30.5.14

Capitulo 18 - Mini-Fic

 
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FOI NECESSÁRIO cada grama de força de vontade que Joe possuía para evitar ir à confeitaria dos Lovato naquela semana. Algo dentro dele insistia para ir até lá e confrontar Demi agora que ele se sentia pelo menos moderadamente calmo. Diferentemente do jeito como se sentira na boate na noite de sábado.

Algo mais exigia que ele mantivesse distância, que a deixasse descobrir o que diabos ela queria dele e lhe desse a pista quando estivesse pronta. Talvez ele a acolhesse. Talvez não. Aquilo dependia totalmente do que ela queria: ele na vida dela, ele fora da vida dela? Um caso secreto, ou público? Um amante… um amigo?

Havia muitas possibilidades diferentes. Ele, honestamente, não tinha certeza por qual estava esperando mais. A única coisa que sabia querer era que Demi abrisse o jogo a respeito de tudo. Aí eles poderiam pensar no restante.

Ele presumia que isso fosse levar algum tempo. Considerando que ela havia faltado ao trabalho alegando estar doente no domingo à noite, ele tinha a sensação de que ela iria evitar o confronto pelo máximo de tempo possível. Mas, a menos que ela desistisse de trabalhar na boate, não iria ser capaz de evitá-lo para sempre.

Desistir de trabalhar na boate. Ele não podia negar que sua primeira reação tinha sido querer que ela desistisse.

Ele não queria outros homens olhando para Demi. Não queria outros homens fantasiando com ela. E, principalmente, não queria ninguém ficando obcecado por ela… obcecado o suficiente para persegui-la, ameaçá-la ou machucá-la.

Uma vez que havia se acalmado, Joe percebeu que compreendia perfeitamente por que ela havia ido trabalhar na Leather and Lace. Provavelmente pelos mesmos motivos que ele havia ido trabalhar lá.

Cada pedacinho dela estava deslocado naquele velho-novo-ambiente, assim como ele. Encaixando-se tanto quanto ele.

Encaixando-se… Diabos, a atividade que ele estava exercendo agora era uma prova de que ele não se encaixava. Era quinta-feira à noite e ele estava segurando uma sacola de papel. Caminhando para seu prédio, os olhos examinando todos os lados na esperança de não trombar com seus pais ou com outro parente mais velho que iria delatá-lo.

Comida chinesa para viagem provavelmente era motivo para a mãe dele chamar um exorcista. Principalmente depois que ele recusara mais uma quentinha cheia de calzones e lasanha do Papà naquela noite. Se ele comesse mais um pedacinho de massa, iria explodir como o marshmallow gigante no filme Caça-Fantasmas.

– Complicado – murmurou ele, a boca se enchendo d’água por causa do cheiro do frango Kung Pao no pacote. Isso sem mencionar os rolinhos primavera, o arroz frito… Ele havia comprado o suficiente para alimentar um exército.

Joe conhecia um pouco sobre missões clandestinas. O suficiente para saber que, quando você estava em uma, devia realizar o máximo possível logo de cara, na esperança de retardar um possível retorno. E uma sacola enorme de comida significava mais sobras. O suficiente para durar uma semana ou mais, o que significava não precisar mais fazer excursões secretas perigosas ao restaurante do senhor Wu durante algum tempo.

A menos, é claro, que ele tivesse alguma companhia inesperada para o jantar. Companhia feminina. Como a mulher que estava bem na porta do apartamento dele, a mão posicionada para bater à porta.

– Demi? – murmurou ele assim que saiu do elevador, perguntando-se não apenas como ela havia entrado no prédio, mas também como ela havia descoberto onde ele morava.

Ela girou, os olhos arregalados e brilhantes. Não havia batido ainda, o que significava que ela não havia exatamente se preparado para dar de cara com ele. Ele a havia pegado de guarda baixa.

Joe tentou não se perguntar o que aquilo significava, tentou permanecer casual. Tentou não notar o quão curvilíneo e convidativo o corpo dela ficava naquela camiseta e minissaia sensual.

Seria como não notar um terremoto sacudindo sua casa. Ela simplesmente era linda demais para ser ignorada.

Como eles continuaram a se encarar, ele finalmente murmurou:

– Oi.

– Oi.

Ficaram calados por um momento. Longo o suficiente para ele notar os borrões sombreados sob os lindos olhos castanhos e a palidez nas bochechas dela. Ela estava praticamente criando um buraco no lábio inferior enquanto tentava pensar no que dizer.

Ele não conseguiu evitar sentir pena dela… Pelo menos sentir pena daquele lábio lindo antes de ela fazer um buraco de tanto mordê-lo. Trocando o pacote de lado, ele foi até a porta e levou as chaves à fechadura.

– Está com fome?

Ela olhou para o pacote.

– Não é pizza?

