14.6.14

Suave - Capitulo 18

 
Capitulo 35 de "A Sexóloga" -> AQUI
 
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NA QUARTA-FEIRA de manhã, Demi estava resolvida e esquecer o dia anterior. Começar do zero. Ela lavara o vestido que usara na festa e voltou a colocá-lo. Mesmo com a camiseta por cima do biquíni rosa, aquela vestimenta era muito provocativa e ela não iria mais se arriscar. Que pena que não tivesse uma jaqueta e calças de esqui.

Ela preparou duas xícaras de café e as levou para a ponte. O sol já levantara, e, em alguns lugares, havia poças d’água no convés. Chovera na noite passada? Ela pensara ter ouvido um trovão, mas não levantara para investigar.

Demi chegou ao degrau superior e avistou o cockpit.

Joe estava caído de bruços, com o rosto parcialmente coberto por camadas de encerado molhado.

Ela soltou uma exclamação e abriu os dedos. As canecas grossas de terracota caíram no chão. Uma bateu e rolou, com a asa quebrada. A outra se partiu em dois. O café quente atingiu as pernas nuas, mas ela nem notou. O coração subiu à garganta. Ela correu até ele.

– Joe!

Ele não respondeu.

Ela arrancou o encerado de cima dele, caiu de joelhos ao lado de Joe, com o coração apertado e sentindo falta de ar. Sacudiu-o com delicadeza, porém com firmeza, pelos ombros. – Joe!

Ele soltou um gemido abafado.

Santo Deus! Ele estava fervendo!

– Joe. – Ela bateu de leve no rosto dele. – Abra os olhos.

Lentamente, ele abriu um dos olhos.

– Beleza – balbuciou ele.

– O que é beleza?

Ele esticou o dedo para tocar os lábios dela, mas a mão caiu de volta ao lado do corpo.

– Você é uma beleza – sussurrou ele.

– Você está com febre. Você dormiu na chuva? – Ela franziu os olhos, colocou dois dedos no pescoço de Joe, sobre a carótida, e mediu o pulso. Estava muito acelerado. – Por que você dormiu aqui fora, na chuva?

– Shh. – Ele fechou os olhos com força. – Dor de cabeça.

– Venha. – Ela passou o braço sob o dele. – Vamos para a cama.

Ele deu um sorriso sonhador.

– Hum… Você, eu, cama. Pensei que nunca iria me convidar.

Ela conseguiu fazer com que ele sentasse.

– Eu, não. Só você. Sozinho, com uma aspirina e um pano úmido sobre a testa.

Ele abanou a cabeça.

– Não posso. Preciso navegar.

– Hoje não haverá navegação, capitão Jonas.

– Preciso chegar a Key West.

– Você disse que estávamos adiantados.

– Preciso impedir que taylor se case com aquele cara.

O coração de Demi se encolheu. Ela ergueu o queixo. Realmente, precisava deixar de sentir ciúmes da tal Taylor. E daí, se ele iria velejar com febre para chegar até ela? Não era da conta de Demi.

– Vamos, Romeu.

– Eu posso velejar.

– Você não consegue nem se levantar.

– Consigo, sim.

– Então, prove. Levante-se.

Ele fez um esforço, levantou e mostrou as mãos.

– Tchan!

– Você está balançando.

– É o movimento do oceano, baby.

– Já não conversamos a respeito dessa coisa de baby?

– Ops. – Ele bateu na boca. – Desculpe.

Ela não conseguiu conter um sorriso.

– Não se desculpe. Só não faça novamente.

Ele fez uma continência e quase caiu.

– Você está tonto de febre.

– Você pode ter razão – admitiu ele.

– Finalmente, você está ouvindo a sua enfermeira – disse ela.

– Minha enfermeira. – Ele acariciou o ombro de Demi.

– Eu não sou um cão obediente.

– Você não tem nada de cão obediente – concordou ele. Os olhos de Joe estavam com olheiras.

Ela o segurou pelo cotovelo e o levou até a escada, rodeando o café derramado e as canecas quebradas.

– Ah, você derramou o café.

– Não se preocupe. Eu limpo mais tarde.

Estava sendo difícil. Joe parecia não conseguir comandar as pernas. Em vez disso, andava como um prisioneiro acorrentado.

– Apoie-se em mim – repreendeu ela.

– Não quero.

– Por que não? Você não é tão pesado. Eu sou forte. Faço isso o tempo todo.

– Porque…

– Porque o quê? – Fazê-lo falar sentenças completas era como arrancar um dente. Não se irrite. O homem está com uma febre de quase 39 graus.

– Porque gosto muito de tocá-la.

Demi conteve a respiração.

– Pense em mim como enfermeira, não como mulher.

– Difícil, uma vez que você é tão bonita – murmurou ele, mas se apoiou nela.

Ela aguentou o peso, passando o braço em torno do peito musculoso de Joe. O homem não tinha um grama de gordura no corpo, mas a camisa estava ensopada. E que corpo! Tenha dó, era incrível. – Temos que livrá-lo dessas roupas molhadas.

– Aposto que você diz isso a todos os caras.

– Deixe de tentar ser sedutor por dois segundos, por favor. Você está doente.

– Ba… – Ele calou a tempo o baby que ia dizer. – Isso é como dizer ao sol que deixe de brilhar.

– Não adianta, eu sei. Chegamos à escada. Segure-se no corrimão e vamos descer um degrau de cada vez.

– Eu me sinto como um idiota.

– E deveria. Passar a noite na ponte, durante uma tempestade. – Ela estalou a língua e sacudiu a cabeça. – Não se preocupe. Eu não vou deixá-lo esquecer.

