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JOE NÃO estava na plateia. Demi buscou pela
multidão durante sua performance, perguntando-se se ele estaria à
espreita nas sombras, cuidando dela.
Não estava.
Era o fim.
De algum modo, ela deu um jeito de não chorar
enquanto girava ao som da música. Deu um jeito de não demonstrar
aos homens ávidos na plateia que seu coração estava despedaçado.
Não deveria estar assim; afinal, ela sabia que
entrar naquela relação louca e selvagem com Joe acabaria mal. Desde
o primeiro dia, eles desejavam um ao outro em condições opostas.
Ele desejava a irmã caçula bonitinha de sua cunhada que trabalhava
na confeitaria todos os dias. Ela queria o guarda-costas sensual e
atraente que cuidava do corpo nu dela todas as noites.
O fato de ele ter tentado brecá-la e proibi-la de
dançar na primeira oportunidade em que tivera um pretexto
conveniente enfatizava aquilo ainda mais.
Enquanto ela dançava até o chão, rebolava, dava
impulsos e saltos no palco, quatro palavras seguiam o ritmo da
música. Elas tocavam sem parar, seguindo o compasso quaternário.
Isso não vai funcionar.
Assim que Demi finalizou a dança, estava tão
furiosa quanto magoada. Independentemente de ser amante dela, Joe
deveria ser o guarda-costas da boate. E, mesmo quando ela estava mais
vulnerável, exposta, ele não estava à vista.
No segundo em que o encontrasse, ela teria algo a
dizer a respeito. Mas aquele instante chegou quase imediatamente…
Ele estava sendo o guarda-costas dela de fato. Literalmente. Estava
parado nos bastidores do palco, sombrio e predatório. Ele ficou
observando enquanto ela saía… de uma linha reta com visão para o
centro do palco. Então ele não a tinha visto dançar. E certamente
não tinha passado pela experiência de vê-la junto ao restante da
imensa plateia masculina.
Nada havia mudado.
– Vou acompanhar você até o camarim – disse
ele, o maxilar tão tenso quanto os ombros –, Rosa.
Ela nem mesmo respondeu quando deslizou o roupão
por sobre o corpo seminu, então passou por ele em direção à
escadaria. Ela não precisava da ajuda dele, não precisava da
aprovação dele.
Sim, ela precisava dele. Mas havia aprendido a se
virar sem ele, exatamente do jeito que fizera durante todos aqueles
longos e solitários anos de sua adolescência, quando ela ansiava
por ele.
É claro, nunca tê-lo para si poderia ter ajudado
até então. Mas e agora que ela o tinha?
Demi temia nunca ser capaz de superar Joe.
– Ahã. – Assim que chegaram ao pé das
escadas, Harry saiu do camarim coletivo.
– Está tudo bem? – perguntou Joe, em alerta
instantaneamente.
– Tudo bem – respondeu o sujeito mais velho,
mas ele não soava convencido. Na verdade, a voz dele estava fraca; o
rosto, um pouco pálido.
Demi colocou uma das mãos no ombro dele.
– Harry, o que houve? Leah está bem?
Ele cobriu a mão dela com a sua.
– Sim. Jackie telefonou mais cedo. Leah está
bem. – Ele olhou por cima do ombro para o camarim silencioso. Saiu
do cômodo e fechou a porta. – Mas preciso conversar com vocês
dois. Podem vir comigo, por favor?
Ao ouvir a urgência na voz dele e ver a
preocupação óbvia, Demi entrou em alerta imediatamente. Algo mais havia acontecido…
talvez mais alguém estivesse machucado.
– O que foi? – perguntou Joe em voz baixa,
obviamente percebendo a mesma coisa.
O homem apenas meneou a cabeça, indicando para
que subissem as escadas rumo ao pequeno escritório do outro lado do
saguão. Eles tomaram um corredor particular, nos fundos, o que foi
bom; afinal, Demi estava usando apenas seu roupão longo de seda. O
que quer que estivesse perturbando Harry devia ser sério, pois ele
nem mesmo oferecera para aguardar enquanto ela vestia algumas roupas.
O escritório de Harry era despretensioso e
simples. Confortável. Muito parecido com o sujeito auto depreciativo
que o ocupava.
No entanto, Harry Black não parecia confortável
agora. Quando ele gesticulou em direção às duas poltronas diante
de sua mesa, sua mão estava trêmula.
Demi quase prendeu a respiração, observando-o se
sentar atrás da mesa. Antes de ele dizer qualquer palavra, baixou a
cabeça e a repousou entre as mãos.
– Não consigo nem mesmo olhar para vocês
enquanto digo isso.