– Não. Comprei ovos foo young, lo mein e alguns pratos diferentes de frango. Você escolhe.

– Ai, Deus, dê-me comida – exclamou ela, seguindo-o apartamento adentro com um sorriso no rosto.

Uma vez lá dentro, ela jogou a bolsa sobre o sofá, um móvel grande que dominava a pequena sala de estar do apartamento minúsculo. Ele não se importava… Comparado a dividir uma tenda com mais 20 caras, aquilo era puro luxo. Escolhera o lugar porque era limpo e em andar alto, com uma bela vista da universidade a algumas quadras dali. E ele mal tinha começado a mobiliar o local, imaginando que iria adquirir as coisas mais importantes primeiro.

Um sofá de couro grande, confortável e reclinável. Uma televisão imensa para assistir ao futebol. Ele podia viver só com aquilo por um tempo… Mais a cama enorme e confortável que dominava o quarto.

Uma corrente de calor o atingiu ao pensar naquela cama. Ele havia imaginado Demi ali tantas vezes. Havia sonhado em tê-la ali tantas vezes.

Agora, ali estava ela. Tão perto que ele conseguia sentir seu perfume e ouvir sua respiração. Como uma fantasia transformada em realidade.

– Minimalista, hein? – perguntou ela, quando olhou diretamente para o sofá e a TV de tela grande.

– Estou ajeitando.

Ele não conseguia acreditar no quanto soavam casuais. Como dois velhos amigos se reunindo para jantar. Considerando que nas duas últimas vezes que estiveram a sós eles estavam ou brigando ou praticamente rasgando as roupas um do outro, ele pensou que fosse uma pegadinha muito boa.

– Eu, bem, queria…

– Depois – murmurou ele, sem querer iniciar a discussão deles. – Estou com fome. Vamos comer primeiro.

O alívio tomou o lindo rosto dela quando Demi o seguiu até a cozinha. Quando colocou algo sobre o balcão, ele percebeu que ela não havia vindo de mãos vazias.

– Oferta de paz. – Apontou para uma embalagem com seis garrafas de cerveja.

– Estamos em guerra? – perguntou ele, repetindo a pergunta que ela uma vez fizera a ele.

– Temos brigado bastante.

Sim, de fato. E ele, por exemplo, estava cansado disso.

Pegando algumas tigelas, pratos e talheres, Joe espalhou todas as caixas de comida sobre a pequena mesa da cozinha, e ambos se serviram, misturando tudo.

– Onde vamos…

– Se importa se for no chão? – perguntou ele.

Dando de ombros, ela o seguiu até a sala, observando enquanto ele sentava diante do sofá, esticando as pernas, com o prato no colo. Não era tarefa tão simples para ela, já que estava de saia.

Joe se obrigou a se concentrar na comida, e não nas pernas longas e sensuais tão perto dele das dele no chão. Pegando o controle remoto da TV, ele apertou o botão de ligar, então colocou em um canal que tocava música de relaxamento. Era um som ambiente, preenchendo o silêncio que ficava cada vez mais denso enquanto eles comiam… conforme eles se aproximavam mais da conversa que ambos sabiam estar prestes a ter.

Quando terminaram, ele levou os pratos à cozinha. Ela o seguiu, guardando o restante da comida. Alguns instantes depois, não havia nada para se fazer: nada de jantar, nenhum prato para lavar… nada senão encarar um ao outro.

– Não quero fazer isso – disse ele, surpreendendo a ambos.

– Fazer o quê?

– Brigar com você. Discutir. Seja lá como você queira chamar.

Ela balançou a cabeça.

– Também não quero. Mas preciso lhe contar… preciso colocar isso para fora.

Cruzando os braços, ele se recostou no balcão da cozinha e esperou.

– Tudo bem.

Ela fechou os olhos, então falou de maneira apressada:

– Desculpe por ter sido desonesta com você sobre eu ser a Rosa Escarlate. No início eu não confiava em você… eu não confiava em ninguém. Tenho certeza de que você sabe que meus pais não ficariam felizes com o que estou fazendo, e não quero fazer nada para piorar a saúde do meu pai.

– Eu compreendo isso. – Ele compreendia mesmo. Fazia total sentido para ela seguir incógnita em seu emprego ousado. – Mas, uma vez que você e eu…

– Eu sei. – Ela passou uma das mãos pelos cabelos castanhos, que estavam soltos sobre os ombros esta noite, em vez de presos no rabo de cavalo de sempre. – Eu deveria ter lhe contado imediatamente. Em vez disso, eu entrei em pânico e afastei você.

– Sim. Devo dizer que me senti muito humilhado quando descobri. Eu devia ter reconhecido você.

– Eu sou uma artista. Eu sei interpretar outra pessoa.

– Sobre isso… Quando você começou nessa linha de trabalho?

