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QUANDO JOE percebeu que havia buracos nos bombons,
ficou vermelho. Mas o rubor nada tinha a ver com o reflexo do recheio de cereja dos
doces, e sim com a raiva que sentia.
Ele precisava saber mais, especialmente depois do
que Jackie lhe dissera sobre algumas flores que Demi havia repassado
a Leah no fim de semana anterior. Mas ele não queria fazer aquilo
ali.
– A polícia está a caminho – murmurou ele
para Harry. Então, sem dizer nada, agarrou o cotovelo de Demi e a
tirou do camarim, seguindo diretamente para o camarim particular
dela.
Ela saiu tropeçando e ele percebeu que talvez a
estivesse apertando demais. Mas não podia soltar; não conseguia
relaxar o aperto. Ele não iria permitir que ela se afastasse mais do
que 15 centímetros dele… ou que qualquer um se aproximasse a menos
de 15 centímetros dela.
– Joe, acalme-se – murmurou ela.
– Estou calmo. – Mortalmente calmo.
– Não, não está. Você está explodindo –
disse ela, assim que adentraram o camarim.
Joe fechou e trancou a porta. A última vez que
havia trancado a porta daquele cômodo havia sido o início de uma
das experiências sexuais mais fantásticas que ele já
experimentara. Realmente gostaria de estar trancando a porta pelo
mesmo motivo agora.
Mas não estava. Estava trancando a porta para
manter Demi, a mulher que ele agora sabia que amava, a salvo de
alguém que havia tentado feri-la pelos menos duas vezes até então.
Talvez até mesmo mais.
Olhando para baixo, ele viu a cadeira nova diante
da bancada de Demi e ficou nervoso outra vez. Ele se inclinou e a
golpeou com a palma da mão, fazendo-a colidir contra a parede. Ela
não desabou.
Mas também não abrandou a suspeita dele a
respeito da cadeira anterior.
– Por que você fez isso? – perguntou ela, a
voz calma e equilibrada.
Que bom que um deles estava calmo.
– Só estou me certificando de que nosso amigo
não sabotou outra cadeira.
Os belos lábios de Demi se abriram formando um
“O” perfeito como se a compreensão a tivesse atingido. Aquilo,
mais do que qualquer coisa, parecia finalmente dar sentido à
situação. Ela agarrou a beirada da mesa e cedeu de encontro a ela.
– Alguém está realmente tentando me ferir?
Ele se aproximou e passou os braços em torno dos
ombros dela, puxando-a para si. – Acho que sim, querida.
– Por quê?
– Não faço ideia. Por que assediadores fazem
as bobagens que fazem?
Jogando a cabeça para trás para olhar para ele,
ela murmurou:
– Assediador? Por que alguém iria querer se
aproximar de mim apenas para fazer algo estúpido como me deixar
doente?
Ele tinha algumas respostas. Havia muitos homens
lá fora que gostavam de bancar os heróis. Talvez alguém estivesse
armando para Demi passar mal ou cair apenas para se aproximar dela
como aquele que viera em seu socorro. Quem poderia saber como algumas
mentes sombrias e deturpadas funcionavam?
– Talvez alguém tivesse esperanças de que você
desmaiasse no palco, para que ele pudesse dizer ser médico e vir em
seu socorro.
Ela bufou impacientemente.
– Isso é tolice.
– Mas não é impossível – insistiu ele. –
Aquelas flores que chegaram na semana passada… Jackie disse que
eram para você, mas você as deu para Leah?
Semicerrando os olhos, ela assentiu.
– Você acha que elas têm algo a ver com isso?
Aquilo parecia incrivelmente óbvio para Joe.
– Você ganha alguns presentes anônimos e a
pessoa que termina com eles fica doente.
Ela descobriu rapidamente onde ele queria chegar.
– Harry disse que Leah estava doente no domingo
passado…
– E Jackie também. Elas dividem um camarim e
ambas cheiraram e tocaram as flores quando as colocaram em um vaso.
