~
– JURO, MILEY, você
devia ter visto a expressão dele. Foi como se uma mulher tivesse
dado um fora nele pela primeira vez. – Demi nem mesmo olhava para a
prima enquanto falava. Ela estava ocupada demais socando uma imensa
bola de massa, imaginando o rosto de Joe Jonas enquanto o fazia.
Embora já tivessem
passado quase 24 horas desde que ela o encontrara, Demi não tinha
parado de pensar nele. Que desgraçado por invadir o cérebro dela
outra vez, quando ela se esforçara para esquecê-lo ao longo dos
últimos anos! Desde que fora embora de Chicago para seguir seus
sonhos de bailarina, ela ficara se convencendo de que a paixão por
ele tinha sido uma coisa boba, infantil.
Vê-lo outra vez a
fizera se lembrar da verdade: ela desejava Joe antes mesmo de
compreender o que era aquilo que ela queria. Agora que ela sabia o
que significava o formigar entre as pernas e a lassidão nos seios, o
desejo era quase doloroso.
– A vovó não dizia
sempre que o segredo da massa folheada era não sová-la demais? –
observou a prima, soando silenciosamente divertida.
Demi a fuzilou, sentada
do outro lado da cozinha da confeitaria, com um olhar.
– Você quer fazer
isto?
Miley, que tinha um
visual delicado e era bonita, colocou uma mecha de seus longos cabelos castanho-claros
atrás da orelha.
– Você é a
confeiteira. Eu sou a contabilista. – Ela deu um gole em sua enorme
caneca de café. – Então, por que você foi embora? Você o
desejava desde sempre.
– Talvez. Mas eu não
quero o sempre de um modo geral – lembrou à prima, enquanto
enfarinhava o balcão e começava a trabalhar a massa com um rolo. –
Você sabe que não quero isto por mais tempo além daquele que sou
obrigada. – Ela olhou ao redor da cozinha, onde estava trabalhando
sozinha para finalizar os pedidos de sobremesas para os restaurantes
clientes. Incluindo o dos Jonas.
Não que fosse ela a
pessoa a entregar os pedidos deles… de jeito nenhum. O sujeito das
entregas ficaria a cargo disso em breve.
– Eu sei. Você vai
embora outra vez assim que o tio Eddie estiver bem o suficiente para
voltar ao trabalho. – Miley não soou muito feliz a respeito, o que
Demi compreendia. A prima doce e bem-humorada era filha única e
praticamente fora adotada por Demi e as irmãs. Elas cresceram muito
próximas.
Demi sentia falta dela
também. Mas não o suficiente para permanecer ali. Assim que o pai
se recuperasse, e a mãe não precisasse mais ficar cuidando dele em
casa em período integral, Demi iria embora para sempre. Se ela iria
retornar a Nova York e tentar recuperar a carreira na dança, disso
não sabia ainda. Mas seu futuro não incluía um cargo de longo
prazo como a Garota da Farinha da Rua.
E também não incluía
se tornar a amante de qualquer sujeito que os pais dela enxergassem
como o motivo perfeito para Demi ficar por ali e gerar bebês. Até
mesmo um amante tentador como Joe.
– Então… como vai
a vida? – perguntou ela à prima, desejando mudar de assunto. –
Como está o trabalho?
Miley se inclinou para
frente, apoiando os cotovelos no balcão.
– Acho que não sou
muito boa. Meu chefe obviamente não confia em mim; há alguns
arquivos que ele não me deixa nem mesmo olhar.
– Você não foi
contratada para manter a contabilidade em dia?
Miley, que tinha ido
trabalhar há três meses em uma loja local de carros usados logo ali
na vizinhança, assentiu:
– Eles fazem uma
bagunça. Mas, toda vez que peço para ter acesso aos registros
antigos, ele praticamente dá tapinhas na minha cabeça e me manda
voltar para minha mesa como uma boa garotinha.
