponderExcluirMais uma vez, desculpe-me por não comentar, sexta-feira de noite tentei ler, mas fiquei conversando com minha melhor amiga até de madrugada, pois estávamos a um tempinho sem conversar direito (ela mora no Rio Grande do Sul e eu moro em Santa Catarina), ontem dormi até meio dia e depois tive que ir para o salão de beleza e depois fui para o casamento de uma prima. Hoje fiquei fora o dia todo e me aconteceu algo tão chato, me deixou tão magoada e triste, é bobo, mas eu fiquei realmente sentida, cheguei em casa, e contava para os meus pais chorando, soluçando, fiquei sem a mínima vontade de fazer nada, mas eu sei que você está se esforçando tanto para postar que estou aqui por causa disso. <3
Poste logo mais de "A Sexóloga" e da mini-fic. Beijos ~Dany~
Aeeeh!!!
Excluirsem problemas, nem precisa se desculpar, eu te entendo :)
se quiser alguém pra desabafar ou pra conversar pode me chamar no twitter por DM, eu sou uma boa ouvinte e eu acho que dou bons conselhos, pelo menos minhas amigas dizem que sim... muito obrigada, fico muito feliz que pelo menos a minha fic te anima um pouco.... Beijoos <3
perfeito...
ResponderExcluiransiosa para saber o que a demi vai fazer....
postaaa loogo
beijos
valeu!! Demi finalmente tomou coragem e assumiu que amava Joe :) Beijoos <3
ExcluirAmei esse capitulo! Tipo ate que enfim ela admitiu que amava ele!
ResponderExcluirAaaawwwwnnnnt .. Já amei a Vanessa por ter falado tudo o que falou pra Demi!
Quero mais , continuaa
Beijos
até que enfim, né?? estava demorando hahaha
Excluiramigas são pra isso, jogar na cara o que vc não vê ou não quer admitir hahahaha
Beijoos <3
Caraaaaaamba !! Eu ainda não tinha lido a mini fic, só estava lendo A Sexóloga, shsvhdbsdhdbhdhs caralho isso ta perfeito demais sos morri jsbhsbjs menina posta tudo! Beijos e desculpa por comentar só agora
ResponderExcluirAwn fico muito feliz em saber que vc esta gostando da mini-fic Amanda!! eu queria postar tudo de uma vez, mas as vezes não posso ficar o dia todo no not :/
ExcluirBeijoos <3