Demi não fazia ideia do que o sujeito poderia
estar falando, mas ao lado dela Joe inalou profundamente. – Você…
O chefe deles olhou para cima imediatamente,
balançando a cabeça.
– Não. Não fui eu. – Com os olhos úmidos,
ele continuou: – Foi Delilah.
Demi compreendeu subitamente. Delilah era a pessoa
atrás dela. Ela havia envenenado os chocolates… e talvez as rosas.
Joe murmurou um palavrão, mas Harry não veio em
defesa da esposa. Ela merecia o desprezo deles. Não, ela não havia
sido bem-sucedida em ferir Demi, seu alvo, mas certamente havia
machucado Leah.
– Conte-nos – pediu Joe, recostando-se na
cadeira e cruzando os braços.
Ele semicerrou os olhos, a expressão ameaçadora.
Demi reconheceu aquela tensão em seu corpo musculoso. Que bom que
Delilah Black não estava ali confessando pessoalmente. Muito bom.
Porque, se Demi não a partisse em duas, Joe o teria feito.
– Pensei que ela quisesse se aposentar – disse
Harry. A expressão dele estava aturdida, a mesma que muitos homens
exibiam quando estavam tentando compreender suas esposas. Demi
certamente a vira no rosto do pai. – Ela parecia feliz me ajudando
na administração da boate.
– Há quanto tempo ela parou de dançar? –
perguntou Demi, sentindo enorme pena pelo sujeito. Ela sentia que
Harry necessitava se recompor para contar a pior parte.
– Há alguns anos, quando ela chegou à casa dos
40 anos. Logo depois de nos casarmos. – Abrindo a gaveta da
escrivaninha, Harry pegou uma garrafinha prateada e um copo de dose.
Serviu-se de uma bebida, erguendo uma sobrancelha em direção a Joe
e Demi para saber se eles também queriam.
Nenhum dos dois o acompanhou. Demi já estava se
sentindo enjoada com aquela história que Harry estava lhes contado.
Joe… bem, provavelmente já estava em ponto de fervura sentado na poltrona ao lado dela. Jogar álcool em
uma brasa poderia fazê-la explodir.
– E ela pensou que, se conseguisse se livrar de
sua atração principal, você de repente a colocaria de volta no
palco? Isso não faz sentido – disse Joe, o desgosto pingando das
palavras dele.
– Não faz sentido para você. Nem para mim –
falou Harry, com um suspiro. – Mas para ela faz. – Ficando
ligeiramente corado, ele acrescentou: – Eu, bem… acho que posso
ter influenciado um pouco nisso, no entanto. Creio que falo muito de
você, Rosa… Demi – esclareceu ele, chamando-a pelo nome
verdadeiro pela primeira vez desde que a havia contratado. – E acho
que Dee ficou com um pouco de ciúme, pensando que meu interesse ia
além do profissional. – Quase enrubescendo até a careca agora,
ele acrescentou rapidamente: – De jeito nenhum que isso era
verdade. Tenho orgulho de você como se fosse minha filha… mas Dee
não entendeu isso.
O sujeito nunca nem mesmo olhara para ela de um
jeito diferente. Demi não duvidava de que ele estivesse sendo
sincero.
– Ela foi responsável pelas rosas?
Harry assentiu, dando um grande gole em sua
bebida.
– Ela colocou algum tipo de inseticida nela. E,
antes que você pergunte, sim, ela danificou a cadeira também. Eu a
fiz confessar os dois atos, assim como a adulteração dos chocolates
com xarope de ipeca.
Desta vez, foi Demi quem xingou a mulher baixinho.
Ela simplesmente não conseguiu evitar.
Mais uma vez, Harry não fez qualquer esforço
para defender a esposa.
– Por que ela abriu o jogo? – perguntou Demi.
– Eu suspeitei assim que vi a caixa de
chocolates. Dee ama aquele tipo. E ela chegou em casa com o tal
xarope há alguns dias, dizendo que queria deixá-lo à mão caso
algum dos sobrinhos se intoxicasse com algum produto de limpeza ou
algo assim.
Joe se remexeu um pouco, os braços ainda
cruzados, o corpo ainda rígido. – Então você a confrontou?
Harry assentiu.
– E ela confessou. Quando viu o quanto Leah
ficou mal, sentiu-se péssima.
– Pergunto-me se ela teria se sentido assim se
fosse Demi deitada no chão – rebateu Joe.
Ele soou muito protetor, o que fez Demi se sentir
querida e acolhida por dentro, embora ela tivesse dito a si mesma que
era estúpido sentir aquilo.
– Sei lá – admitiu Harry. – Talvez não.
