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FOI NECESSÁRIO cada grama de força de vontade
que Joe possuía para evitar ir à confeitaria dos Lovato naquela
semana. Algo dentro dele insistia para ir até lá e confrontar Demi
agora que ele se sentia pelo menos moderadamente calmo.
Diferentemente do jeito como se sentira na boate na noite de sábado.
Algo mais exigia que ele mantivesse distância,
que a deixasse descobrir o que diabos ela queria dele e lhe desse a
pista quando estivesse pronta. Talvez ele a acolhesse. Talvez não.
Aquilo dependia totalmente do que ela queria: ele na vida dela, ele
fora da vida dela? Um caso secreto, ou público? Um amante… um
amigo?
Havia muitas possibilidades diferentes. Ele,
honestamente, não tinha certeza por qual estava esperando mais. A
única coisa que sabia querer era que Demi abrisse o jogo a respeito
de tudo. Aí eles poderiam pensar no restante.
Ele presumia que isso fosse levar algum tempo.
Considerando que ela havia faltado ao trabalho alegando estar doente
no domingo à noite, ele tinha a sensação de que ela iria evitar o
confronto pelo máximo de tempo possível. Mas, a menos que ela
desistisse de trabalhar na boate, não iria ser capaz de evitá-lo
para sempre.
Desistir de trabalhar na boate. Ele não podia
negar que sua primeira reação tinha sido querer que ela desistisse.
Ele não queria outros homens olhando para Demi.
Não queria outros homens fantasiando com ela. E, principalmente, não
queria ninguém ficando obcecado por ela… obcecado o suficiente
para persegui-la, ameaçá-la ou machucá-la.
Uma vez que havia se acalmado, Joe percebeu que
compreendia perfeitamente por que ela havia ido trabalhar na Leather
and Lace. Provavelmente pelos mesmos motivos que ele havia ido
trabalhar lá.
Cada pedacinho dela estava deslocado naquele
velho-novo-ambiente, assim como ele. Encaixando-se tanto quanto ele.
Encaixando-se… Diabos, a atividade que ele
estava exercendo agora era uma prova de que ele não se encaixava.
Era quinta-feira à noite e ele estava segurando uma sacola de papel.
Caminhando para seu prédio, os olhos examinando todos os lados na
esperança de não trombar com seus pais ou com outro parente mais
velho que iria delatá-lo.
Comida chinesa para viagem provavelmente era
motivo para a mãe dele chamar um exorcista. Principalmente depois
que ele recusara mais uma quentinha cheia de calzones e lasanha do
Papà naquela noite. Se ele comesse mais um pedacinho de massa, iria
explodir como o marshmallow gigante no filme Caça-Fantasmas.
– Complicado – murmurou ele, a boca se
enchendo d’água por causa do cheiro do frango Kung Pao no pacote.
Isso sem mencionar os rolinhos primavera, o arroz frito… Ele havia
comprado o suficiente para alimentar um exército.
Joe conhecia um pouco sobre missões clandestinas.
O suficiente para saber que, quando você estava em uma, devia
realizar o máximo possível logo de cara, na esperança de retardar
um possível retorno. E uma sacola enorme de comida significava mais
sobras. O suficiente para durar uma semana ou mais, o que significava
não precisar mais fazer excursões secretas perigosas ao restaurante
do senhor Wu durante algum tempo.
A menos, é claro, que ele tivesse alguma
companhia inesperada para o jantar. Companhia feminina. Como a mulher
que estava bem na porta do apartamento dele, a mão posicionada para
bater à porta.
– Demi? – murmurou ele assim que saiu do
elevador, perguntando-se não apenas como ela havia entrado no
prédio, mas também como ela havia descoberto onde ele morava.
Ela girou, os olhos arregalados e brilhantes. Não
havia batido ainda, o que significava que ela não havia exatamente
se preparado para dar de cara com ele. Ele a havia pegado de guarda
baixa.
Joe tentou não se perguntar o que aquilo
significava, tentou permanecer casual. Tentou não notar o quão
curvilíneo e convidativo o corpo dela ficava naquela camiseta e
minissaia sensual.
Seria como não notar um terremoto sacudindo sua
casa. Ela simplesmente era linda demais para ser ignorada.
Como eles continuaram a se encarar, ele finalmente
murmurou:
– Oi.
– Oi.
– Oi.
– Oi.
Ficaram calados por um momento. Longo o suficiente
para ele notar os borrões sombreados sob os lindos olhos castanhos e
a palidez nas bochechas dela. Ela estava praticamente criando um
buraco no lábio inferior enquanto tentava pensar no que dizer.
Ele não conseguiu evitar sentir pena dela… Pelo
menos sentir pena daquele lábio lindo antes de ela fazer um buraco
de tanto mordê-lo. Trocando o pacote de lado, ele foi até a porta e
levou as chaves à fechadura.
– Está com fome?
Ela olhou para o pacote.
– Não é pizza?
– Não. Comprei ovos foo young, lo mein e alguns
pratos diferentes de frango. Você escolhe.
