2.6.14

Capitulo 26 - Mini-Fic - MARATONA 3/5

 
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– EI, IRMÃOZINHO, quando você vai vir conversar com o advogado de assuntos comerciais comigo e com o Papà?

Joe olhou para Kevin, que o seguiu porta afora no Jonas’s na tarde de sexta-feira. Ele estava planejando subir o quarteirão para ir até a Lovato’s. Estava com muita vontade de comer bombas de creme. Bombas bem fresquinhas que só poderiam ser encontradas na cozinha de Demi.

Ou em Demi. Mas esse era outro tipo de sobremesa imoral.

– Sei lá, Kevin, eu realmente não pensei nesse assunto.

O irmão franziu a testa.

– Não entendo. Pensei que estivesse tudo acertado. Você sabe o quanto Papà deseja se aposentar totalmente.

– Bobagem.

Rindo, o irmão assentiu em concordância.

– Tudo bem. Sabemos que ele não vai nem mesmo sair da cozinha até alguém arrancar a colher de madeira da sua mão para que ele possa ir ao próprio funeral. Mas eu sei que ele está esperando que você sossegue.

Joe sossegar. Soava tão arcaico. E opressor.

– Se você está preocupado a respeito de se juntar a nós como parceiro comercial em vez de ser apenas um funcionário, certamente estou disposto a permitir que você compre uma parte da empresa com aquele dinheiro que disse que economizou enquanto estava no serviço militar.

Honestamente, aquela tinha sido uma das grandes preocupações de Joe. Ele não queria ninguém o cobrindo; desejava pagar uma parcela justa. E, se ele estivesse cogitando entrar nos negócios com Kevin, com certeza iria insistir naquelas condições. Possuía o dinheiro, tinha o desejo de se envolver em um negócio de sucesso e de ajudá-lo a crescer.

Mas tal negócio não era uma pizzaria. Ele sabia do fundo do coração. Só não tinha descoberto ainda como contar isso à família.

– Não tomei nenhuma decisão.

Kevin o encarou, obviamente tentando descobrir o que estava acontecendo na cabeça do irmão. Joe pensava no melhor jeito de expressar que não desejava a vida que a família havia mapeado para ele. Mas, antes que qualquer um dos dois pudesse dizer qualquer coisa, Joe viu Demi subindo a rua, vindo por trás de Kevin. Levando em conta que seu irmão era uma montanha de tão grande, ela provavelmente ainda não tinha visto Joe.

A visão do rosto dela trouxe um sorriso bobo ao rosto dele. Mas ele não se importou. Pelo menos não até seu irmão se virar para olhar por cima do ombro para o que quer que o tivesse deixado tão feliz.

– U-hu – disse Kevin, quando olhou para Joe de novo. – Demi? É a Demi? Caramba, Danielle vai adorar isso.

– Danielle não vai ficar sabendo disso – murmurou Joe. Demi estava a menos de 20 passos de distância e, se ouvisse sobre o que eles estavam conversando, ela provavelmente iria fugir. E então iria ignorá-lo pela semana seguinte até ele ser capaz de contornar as defesas dela outra vez.

Diabo, mas a mulher era espinhosa.

– Por que não? Caramba, a família vem querendo que vocês fiquem juntos desde sempre.

– Esse é o problema. Demi não é o tipo de mulher que gosta de fazer o que esperam dela.

Talvez fosse um motivo pelo qual eles se dessem tão bem. Porque Demi se sentia exatamente do mesmo jeito a respeito da própria família. Ele só não tinha sido capaz de deixar isso claro para eles ainda.

– Tudo bem, não vou fazer nada para estragar isso. Mas não sei por quanto tempo vou conseguir esconder de Danielle. – Kevin sorriu, balançando a cabeça para frente e para trás. – A mulher consegue arrancar qualquer coisa de mim com aquela sensuali…

– Não quero ouvir isso – interrompeu Joe gentilmente. Ele continuou a observar Demi, percebendo o instante exato em que ela o viu. Um sorriso breve lampejou no rosto dela. Mas, quando ela viu quem estava com ele, o sorriso desapareceu.

– Oi, Kevin. Joe – murmurou ela, chegando até eles. Ela soava tão fria e calma. Como se não tivesse estado em uma banheira enorme com bolhas quentes e champanhe gelado com ele 12 horas atrás, amando-o até a água esfriar e o champanhe esquentar.

Deus, que noite! Mais uma noite fantástica nos braços de Demi.

Ele não sabia o que faria sem aquelas noites.

– Como vai, cunhadinha? – perguntou Kevin, oferecendo-lhe um abraço. – Desculpe por não ter podido almoçar com vocês no domingo. O trabalho… está me matando. – Ele olhou para Joe e movimentou as sobrancelhas. – Se ao menos eu tivesse um sócio para poder tirar folga…

Joe deu um jeito de suprimir um suspiro. Então voltou a atenção para Demi.

– Eu estava exatamente a caminho da confeitaria. Estou louco por algo doce.

Ela riu.

– Ontem à noite eu também estava. Quase saí e comprei um bolinho industrializado para me acalmar até você… – Ela calou a boca rapidamente, lembrando-se de que Kevin estava ali.

O irmão mais velho de Joe nunca tinha sido o rei da atuação. Na verdade, a esposa o chamava carinhosamente de “cabeça de vento”. Bem, geralmente era de modo carinhoso. Agora, no entanto, Kevin conseguiu se safar:

– Bem, foi ótimo ver você, Dem, mas preciso voltar ao trabalho. Joe, você pode dar uma passada no banco depois que for à confeitaria e pode também trazer algumas das fabulosas bombas de creme da Demi para a gente?