Demi presumia que a
prima estivesse dizendo que o chefe lhe dava tapinhas na cabeça
figurativamente. Porque, embora Miley não fosse esquentada como Demi
e as irmãs dela em nenhum aspecto, ela também não era fácil.
Podia levar um tempo para perder a paciência, mas Demi já havia
vistos lampejos de raiva em sua prima irlandesa-italiana doce como
açúcar. O chefe dela obviamente não tinha conhecido a verdadeira
Miley ainda. Porque ela era a pessoa mais silenciosamente obstinada
que Demi já conhecera… conforme qualquer pessoa que já tentara
vencê-la em uma partida de Banco Imobiliário já havia atestado.
– Por que você não
pede demissão?
A prima ergueu a
caneca, inclinando a cabeça de forma que suas longas franjas caíram
por sobre os lindos olhos cor de oceano. Parecia que ela estava
escondendo alguma coisa. E, se Demi não estava enganada, aquilo era
um rubor nascendo nas bochechas dela.
Um rubor. Caramba, Demi
nem mesmo sabia se ela se lembrava de como era corar. A última vez
em que as bochechas dela ficaram coradas por qualquer coisa além de
maquiagem fora quando ela se queimara depois de ficar muito tempo se
bronzeando no deck de um navio de um cruzeiro, há um ano.
Tentando esconder um
sorriso, ela murmurou:
– Quem é ele?
A prima quase deixou a
caneca cair.
– Hein?
– Ah, qual é, eu sei
que tem um cara nessa história.
– Hum… bem.
– Pelo amor de Deus,
você está olhando para uma mulher que costumava marcar dois
encontros por noite, então simplesmente conte.
Rindo, a prima contou.
– Há esse novo
vendedor.
– Um vendedor de
carros usados? – perguntou Demi ceticamente.
Franzindo a testa,
Miley questionou:
– Você quer ouvir ou
não?
Demi fez uma mímica de
“lábios selados” sobre a boca.
– O nome dele é Dean
– continuou Miley. – Dean Willis. E Marty o contatou há cerca de
um mês. Ele é tão fofo, tem cabelos louros desgrenhados e imensos
olhos azuis… bem, presumo que sejam grandes. Eles parecem maiores
por causa dos óculos grossos que ele usa.
Ela observava Demi,
como se esperando por um comentário. Demi de algum modo deu um jeito
de evitar fazer algum.
– Ele já vendeu mais
carros do que qualquer um porque ele é simplesmente tão… calado.
Fácil de conversar. Modesto. – Suspirando um pouco, Miley
acrescentou: – E tem o sorriso mais lindo do mundo!
Demi nunca tinha ouvido
a prima falar assim sobre um homem. Devia ser sério mesmo.
– Então… você
saiu com ele?
Miley balançou a
cabeça e suspirou novamente, só que muito mais alto.
– Ele nunca nem mesmo
notou que estou viva.
Bufando, Demi
respondeu:
– Eu duvido disso.
Você é adorável.
Miley exibiu o lábio
inferior em um beicinho.
– Ursinhos de pelúcia
fofinhos são adoráveis. Eu quero ser… outra coisa.
Sexy. Era obviamente o
que Miley tinha em mente. Demi espiou a prima, cogitando fazer uma
transformação nela. Miley tinha o básico, só precisava destacá-lo
um pouco. Mas Demi não achava que Miley precisava de muita coisa.
Ela era tão discretamente bela, tão delicada e feminina… e o
sujeito seria um idiota por querer mudá-la.
Então, mais uma vez,
ela havia conhecido uma tonelada de caras, e poucos deles eram
inteligentes de fato.
– Então o convide
para sair. Faça com que ele note você.
– Eu não
conseguiria.
– Só para tomar um
café.
A prima mordeu o lábio.
– O que foi?
– Bem, ele me
convidou para sair de fato uma vez, mas fiquei tão afobada e nervosa
que disse a ele que eu não bebia café.