– Ai, Deus, dê-me comida – exclamou ela,
seguindo-o apartamento adentro com um sorriso no rosto.
Uma vez lá dentro, ela jogou a bolsa sobre o
sofá, um móvel grande que dominava a pequena sala de estar do
apartamento minúsculo. Ele não se importava… Comparado a dividir
uma tenda com mais 20 caras, aquilo era puro luxo. Escolhera o lugar
porque era limpo e em andar alto, com uma bela vista da universidade
a algumas quadras dali. E ele mal tinha começado a mobiliar o local,
imaginando que iria adquirir as coisas mais importantes primeiro.
Um sofá de couro grande, confortável e
reclinável. Uma televisão imensa para assistir ao futebol. Ele
podia viver só com aquilo por um tempo… Mais a cama enorme e
confortável que dominava o quarto.
Uma corrente de calor o atingiu ao pensar naquela
cama. Ele havia imaginado Demi ali tantas vezes. Havia sonhado em
tê-la ali tantas vezes.
Agora, ali estava ela. Tão perto que ele
conseguia sentir seu perfume e ouvir sua respiração. Como uma
fantasia transformada em realidade.
– Minimalista, hein? – perguntou ela, quando
olhou diretamente para o sofá e a TV de tela grande.
– Estou ajeitando.
Ele não conseguia acreditar no quanto soavam
casuais. Como dois velhos amigos se reunindo para jantar.
Considerando que nas duas últimas vezes que estiveram a sós eles
estavam ou brigando ou praticamente rasgando as roupas um do outro,
ele pensou que fosse uma pegadinha muito boa.
– Eu, bem, queria…
– Depois – murmurou ele, sem querer iniciar a
discussão deles. – Estou com fome. Vamos comer primeiro.
O alívio tomou o lindo rosto dela quando Demi o
seguiu até a cozinha. Quando colocou algo sobre o balcão, ele
percebeu que ela não havia vindo de mãos vazias.
– Oferta de paz. – Apontou para uma embalagem
com seis garrafas de cerveja.
– Estamos em guerra? – perguntou ele,
repetindo a pergunta que ela uma vez fizera a ele.
– Temos brigado bastante.
Sim, de fato. E ele, por exemplo, estava cansado
disso.
Pegando algumas tigelas, pratos e talheres, Joe
espalhou todas as caixas de comida sobre a pequena mesa da cozinha, e
ambos se serviram, misturando tudo.
– Onde vamos…
– Onde vamos…
– Se importa se for no chão? – perguntou ele.
Dando de ombros, ela o seguiu até a sala,
observando enquanto ele sentava diante do sofá, esticando as pernas,
com o prato no colo. Não era tarefa tão simples para ela, já que
estava de saia.
Joe se obrigou a se concentrar na comida, e não
nas pernas longas e sensuais tão perto dele das dele no chão.
Pegando o controle remoto da TV, ele apertou o botão de ligar, então
colocou em um canal que tocava música de relaxamento. Era um som
ambiente, preenchendo o silêncio que ficava cada vez mais denso
enquanto eles comiam… conforme eles se aproximavam mais da conversa
que ambos sabiam estar prestes a ter.
Quando terminaram, ele levou os pratos à cozinha.
Ela o seguiu, guardando o restante da comida. Alguns instantes
depois, não havia nada para se fazer: nada de jantar, nenhum prato
para lavar… nada senão encarar um ao outro.
– Não quero fazer isso – disse ele,
surpreendendo a ambos.
– Fazer o quê?
– Brigar com você. Discutir. Seja lá como você
queira chamar.
Ela balançou a cabeça.
– Também não quero. Mas preciso lhe contar…
preciso colocar isso para fora.
Cruzando os braços, ele se recostou no balcão da cozinha e esperou.
Cruzando os braços, ele se recostou no balcão da cozinha e esperou.
– Tudo bem.
Ela fechou os olhos, então falou de maneira
apressada:
– Desculpe por ter sido desonesta com você
sobre eu ser a Rosa Escarlate. No início eu não confiava em você…
eu não confiava em ninguém. Tenho certeza de que você sabe que
meus pais não ficariam felizes com o que estou fazendo, e não quero
fazer nada para piorar a saúde do meu pai.
– Eu compreendo isso. – Ele compreendia mesmo.
Fazia total sentido para ela seguir incógnita em seu emprego ousado.
– Mas, uma vez que você e eu…
– Eu sei. – Ela passou uma das mãos pelos
cabelos castanhos, que estavam soltos sobre os ombros esta noite, em
vez de presos no rabo de cavalo de sempre. – Eu deveria ter lhe
contado imediatamente. Em vez disso, eu entrei em pânico e afastei
você.
– Sim. Devo dizer que me senti muito humilhado
quando descobri. Eu devia ter reconhecido você.
– Eu sou uma artista. Eu sei interpretar outra
pessoa.
– Sobre isso… Quando você começou nessa
linha de trabalho?
– Tirar a roupa não é minha linha de trabalho.