Eles estavam com um estoque imenso de bombas de creme no restaurante; porém, presumiu ele, era o melhor que Kevin conseguia fazer tão em cima da hora.

– Claro, Kevin. Pode apostar que sim.

Ambos observaram Kevin retornar ao restaurante, com cumprimentos alegres e bons votos a todos os clientes pelos quais passavam no caminho de volta à cozinha. Quando ficaram a sós na calçada, Demi continuou a encarar a porta de vidro do restaurante. Finalmente, ela murmurou:

– Ele sabe, não sabe?

Joe assentiu.

– Como?

Com um dar de ombros impotente, ele lhe contou a verdade:

– Ele viu meu olhar quando notei você vindo em minha direção agora há pouco.

Ela finalmente desviou o olhar da porta e o direcionou para Joe. Encarando-o, buscou o significado do que ele havia dito.

Ele não tentou esconder. Estava apaixonado por Demi e seus olhos afirmavam isso, mesmo se sua boca não o fizesse.

Ele só não sabia se ela queria enxergar a verdade ali.

Ele compreendia por que ela não quereria. Expor a realidade dos sentimentos deles significava que eles teriam de lidar com eles. Significava que ela poderia acusá-lo de quebrar o acordo de “amantes secretos” e dar um gelo nele outra vez.

Também poderia significar que ela reconheceria estar apaixonada por ele também. E que talvez pudessem fazer algo funcionar entre eles. Algo bom. Correto.

Permanente.

– Não consigo lidar com isso, Joe – sussurrou ela, parecendo tomada de pânico. – Ele vai contar a Danielle.

– Não de propósito.

– E ela vai alardear para todo o universo conhecido, e a vizinhança vai me pintar casada e gorda em menos de um ano, e meus pais vão ficar procurando uma casinha perfeita para nós bem perto da deles, colocando o nome de nossos futuros filhos nas listas de espera para estudarem no Coração Sagrado e no St. Raphael.

Ela soava pesarosa, como se a ideia de viver aquela vida a arrasasse. Ele entendia o motivo. Porque também não queria aquilo. Nada daquilo. Ah, ele queria Demi, sem dúvida. Mas e quanto ao estilo de vida deles? Bem, não seria parecido com nada que alguém na rua Taylor pudesse compreender.

Mas, antes que ele pudesse confortá-la, Demi balançou a cabeça e começou a caminhar. – Não posso conversar sobre isso agora. Não aqui.

Ele a acompanhou.

– Esta noite.

– Vou à casa dos meus pais esta noite. Minha irmã Mia está vindo passar o fim de semana na cidade e eu tive de prometer que iria jantar lá… coisa que não posso fazer amanhã ou no domingo.

Em um relacionamento normal, ela o convidaria para acompanhá-la. Em um relacionamento normal, ele a acompanharia.

Eles não eram normais, é claro.

– Telefone para mim quando terminar e eu vou encontrar você na sua casa.

Ela hesitou, olhando para ele de soslaio.

– Eu preciso de um tempinho, Joe. Apenas de um tempinho. Podemos… talvez tirar uma folguinha até amanhã?

Uma noite. Ela não estava pedindo muita coisa. Mas a ideia de passar a noite sem ela quase o matou.

– Tudo bem, Demi. – Ele pegou o braço dela, segurando o cotovelo antes que ela pudesse sair. Ela olhou para os lados freneticamente, como se para conferir se alguém estava vendo aquilo, porém Joe não a soltou. – Não entre em pânico – pediu ele. – Não veja problemas onde não existe nenhum.

Ela lhe lançou um sorriso agradecido e murmurou:

– Estou lhe dando um beijo de despedida mentalmente. – Então desvencilhou o braço e saiu andando.

Ele a beijou mentalmente também, até ela desaparecer dentro da confeitaria.


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Continuando a maratona... eu espero que vocês estejam gostando, lembrando que a mini-fic já esta acabando, só falta 6 capítulos :/ mas logo, logo eu posto outra mini-fic... e quanto a "A Sexóloga" eu não sei se vou poder escrever hoje, eu tenho prova hoje de Materiais de Construção e as provas dessa disciplina é muito complicada porque é aberta e precisa exemplificar muito algumas situações, então eu tenho que estudar pra caramba... quando eu chegar da faculdade eu escrevo ;)

se quiserem me dar sugestões para a fic "A Sexóloga" eu estou aceitando. Beijoos <3

13 comentários:

  1. perfeito <3 <3 <3
    to adorandoooo tudoo
    não acredito que já está acabando :/
    ansiosa para saber o que vai acontecer.
    beijos sua diva
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    1. Ahh infelizmente ela é uma mini-fic e tem poucos capítulos :/
      Beijoos minha linda <3

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  2. To amando
    Cada dia mais viciada kk
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    1. fico muito feliz em saber que saber que vc esta amando a mini-fic :)

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  3. Perfeto !
    Posta logo !
    Beijos com glitter

    By - Milena

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  4. Kevin descobriu bsdhwusidhidw
    Boa sorte nas provas!
    Posta logo outro capítulo, beijos ~Dany~

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    1. Muito obrigada!!! eu acho que eu fui bem na de segunda, pelo menos eu acho hahahaha
      Beijoos <3

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  5. Essa Demi é problemática. Ama o cara case-se e tenham filhos bonitinhos. Seus lindooos :3
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    Fabíola Barboza

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    1. Demi bastante problemática e orgulhosa hahahaha
      queria que eles se casassem e tivesse filhos na vida real hahahah ~le eu iludida~

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  6. Essa Demi é problemática. Ama o cara case-se e tenham filhos bonitinhos. Seus lindooos :3
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    Fabíola Barboza

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  7. Perfeito
    Posta logo pls

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