Erguendo uma
sobrancelha e olhando diretamente para a caneca de tamanho industrial
diante do rosto da prima, Demi resmungou:
– Mas não era um
encontro – acrescentou Miley. – Pelo menos, eu acho que não. –
Soando frustrada, ela completou: – Talvez eu devesse fazer injeções
de colágeno. Eu soube que homens gostam de lábios fartos.
Ridículo. A beleza de
Miley era do tipo natural e não precisava de porcarias falsas como
aquelas que Demi vira outras dançarinas fazerem consigo mesmas. Mas,
antes que pudesse dizer isso, ou ameaçasse arremessar a mão lotada
de recheio de cheesecake de ricota em Miley caso ela fizesse algo tão
estúpido, ela ouviu a campainha da porta da frente tocar.
Olhando para o relógio,
Demi conteve um xingamento. Eram quase 17h, uma hora depois do
horário de fechamento. Ela deveria ter se esquecido de trancar a
porta depois que seus funcionários de meio período foram embora, e
algum cliente aparecera para fazer um lanchinho.
Ela duvidava que
houvesse muita coisa sobrando para servir. As manhãs eram o período
mais movimentado, com clientela e transeuntes entrando para comprar
doces e muffins. Durante o horário de almoço, quando a Lovato’s
servia sanduíches leves e saladas juntamente a sobremesas clássicas,
eles ficavam lotados também. Desde que Demi surgira com a ideia de
oferecer internet wi-fi gratuitamente para todos com laptops, alguns
clientes se sentavam a uma das mesinhas de café e permaneciam até a
hora de fechar. Eles bebiam muito café… e comiam muitos doces. Por
volta de 16h, normalmente o balcão do Lovato estava vazio, conforme
esse cliente tardio logo viria a descobrir.
– Olá? – chamou
uma voz.
Agarrando uma toalha,
Demi limpou as mãos e a jogou sobre o ombro.
– Já volto – disse
à prima, enquanto seguia pelo pequeno corredor até o café. –
Desculpe, estamos fechados para… – As palavras morreram nos
lábios de Demi quando ela viu quem estava do outro lado do
mostruário de vidro, tão lindo que ela quase cobriu os olhos para
se proteger de toda a
glória dele.
– Eu sei. – Ele deu
de ombros levemente. – Mas a porta estava destrancada, então
pensei que poderia aproveitar a oportunidade para vê-la caso você
estivesse aqui.
Joe estava parado
dentro do café sombrio, iluminado pelo sol de fim de tarde que
adentrava pela vitrine da frente. A luz refletia nos olhos escuros
dele, conferindo-lhes um brilho dourado que parecia irradiar calor.
Ela podia senti-lo dali.
– Você me encontrou
– murmurou ela.
– Você não precisou
exatamente deixar uma trilha de migalhas, doçura… este lugar está
aqui há séculos.
– Não me chame de
doçura – rebateu ela.
Ele estendeu as mãos,
as palmas expostas.
– Desculpe. Mandando
o próprio coração continuar a bater normalmente, Demi atirou a
toalha no balcão, então cruzou os braços para encará-lo.
– Você está
tentando me dizer que sabia que eu estaria aqui porque você sabia
quem eu era? Tente outra vez.
Joe pigarreou,
desviando o olhar. Encolhendo-se envergonhado de um jeito fofo, ele
disse:
– Não, eu não
reconheci você no início.
Então ele a
reconhecera depois que ela fora embora?
– Nick me disse quem
você era.
O babaca.
– Desculpe por não
ter reconhecido você. Faz muito tempo.
Não tempo suficiente
para que ele fosse apagado da mente dela, isso era certo. Ela
reconheceria Joe Jonas se trombasse nele vendada durante um apagão.
Porque o perfume dele estava gravado em seu cérebro. E o corpo dela
reagia de um jeito instintivo toda vez que ele estava por perto, de
um jeito que não reagia a mais ninguém, nem mesmo a homens de quem
ela fora íntima.