Demi balançou a cabeça, obviamente sem querer
acreditar naquilo. Ele não a culpava. Não podia ser fácil para ela
pensar que alguém estava mirando nela.
Porque pensar naquilo o estava matando totalmente.
– E você acha que havia algo nas rosas…
– Poderia ter sido inseticida, veneno para
baratas, qualquer coisa. As duas ficaram tontas e enjoadas, e foram
para casa com dores de cabeça terríveis.
Joe não sabia muita coisa sobre exposição a
pesticidas domésticos comuns, mas com certeza conhecia a utilização
de armas químicas no meio militar. Havia sido treinado para lidar
com todos os tipos de ataques químicos e imaginava que os sintomas
mais básicos seriam semelhantes.
Demi finalmente deixou os braços dele, o rosto
adorável tenso e cansado. Ela abriu a boca e balançou a cabeça,
parecendo quase… magoada… por alguém estar atrás dela.
Mas a mágoa não durou muito. Assim que ela olhou
para a cadeira substituta, franziu ainda mais a testa e estreitou os
olhos. Joe notou o cerrar do maxilar dela e soube que ela estava
ficando brava.
– Que desgraçado covarde! – Ela bateu a mão
espalmada contra o tampo da bancada, murmurando mais alguns palavrões. – Você vai
descobrir quem fez isso, Joe.
Ele gostou do retorno daquela ferocidade. Demi não
deixaria nada abatê-la por muito tempo… era uma das coisas que ele
amava nela. E ele planejava lhe dizer isso assim que eles chegassem a
toda aquela coisa do “eu amo você” e “eu também”, o que
aconteceria em breve, se tudo acontecesse do jeito que ele desejava.
Muito em breve.
– Pretendo descobrir. Vamos começar
questionando todo mundo para ver se alguém percebeu a presença de
seu admirador secreto por aqui.
Embora não tivesse dito a ela, Joe também
pretendia observar a equipe cautelosamente quando conversasse com
todos. Não era impossível que alguém que trabalhava ali na Leather
and Lace estivesse por trás dos ataques. Um atendente de bar
obcecado, uma dançarina ciumenta que almejava o posto de estrela de
Demi. Talvez até mesmo um segurança desejando se tornar herói.
Diabos, talvez até mesmo Harry querendo incitar uma reportagem para
trazer publicidade à boate. Ele conseguia até enxergar a manchete:
“Dançarina misteriosa mais quente de Chicago é perseguida por
atacante desconhecido”.
Era possível. Qualquer coisa era possível.
– Vou ficar de olho na multidão esta noite e
ver se alguém age de forma suspeita, ou se reconheço alguns dos
sujeitos que costumam vir em todas as noites que estou trabalhando. –
Olhando para o relógio de pulso, ela acrescentou: – Preciso me
apressar.
Aquele comentário afastou tudo o mais da mente
dele. Joe balançou a cabeça veementemente.
– Você não vai subir no palco esta noite.
Ela ergueu a máscara, virando-se para o espelho.
– É claro que vou.
Joe encarou o olhar dela no reflexo.
– O diabo que vai.
– O diabo é o que você vai encontrar aqui se
me obrigar a fazer desse jeito – rebateu ela. – Porque se você
disser isso outra vez vamos ter uma briga daquelas.
Joe não conseguia acreditar. Ela havia acabado de
descobrir que alguém provavelmente tentara envenená-la e, ainda
assim, queria dançar.
– Demi, você não pode estar falando sério.
– Ah, pode apostar que estou. Já estamos com
uma garota a menos por causa de Leah e eu deixei Harry em apuros no
último fim de semana. – Com os olhos brilhando, ela acrescentou: –
Além disso, ninguém vai me obrigar a descer do palco.
A expressão dela traiu sua determinação pura
tanto quanto suas palavras. E ele teve de se perguntar se havia duplo
sentido ali.