– Tirar a roupa não é minha linha de trabalho. Dançar é. Eu dançava com as Rockettes até um ano atrás.

– Você era uma daquelas garotas que ficam dando chutes altos?

Ela olhou feio para ele.

– É mais difícil do que parece.

– Certo. É uma vida difícil dançar com quebra-nozes gigantes e o Papai Noel. – Ele levantou as mãos rapidamente. – Estou brincando. Você deve ter sido muito boa para conseguir se juntar a elas.

– Eu era – disse ela, com total confiança. – Mas fiquei entediada e fui para uma companhia de dança moderna em Manhattan. Então veio a lesão. Então veio o derrame de papai. Agora estou aqui.

O universo dela em uma casca de noz.

– E agora o quê? – indagou ele, sabendo que aquela era a resposta que ele realmente desejava. Para onde ela iria a partir dali? Em qual ponto ela o enxergava se encaixando naquilo tudo?

– Não sei. Neste momento, estou ganhando tempo, tentando descobrir o que quero. – Com o maxilar enrijecendo, ela prosseguiu: – Mas não é a confeitaria, não é a vizinhança. Não é a vida de Danielle… uma reprise da vida da minha mãe. E não é a vida de minha irmã Mia como uma advogada durona com toneladas de atividades e nenhuma felicidade.

– Eu compreendo – murmurou ele.

Fazendo um meneio positivo com a cabeça, ela falou:

– Tenho certeza de que compreende. Se alguém compreenderia, esta pessoa é você. – Com a tensão sumindo de seus ombros, Demi cruzou a pequena cozinha, cobrindo a distância entre ambos com alguns poucos passos. Colocando a mão no peito dele, ela olhou para cima, os olhos reluzentes. – E é por isso que preciso repetir isso: desculpe, Joe. Por favor, diga que vai me perdoar.

Ele hesitou, então ofereceu um breve meneio de cabeça. Parecendo aliviada, ela começou a afastar a mão, porém ele a cobriu com a dele, não permitindo que ela se fosse.

– Para onde nós vamos a partir de agora?

Ela hesitou, então ele a pressionou:

– Não podemos ser apenas amigos.

– Não podemos ser um casal.

Os olhares se sustentaram, e ambos disseram as mesmas quatro palavras ao mesmo tempo:

– Nós podemos ser amantes.

Joe gargalhou quando Demi sorriu. Agarrando a camisa dele, ela passou os dedos até a base do pescoço dele.

– Para onde eu gostaria de ir agora é para seu quarto para ver se está mobiliado melhor do que a sala.

Levando a mão dela à boca, ele lhe deu um beijo cálido na palma.

– Ah, está, meu anjo. Pode apostar que está.
 
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Preparados para mais um HOT daqueles???? aguardem que esta chegando babes saghdjgsakdj
Obrigada pelos comentários, vcs são uns amores!!!

Beijoos <3


11 comentários:

  1. aaaaaa perfeito
    apaixonada aquii u.u
    posta logooo
    beijos

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    1. Awn fico muito feliz em saber que vc esta amando a mini-fic :)
      Beijoos <3

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  2. Jaishoshs ihuu HOOOT tuts tuts ~
    Ta parei genteee que bom que eles não brigaram c: e vc amire melhorou da cólica? Aaah e a imagem aue tem no começo do cap é o Joe mesmo que a Demi ta abraçando? De quando é a ft? (Alguma premiaça q eles se encontraram sla) jaosbiag enfim ta pfto posta ligo u.u bjoos

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    1. Mds desculpe pelos erros,estou pelo celular haishs

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    2. vc já gosta de um HOT hein Mand??? ahygdjashgdjasd
      eles são safadinhos e não brigam pq estão doidos para fazerem amor de novo kkkkkkk
      Ah melhorei sim Mand, minha cólica é só no primeiro e ultimo dia daquela coisa insuportável que as mulheres não deveriam ter kkkkkk
      Obrigada :)
      é o Joe, eu acho que foi na época de lançamento de Camp Rock, não tenho certeza agora hahahaha
      Beijoos <3

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  3. amantes eh um começo... mas logo quero eles como um casal :-P

    poosta logooo

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    1. eles vão virar um casal e vai ser da forma mais fofa *---* aguarde... :)

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  4. Huuuummm . Safadinhos!!! Amei o capítulo cara! Choquei com eles sendo "amantes"!
    Quero só ver o que vai dar essa historinha deleees!
    Sinto o cheiro de romance! Capítulo perfeito como sempre :)
    Posta mais ♥

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    1. bem safadinhos hahaha Demi principalmente, ela tem muito fogo jhadjahgdad
      essa historia deles vai dar em... ops, não posso dizer agora, logo vc vai descobrir haahah
      Beijoos Fabi <3

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  5. Aaaaah, ta perfeito, posta logo!

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