Ele a deixava trêmula,
desejosa, fraca e ávida, tudo ao mesmo tempo. Sempre deixara, por
algum motivo desconhecido.
– Sim. Faz muito
tempo – murmurou ela, passando para lavar as mãos na pequena pia
atrás do balcão.
Droga, ela odiava o
fato de ele deixá-la perturbada. Já havia conhecidos outros homens
bonitos. Havia ido para a cama com outros homens bonitos. Talvez
nenhum deles fosse tão forte e másculo, ou tão sensual. Mas ela
havia saído com atores e milionários lindos que desejavam mostrar
que saíram com uma dançarina profissional capaz de levar a perna
acima da cabeça. Nenhum deles a afetara do jeito como este, que ela
nunca nem mesmo beijara, a afetava.
– Preciso correr,
Demi – disse uma voz. – Não quero… atrapalhar.
Demi quase tinha se
esquecido de que Miley estava na cozinha. Ao ver o sorriso no rosto
da prima, ela suspirou de maneira frustrada e longamente. Pretendia
utilizar Miley como um pretexto ou, no mínimo, como um cinto de
castidade de 1,65 metro, para mantê-la longe de atitudes estúpidas,
como espalhar recheio de cheesecake sobre o corpo inteiro de Joe e
então lamber tudo lentamente.
Mas a prima a estava
socorrendo, antes de seguir em direção à saída.
– Bom ver você, Joe
– disse ela.
Os três caíram então
em uma conversa breve e casual, como a maioria das pessoas que havia
crescido na vizinhança normalmente fazia. Exceto que Demi ainda não
tinha redescoberto aquela camaradagem com todas as pessoas com quem
tinha crescido. Enquanto os dois conversavam, Demi tentava recuperar
a tranquilidade, obrigando-se a olhar para aquele sujeito do mesmo
jeito que olhava para todos os outros. Como nada especial.
Sem chance. Ela não
conseguia fazê-lo. Ele era especial.
Aquilo tinha que ser
porque ele havia sido o primeiro homem que ela desejara. E o fato de
nunca tê-lo fizera a intensidade da atração crescer. Sem um ápice,
sem a explosão quando finalmente o possuísse e então o tirasse da
cabeça, ela permaneceu em um processo lento de fervura do desejo por
Joe durante anos.
Então o possua e
tire-o da sua cabeça.
Ah, a ideia era
tentadora. Muito tentadora. Parte dela desejava desesperadamente
convida-lo para ir com ela ao hotel mais próximo e tomá-la até
ela não conseguir nem fechar as pernas mais. Se ela tivesse
garantias de que ele o faria, e que então se esqueceria do ocorrido,
sem nunca esperar um repeteco e que nunca, nunca, contaria uma
palavra a ninguém, ela cogitaria seriamente.
Mas não seria assim.
Nem em um milhão de anos. Ela sabia que ele nunca nem mesmo a
beijaria quando ela era menor de idade, nem mesmo se ela o
sequestrasse e o mantivesse preso. O que, para ser honesta, ela havia
feito… no casamento.
Ele era um Jonas. Com
toda a carga que o nome ostentava. A criação dele, a família e o
próprio código moral significavam que ele nunca teria um encontro
sexual descompromissado com a irmã caçula de sua cunhada. A filha
do amigo do pai dele. A garota que morava no fim do quarteirão. De
jeito nenhum.
Ele era o tipo de
sujeito que teria de estar namorando a mulher com quem dormia.
Namoro, no estilo da vizinhança, com mãozinhas dadas, partidas de
minigolfe, pizza no restaurante da família dele e doces no
restaurante da família dela. Pacote completo. Que piada! Não que
ele a tivesse convidado para sair de fato. E se convidasse? Bem…
aquilo poderia tê-la empolgado certa vez… anos atrás, quando ela
realmente achava que a confeitaria, a família e o bairro de Little
Italy eram todo o mundo do qual precisava. Agora, no entanto, aquilo
só a deixava triste porque, conforme ela já havia percebido,
namorar Joe era igual a se amarrar. E amarras poderiam muito bem
sufocá-la.