Dançar é. Eu dançava com as Rockettes até um ano atrás.
– Você era uma daquelas garotas que ficam dando
chutes altos?
Ela olhou feio para ele.
– É mais difícil do que parece.
– Certo. É uma vida difícil dançar com
quebra-nozes gigantes e o Papai Noel. – Ele levantou as mãos
rapidamente. – Estou brincando. Você deve ter sido muito boa para
conseguir se juntar a elas.
– Eu era – disse ela, com total confiança. –
Mas fiquei entediada e fui para uma companhia de dança moderna em
Manhattan. Então veio a lesão. Então veio o derrame de papai.
Agora estou aqui.
O universo dela em uma casca de noz.
– E agora o quê? – indagou ele, sabendo que
aquela era a resposta que ele realmente desejava. Para onde ela iria
a partir dali? Em qual ponto ela o enxergava se encaixando naquilo
tudo?
– Não sei. Neste momento, estou ganhando tempo,
tentando descobrir o que quero. – Com o maxilar enrijecendo, ela
prosseguiu: – Mas não é a confeitaria, não é a vizinhança. Não
é a vida de Danielle… uma reprise da vida da minha mãe. E não é a
vida de minha irmã Mia como uma advogada durona com toneladas de
atividades e nenhuma felicidade.
– Eu compreendo – murmurou ele.
Fazendo um meneio positivo com a cabeça, ela
falou:
– Tenho certeza de que compreende. Se alguém
compreenderia, esta pessoa é você. – Com a tensão sumindo de
seus ombros, Demi cruzou a pequena cozinha, cobrindo a distância
entre ambos com alguns poucos passos. Colocando a mão no peito dele,
ela olhou para cima, os olhos reluzentes. – E é por isso que
preciso repetir isso: desculpe, Joe. Por favor, diga que vai me
perdoar.
Ele hesitou, então ofereceu um breve meneio de
cabeça. Parecendo aliviada, ela começou a afastar a mão, porém
ele a cobriu com a dele, não permitindo que ela se fosse.
– Para onde nós vamos a partir de agora?
Ela hesitou, então ele a pressionou:
– Não podemos ser apenas amigos.
– Não podemos ser um casal.
Os olhares se sustentaram, e ambos disseram as
mesmas quatro palavras ao mesmo tempo:
– Nós podemos ser amantes.
Joe gargalhou quando Demi sorriu. Agarrando a
camisa dele, ela passou os dedos até a base do pescoço dele.
– Para onde eu gostaria de ir agora é para seu
quarto para ver se está mobiliado melhor do que a sala.
Levando a mão dela à boca, ele lhe deu um beijo
cálido na palma.
– Ah, está, meu anjo. Pode apostar que está.
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Preparados para mais um HOT daqueles???? aguardem que esta chegando babes saghdjgsakdj
Obrigada pelos comentários, vcs são uns amores!!!
Beijoos <3
Preparados para mais um HOT daqueles???? aguardem que esta chegando babes saghdjgsakdj
Obrigada pelos comentários, vcs são uns amores!!!
Beijoos <3
aaaaaa perfeito
ResponderExcluirapaixonada aquii u.u
posta logooo
beijos
Awn fico muito feliz em saber que vc esta amando a mini-fic :)
ExcluirBeijoos <3
Jaishoshs ihuu HOOOT tuts tuts ~
ResponderExcluirTa parei genteee que bom que eles não brigaram c: e vc amire melhorou da cólica? Aaah e a imagem aue tem no começo do cap é o Joe mesmo que a Demi ta abraçando? De quando é a ft? (Alguma premiaça q eles se encontraram sla) jaosbiag enfim ta pfto posta ligo u.u bjoos
Mds desculpe pelos erros,estou pelo celular haishs
Excluirvc já gosta de um HOT hein Mand??? ahygdjashgdjasd
Excluireles são safadinhos e não brigam pq estão doidos para fazerem amor de novo kkkkkkk
Ah melhorei sim Mand, minha cólica é só no primeiro e ultimo dia daquela coisa insuportável que as mulheres não deveriam ter kkkkkk
Obrigada :)
é o Joe, eu acho que foi na época de lançamento de Camp Rock, não tenho certeza agora hahahaha
Beijoos <3
amantes eh um começo... mas logo quero eles como um casal :-P
ResponderExcluirpoosta logooo
eles vão virar um casal e vai ser da forma mais fofa *---* aguarde... :)
ExcluirHuuuummm . Safadinhos!!! Amei o capítulo cara! Choquei com eles sendo "amantes"!
ResponderExcluirQuero só ver o que vai dar essa historinha deleees!
Sinto o cheiro de romance! Capítulo perfeito como sempre :)
Posta mais ♥
bem safadinhos hahaha Demi principalmente, ela tem muito fogo jhadjahgdad
Excluiressa historia deles vai dar em... ops, não posso dizer agora, logo vc vai descobrir haahah
Beijoos Fabi <3
Aaaaah, ta perfeito, posta logo!
ResponderExcluirValeu Gi!! esta postado ;)
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