Porque, apesar de tudo que havia acontecido no
início daquela noite, ele não tinha se esquecido do que eles
estavam falando antes de Leah passar mal. Ela basicamente perguntara
a ele se ele iria assisti-la dançar, e ele se esquivara da resposta.
Joe não deixara de notar o brilho nos olhos dela ou a decepção que
lhe fazia contorcer a boca. Mas ele não tinha sido capaz de tranquilizá-la porque até mesmo ele não
sabia como iria reagir quando o momento chegasse.
– É perigoso demais.
– Há quatro seguranças robustos e enormes lá
em cima para assegurar que nada aconteça – insistiu ela.
Perfurando-o com o olhar, ela acrescentou: – Além disso, você vai
estar lá para me proteger. Ou não vai? Talvez haja algo mais
importante para resolver na hora.
Joe agora tinha certeza de que ela estava se
referindo à conversa que haviam tido mais cedo. E talvez ela tivesse
o direito de fazê-lo.
Mas demorar um pouco para desejar ver a mulher que
ele amava ficar nua diante de um monte de outros caras não tinha
absolutamente nada a ver com a preocupação dele com ela agora.
– Não é isso.
– Ah, sim, é. – Demi deu a volta no biombo.
Considerando que não oferecia qualquer privacidade por causa do
espelho, aquela atitude era uma declaração.
Uma declaração franca… de que as barreiras
estavam subindo entre eles.
– E, honestamente, estou cansada de perguntar a
respeito. Você pode assistir ou não, mas a Rosa Escarlate vai
dançar esta noite.
Ela arrancou o roupão então, vendo-o observá-la,
e jogou o sutiã e a calcinha no chão.
– Droga – murmurou ele, como sempre incapaz de
tirar os olhos vorazes dela. Ela era tão incrivelmente linda. A
mulher fazia o coração de Joe parar toda vez que ele olhava para
ela.
Demi continuou a ignorá-lo, pegando a calcinha
fio-dental e a vestindo. Então cobriu os mamilos franzidos e
sombreados com aquelas duas pétalas cor-de-rosa ridículas.
– Não faça isso – pediu ele com a voz
apertada, rouca. – Não até sabermos que você está em segurança.
– Quando ela saiu de trás do bimbo e ergueu o queixo em desafio,
ele acrescentou: – Você não precisa ir lá.
– É meu trabalho.
– É algo que você faz por meio período por
diversão e para esfregar na cara da sua família e do mundo que você
não é mais a doce e pequena Demetria Lovato – disse ele,
frustrado além da razão pela recusa estoica dela em ouvir os
motivos dele.
Ela pareceu chocada com a acusação dele.
– Como você pode dizer isso? Minha família nem
mesmo sabe que estou aqui.
– Eu sei, e isso prova meu argumento. Você
mantém sua diversão secreta fora dela sem nem mesmo ter de encarar
as consequências. Você não está sendo honesta com ninguém, nem
mesmo com você mesma, sobre o motivo de estar fazendo isso e sobre o
que você realmente deseja.
Ela deu um solavanco, como se ele a tivesse
estapeado. Fechando os olhos e balançando a cabeça, Joe se
perguntou como havia deixado aquela conversa rumar para fora de
controle tão rapidamente.
– Você certamente pode falar com muita
propriedade – disse ela finalmente, seu tom gélido.
– O quê?
– Você me acusa disso, mas está fazendo
exatamente a mesma coisa, Joe Jonas. Enganando sua família com essa
ideia de que você vai ficar cantando “O sole mio” e ficar
jogando pizzas para cima com Kevin e seu pai. Enquanto isso, você
esconde suas funções noturnas fazendo algo empolgante e perigoso em
um lugar que eles nunca aprovariam. Eu chamo isso de hipocrisia.
Ele não conseguia acreditar que ela havia virado
as acusações para ele assim.