– Bem, vejo você amanhã – disse Miley, assim que saiu.
– Bem, vejo você amanhã – disse Miley, assim que saiu.
Demi nem mesmo notou
que Miley e Joe tinham acabado de conversar. Amaldiçoando a prima
para que continuasse a socorrê-la, Demi pigarreou, prestes a dizer a
ele que precisava voltar ao trabalho.
Ele falou primeiro:
– Então… você me
perdoa?
– Sim, claro, não
foi nada de mais – respondeu ela, dando de ombros de maneira
forçada.
Um sorriso ínfimo se
formou nos lábios maravilhosos dele e os olhos escuros brilharam.
– Nada de mais? Você
pareceu bem furiosa.
Droga. Ele percebera.
– Eu não estava
furiosa. Estava mais para… divertida.
– Claro. Foi por isso
que fiquei com um hematoma no peito bem onde você me empurrou.
O queixo dela caiu e
ela imediatamente começou a cuspir negações. Então viu o enorme
sorriso dele.
– Você é um idiota.
– E um babaca –
respondeu ele, o sorriso desaparecendo, embora a piscadela tenha
permanecido. – Eu realmente falo sério, Dem, desculpe por não ter
reconhecido você. – Dando a volta no balcão para vê-la melhor,
ele lançou um olhar vagaroso sobre ela. De baixo para cima. E então
para baixo outra vez. – Mas você precisa me dar um desconto. Está
bem diferente.
– Não sou mais
viciada em bolinhos – rebateu ela.
– Você não era
gorda.
– Eu era uma bolinha
de meias cor-de-rosa.
Ele balançou a cabeça.
– É que você estava
com rostinho de criança da última vez que a vi. Uma menina. Agora
você está… crescida.
– Absolutamente
certo.
Ele não disse nada por
um momento, ainda a observando enquanto se inclinava contra o balcão.
A posição fazia a camiseta cinza dele se grudar mais aos ombros e
peito, destacando o tamanho dele. Deus, ele era grande! Mas, ainda
assim, era estreito nas cinturas e esbelto nos quadris. Foram os
quadris que capturaram a atenção dela, o jeito como o jeans
desbotado e sem o cinto caía, o tecido macio abraçando os ângulos
e contornos do corpo dele.
Realmente não era
justo um homem ser tão perfeito.
– Então… sobre
nossa conversa na noite passada.
Quando olhava para ele,
dominada pelo calor dele, ela mal conseguia se lembrar do próprio
nome. Muito menos de qualquer conversa.
– Hein?
– O que você diz?
Vai me dar seu telefone?
Deus, o que ela não
teria dado para ouvir aquelas palavras dele há dez anos! Ou, diabos,
até mesmo dois meses atrás… se ela por acaso tivesse dado de cara
com ele na Times Square e ele tivesse proposto
um encontro sensual de uma noite só em nome dos velhos tempos.
Ninguém em Chicago jamais teria de saber o que houvera. Ela teria
pulado sobre a oferta como um apostador em cima de um bilhete de
loteria gratuito.
– Acho que não.
– Vamos lá, você
sabe que pode confiar em mim. Não sou um estranho perseguindo você.
Nós nos conhecemos desde que éramos crianças.
Diabos, ele a conhecia
desde que ela era criança. Desde a época em que o conhecera, Demi
só enxergara o homem sensual, quente e glorioso. Mesmo que ele não
tivesse mais do que 14 anos.
– Só uma noite, em
nome dos velhos tempos?
Ele era tão tentador. Porque os velhos tempos dos quais ela se recordava eram aqueles quentes das fantasias dela. E o incidente no casamento. Ele acabara entre as pernas dela em ambos os casos.