Uau, era bom ser apreciada por alguém.
Joe finalmente se aprumou e se inclinou em direção
à mesa. Fixando um olhar firme sobre Harry, ele questionou:
– Você chamou a polícia?
O homem balançou a cabeça lentamente. Mas, antes
que Joe pudesse confrontá-lo, ele acrescentou:
– Procurei Leah primeiro e contei tudo. Ela e
Jackie resolveram prestar queixa e telefonaram para a polícia
pessoalmente.
Joe relaxou. Um pouco.
– Compreendo o motivo de isso precisar
acontecer. – Lágrimas rolavam dos olhos acinzentados de Harry,
escorrendo um pouco pelas bochechas redondas. – Mas eu não podia
entregar minha esposa.
Demi colocou a mão sobre a perna de Joe, sentindo
que ele estava prestes a fazer mais um comentário sobre Delilah. Ela
apertou a coxa dele, advertindo-o para não fazê-lo. Harry já
estava sofrendo o suficiente. Ele não precisava ouvir que era um
tolo por amar alguém tão detestável.
– Eu compreendo – murmurou ela.
– Espero que entenda. E espero que compreenda
que vou acompanhá-la nessa empreitada. Ela estará enfrentando
acusações de agressão.
– No mínimo – murmurou Joe.
– Eu sei que isso pode fazer com que você
queria ir embora, Ro… Demi. Mas eu gostaria que você ficasse. –
O homem sorriu ligeiramente. – Você é parte da família.
Hum. Se Delilah dava veneno aos membros da
família, Demi detestaria ver o que ela fazia aos inimigos.
– Eu sei disso também – falou Demi, tirando a
mão da coxa cálida de Joe lentamente, já sentindo falta do
contato. Já sentindo falta dele. – Você a ama. É isso que as
pessoas que se amam fazem… Elas se apoiam, mesmo quando tomam
decisões ruins ou tolas aos olhos de terceiros. – Ouvindo um
tremor na própria voz quando o assunto lhe atingiu em cheio, Demi
ofereceu um sorriso tiritante.
E ela nem mesmo olhou para Joe.
– Obrigada por me contar, Harry. Vou me arrumar
para minha próxima apresentação. – Sem dar mais nenhuma palavra
para nenhum dos dois, Demi saiu e voltou ao trabalho. E Joe não se
aproximou dela pelo restante da noite.
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Oii, eu estou na faculdade, mas antes de sair deixei esse capitulo programado para postar... eu espero que pelo menos alguém tenha lido o ultimo que eu postei né?? hahaha
Beijoos e não se esqueçam de comentar... irei programar outro para ser postado ás 22:30, tbm espero que até lá alguém tenha comentado esse hahaha e quando eu voltar da faculdade eu posto mais um da mini-fic e se vocês quiserem quando terminar essa mini-fic eu posto sinopses de outras fics para que vocês escolham :)
oops. sem querer eu tinha postado o capitulo 30 antes desse hahahaha já consertei e ele vai ser postado ás 22:30 :)
Beijoos <3
Oii, eu estou na faculdade, mas antes de sair deixei esse capitulo programado para postar... eu espero que pelo menos alguém tenha lido o ultimo que eu postei né?? hahaha
Beijoos e não se esqueçam de comentar... irei programar outro para ser postado ás 22:30, tbm espero que até lá alguém tenha comentado esse hahaha e quando eu voltar da faculdade eu posto mais um da mini-fic e se vocês quiserem quando terminar essa mini-fic eu posto sinopses de outras fics para que vocês escolham :)
oops. sem querer eu tinha postado o capitulo 30 antes desse hahahaha já consertei e ele vai ser postado ás 22:30 :)
Beijoos <3
vish...mulher invejosa....
ResponderExcluirtensoooo...mais perfeito
ansiosa aquiii
posta looogo
beijos
muito invejosa essa velha hahahaha
Excluirfico feliz em saber que vc gostou desse capitulo!!
Beijoos <3
Ahhh primeira a comentar
ResponderExcluirQue revelaçoes
Coitado do Harry :(
Perfeito!
Posta logo!!!
Beijos com glitter
By -Milena :)
vc foi quase a primeira, mas sem problemas, eu não ligo para isso, o importante é que vc gostou do capitulo :D
Excluirtadinho do Harry, se casou com uma psicopata :/
Beijoos Milena <3
Aaaaah, ta perfeito! Posta logo, e sim, quando terminar essa, posta a sinopse das outras, por favor! Você é divaaaaaa <3
ResponderExcluirlogo depois que eu postar o epilogo, eu irei postar a sinopse das outras para vocês escolherem :) beijoos minha linda <3
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