– Isso é ridículo.
– Então por que você não disse ao Kevin que
não vai ficar com eles? Por que não contou ao seu pai sobre essa
“empresa de segurança” que está pensando em abrir com seus
colegas fuzileiros?
Deixe a cargo de uma mulher utilizar como recurso
algo que você contou a ela há menos de um dia durante uma briga.
– Isso não tem nada a ver com o fato de você
ir para o palco e se exibir diante de alguém que quer ferir você. –
Mas, mesmo quando Joe disse aquilo, uma vozinha na cabeça dele
sussurrou que ela poderia estar certa. Pelo menos um pouco.
Não que ele fosse admiti-lo agora… não quando
ainda precisava resolver a questão da segurança física de Demi.
Então ele pressionou:
– Eu não estou no palco tirando as roupas
intencionalmente para tentar excitar uma centena de estranhos… um
dos quais pode estar tentando me envenenar.
Ela enrijeceu perante o alarde. Assim que ele
terminou de falar, o rosto de Demi estava vermelho feito a máscara
dela.
– Bem, é isso, não é? Finalmente chegamos ao
ponto.
– Demi…
Ela ergueu uma das mãos para interrompê-lo.
– Eu sabia que teria origem nisso, e agora
aconteceu. Você precisa sair. Eu vou subir no palco esta noite.
Quando voltar, espero que haja uma tranca nova na minha porta, para
minha proteção. – O queixo e os lábios fartos dela estremeceram.
Mas havia uma última coisa a dizer: – E você definitivamente não
vai ter a chave dela.
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Esse é o ultimo da maratona mas ainda falta 4 capítulos para a mini-fic acabar :)
peço mais uma vez que tenha paciência comigo, eu não sei se eu vou ter tempo para escrever "A Sexóloga" essa semana, eu tenho que estudar para a as minhas provas e tenho que me preparar para seminários também... quando eu poder eu posto, ok?? Beijoos <3
Esse é o ultimo da maratona mas ainda falta 4 capítulos para a mini-fic acabar :)
peço mais uma vez que tenha paciência comigo, eu não sei se eu vou ter tempo para escrever "A Sexóloga" essa semana, eu tenho que estudar para a as minhas provas e tenho que me preparar para seminários também... quando eu poder eu posto, ok?? Beijoos <3
Ei Mari! Esta perfeito. Espero que não aconteça nada de mal a Demi, mas acho que... Enfim, eles não poderiam ter discutido agora, sinto que a coisa vai ficar beeeem feia. Beijos e por mais que eu esteja muuuuito curiosa para ler A Sexóloga, estude menina! Beijos e posta tudo hsuadhuasda
ResponderExcluirAwn obrigada!! eles discutiram pq a Rosa/Demi é teimosa demais :/
ExcluirObrigada por entender Amanda, eu tbm estou muito ansiosa pra poder escrever "A Sexóloga" mas infelizmente eu não estou tendo tempo :/
Beijooos <3
termina a mini hoje, please!!!!!
ResponderExcluirnão deu para terminar a fic ontem, mas termino ainda hoje, posto o epilogo daqui a pouco :)
ExcluirVish ,quem será q quer fazer mal a dems?
ResponderExcluirPosta logo pls
Concordo com o anonimo em cima,termia a fic hj.
Bjs
By: pamela
agora vcs já descobriram a BITCH que queria fazer mal a Demi :/
Excluirnão deu para terminar a fic ontem, mas posto o epilogo ainda hoje :)
Beijoos Pamela <3
Gente esse capítulo me matou cara! Adoro uma discussão!!!! Amo amo amo demais essa fic. Quanto a sexóloga nos podemos esperar!!
ResponderExcluirPosta mais
Fabíola Barboza
adora uma treta né?? jhafjsdhgsajd
Excluirmuito obrigada por me entender, eu postarei "A Sexóloga" quando eu poder ;)