Ele era tão tentador. Porque os velhos tempos dos quais ela se recordava eram aqueles quentes das fantasias dela. E o incidente no casamento. Ele acabara entre as pernas dela em ambos os casos.
– Bem…
Ele se movimentou
novamente, aproximando-se mais, como se percebendo que ela estava
vacilante. Repousando a mão sobre o balcão, perto da dela, ele
murmurou:
– Sem pressão.
Podíamos simplesmente pegar uma pizza.
Ela se remexeu,
acabando com qualquer hesitação em potencial. A última coisa que
pensaria em fazer seria uma refeição em público com Joe Jonas no
restaurante da família dele. Não quando a irmã dela poderia ficar
sabendo e contaria aos pais deles, que começariam a criar esperanças
a respeito de Demi permanecer segura junto ao ninho, do mesmo jeito
que eles ansiavam desesperadamente quando ela tinha 18 anos.
Sair de casa depois de
concluir a escola havia sido uma luta. Ela era adulta, legalmente
livre, mas mesmo assim precisara praticamente fugir para correr atrás
de seu sonho de dançar profissionalmente. Especialmente porque era a
única das filhas dos Lovato que havia herdado o dom paterno na
cozinha.
Provavelmente porque
amava demais comida, conforme evidenciado por todas as fotos com cara
de porquinho tiradas no jardim de infância ao Ensino Médio.
O pai dela ficara
arrasado por ela não desejar trabalhar com ele. Mas ela sabia que
precisava fugir e aproveitar a oportunidade enquanto podia, ou
arriscar se arrepender pelo restante de sua vida.
Então Demi fora
embora. Pegara um trem, determinada a permanecer longe até alimentar
seu sonho de ser uma bailarina profissional com tudo que tinha a
oferecer.
Conseguir fazê-lo no
Radio City Music Hall não acalmara os temores dos pais por ela estar
“sozinha no mundo”. Na verdade, apenas os aumentara, uma vez que
perceberam que era improvável agora que ela fosse retornar um dia.
Se eles soubessem o
quanto a vida dela havia sido louca nos primeiros anos que passara
sozinha, todos os temores seriam justificados. Como qualquer garota
boazinha mantida sob rédeas curtas, ela sentira enorme prazer em
quebrar todas as regras, uma vez que estava livre e era capaz de tomar
decisões por conta própria. Especialmente quando tinha homens ao
redor e dinheiro para fazer o que quisesse.
Fora bem louco. E
também imprudente… Então, nos últimos dois anos, ela sossegara.
Parara de festejar, de namorar, de desperdiçar dinheiro. Ela agora
tinha uma boa reserva de dinheiro… a qual esperava utilizar para
reestabelecer a vida em Nova York. Havia sido abordada sobre voltar a
trabalhar no Radio City, como coreógrafa dessa vez. E sabia que
provavelmente receberia a mesma oferta de outra companhia de dança
moderna.
Ou poderia dar aulas.
Podia abrir a própria escola de dança… tinha dinheiro para, pelo
menos, iniciar os negócios. Aquilo estava entre as coisas que ela
andava cogitando fazer quando voltasse à realidade.
Os pais dela,
entretanto, dariam qualquer coisa para que ela ficasse ali e nunca
voltasse para a outra vida, aquela que não os incluía em ocasiões
além dos telefonemas semanais e visitas duas vezes ao ano. Namorar
abertamente um sujeito da cidade, um amigo da família, iria aumentar
as esperanças deles de forma injusta e dolorosa. Então ela não
podia fazer isso.
Antes que pudesse
dizê-lo, no entanto, Joe se aproximou. Ficou próximo o suficiente
para parar o coração de Demi.
– Você está uma
bagunça – murmurou ele. Ele ergueu uma das mãos, tocando uma
mecha de cabelo que havia caído sobre o rosto dela. Cerrando os
dedos em volta dos fios, ele tirou lentamente o bocado de farinha,
creme ou o que quer que, por acaso, estivesse ali.
O roçar das pontas dos
dedos dele no maxilar dela quase a fez chorar. Quase a fez
choramingar. Quase a fez se inclinar para frente e beijá-lo.
– Uma bagunça doce e
deliciosa – completou ele, os dedos ainda entrelaçados aos cabelos
dela. Ele lhe tocou o rosto, acariciando a pele como se nunca tivesse
sentido algo tão delicado, tão macio.
Todos os músculos no
corpo dela ficaram quentes e maleáveis, até Demi se perguntar como
ainda poderia estar de pé. Como se sentindo a fraqueza dela, Joe se
aproximou ainda mais, deslizando um pé entre as pernas dela,
deslizando uma das mãos até os cabelos embaraçados dela para lhe
abarcar a cabeça.
– Preciso conferir a
doçura do seu sabor – murmurou ele, soando tão indefeso quanto
ela. – Ao menos uma vez… eu preciso provar você.
~
hum... as coisas estão esquentando heim?? tive que dividir esse capitulo em 2 partes pq senão ele iria ficar enorme... eu espero que vcs estejam gostando da mini-fic... Obrigada pelos comentários!!!
Beijoos!! AMO VOCÊS, MUITO <3
Posta mais pfvr diwa ,linda,maravilhosa gata gostosa etc.
ResponderExcluirdaqui a pouco eu estou postando mais 1 minha linda <3
ExcluirObrigada pelos elogios!! *--*
Perfeito u.u
ResponderExcluirPosta logooo
To adorando
Beijos
Awn fico muito feliz em saber que vc esta gostando da mini-fic :)
ExcluirBeijoos <3
Eu terminei de ler o 3° e já tinha o 4° gente morri. Que capítulo foi esse? Que mini fic é essa? Tive um Heart Attack aqui.
ResponderExcluirPreciso de mais capítulos por favoor
Beijos , Fabíola Barboza
Ahh eu estou que nem uma doida, toda hora eu quero postar um novo capitulo da mini-fic, pq ela já esta pronta, ai eu fico muito ansiosa para vcs lerem jasgdjasgdd
Excluirvou postar mais um daqui a pouco. beijoos <3
Masoq? Como isso que perfeição meu pai,scrr ai Deus senti um clima,será que tem hot vindo? Jsiajsi ai Deus essa fic é ótima bjos ♥
ResponderExcluirDemi não vai dar o braço a torcer, ela vai negar Joe até não aguentar mais agsdjsaasd o HOT esta vindo, mas acho que vai demorar um pouquinho, mas pode ter certeza de que quando vim, vai ser fodástico!!!!
Excluirfico muito feliz em saber que vc esta gostando da fic Mand. beijoos <3
Senhoooor , que perfeito isso, você vai me matar asdfggjl
ResponderExcluirsera que vem hot? Ai senhoor, poste logo antes que eu tenha um heart attack u.u haha ♥
Ahh muito obrigada!! essa mini-fic é muito perfeita, vcs vão ver :)
Excluiro HOT vai demorar só um pouquinho, mas quando vim, vai valer muito a pena :))
não tenha um heart attack não, please!! já posto daqui a pouco!!
Que perfeitoooo!! Essa mini fic tá diwa!
ResponderExcluirTomara que venha hot!!!
Esse Joe ainda mata alguém um dia de tão sedutor! Ai meu corassaum!
Posta logo,beijos!
Valeu!! eu tinha certeza de que vcs iriam amar!!
Excluiro Hot esta chegando, vai demorar um pouquinho, mas vai valer muito a pena!!
Joe a cada dia mais sexy e gostoso. asdgjsad
Beijoos <3
Mari essa mini fic é incrível!! Estou amando!!
ResponderExcluirfico feliz em saber que vc esta amando a mini-fic Debora. beijoos <3
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