– É isso que eu adoro em você.

Adorar? O coração de Demi acelerou. Sossegue, é uma figura de retórica. – Você nunca facilita para ninguém – disse ele.

– Isso parece terrível.

– Nem um pouco. Você faz com que as pessoas correspondam a um padrão mais elevado.

Santos biscoitos, ela estava ficando vermelha?

– Uau. – Joe parou e se agarrou ao corrimão. Ela parou também.

– Tonto?

– Sim.

– Venha, sente-se aqui. – Ela o ajudou a sentar no degrau.

Os dois ficaram sentados lado a lado, com Joe respirando com dificuldade e rapidamente. Ela também. O que estava acontecendo?

– Respire fundo – disse ela para ele e também para si mesma.

Ele respirou fundo algumas vezes e ela também. Ele sacudiu a cabeça e disse:

– Vamos tentar de novo.

Levou dez minutos, mas, passo a passo, eles chegaram à cabine. Demi o conduziu até uma cadeira e se abaixou ao lado dele, para ajudá-lo a tirar os sapatos. Como enfermeira, ela diariamente ajudava pacientes a se vestirem ou despirem, mas aquilo era diferente. Joe não era paciente dela, e ela não era enfermeira dele. Ainda que estivesse doente, o homem a excitava de mil maneiras.

Hoje você é enfermeira dele. Seja profissional.

Fácil falar, difícil fazer. Ele tinha a pele firme e saudável. Músculos sublimes. Mesmo doente, ele era sexy.

Ela colocou os sapatos de lado e levantou.

– Levante os braços.

– O quê?

– Precisamos livrá-lo dessa camisa.

– Eu tiro sozinho.

Ah, que alívio.

– Está bem. – Ela cruzou os braços e esperou que ele se mexesse.

Ele empertigou o corpo na cadeira, muito pálido e, ao mesmo tempo, corado. – Me dê um minuto. Preciso descansar.

– Deixe que eu o ajude.

Ele sacudiu a cabeça.

– Está bem.

– Você consegue levantar os braços?

Ele assentiu, mas falou:

– Não.

Ela pegou a barra da camisa molhada e começou a enrolá-la lentamente. Ele levantou um pouco os braços, enquanto ela subia a camisa pela barriga firme, tão deliciosa que implorava para ser lambida. Demi precisou morder o lábio para conter um gemido de aprovação.

Por fim, ela tirou a camisa pela cabeça de Joe. Os cabelos dele estavam despenteados e encaracolados. Ele tinha uma aparência inocente e encantadora. O quê? Você gosta de homens fragilizados?

De jeito nenhum, mas a doença era uma grande niveladora. Atingia os ricos e os pobres do mesmo jeito.

Ele se soltou sobre o encosto da cadeira.

Ela olhou para o short dele. Hum, como iria tirá-lo? Podia deixá-lo com ele, mas também estava encharcado. Ficar molhado não causava doenças – esta era uma tarefa das bactérias e dos vírus –, mas poderia enfraquecer o sistema imunológico, principalmente porque ele passara a noite inteira na chuva, enquanto ela estivera calmamente enrolada em cima da cama dele. Sentindo-se culpada, hein?

– Você consegue tirar as calças sozinho?

– Claro – disse ele. Joe levantou-se, ficou de pé por um tempo e caiu de cara sobre a cama. Maravilha. – Vire-se.

Ele gemeu.

Ela agarrou os passadores do cinto, puxou-os, e o fez rolar sobre a cama. Ele estava de olhos fechados e tinha um sorriso no rosto. Se não estivesse tão desorientado, ela poderia jurar que ele estava gostando daquela situação.

Ela tocou o fecho do short e, instantaneamente, sentiu Joe enrijecer sob os dedos dela. Ele não se mexeu nem disse nada. Manteve os olhos fechados. O que ela iria fazer agora? Despi-lo ou deixá-lo com o short molhado?

– Joe.

Ele não respondeu.

Ela o cutucou.

– Joe.

Ele resmungou algo quase inaudível.

Tudo bem, ele estava fora de si. A ereção era apenas uma reação natural a uma mulher que puxava as calças dele. Ela não deveria ficar satisfeita nem ofendida. Resolvida a agir de maneira profissional, Demi abriu o zíper.

A ereção de Joe aumentou.

Gotas de suor começaram a surgir na testa de Demi. Ela trincou os dentes e desviou os olhos para longe. Colocou-se ao pé da cama, agarrou as pernas do short e puxou-as até abaixo dos quadris de Joe.

Ops! A cueca veio junto, e ele ficou totalmente nu. Demi não pretendia olhar. Não queria olhar. Na atividade como enfermeira, já vira muitos homens nus, mas nunca vira ninguém como ele. O ego de Joe não era a única coisa que ele tinha de grande. Modelo de cuecas, que nada… Ele poderia ser um astro pornô.

Demi fechou os dedos e enfiou as unhas nas palmas das mãos até que elas doessem. Deixá-lo despido seria mais fácil do que tentar enfiá-lo de volta na cueca. Só de pensar, a pele ficava toda arrepiada. Principalmente, porque a ereção de Joe se projetava para quem quisesse ver.

Mas ele também estava tremendo; os dentes dele batiam tão alto, que ela poderia dançar um flamenco ao compasso das batidas. A temperatura dele devia estar subindo. Ela o cobriu com um cobertor. Ele parecia um pobre homem em sofrimento.

Demi recolheu as roupas molhadas e pendurou-as para secar no cabide de toalhas do banheiro. Encontrou aspirinas no armário de medicamentos. Ela o estimulara o suficiente para fazê-lo tomar dois comprimidos e forçou-o a beber um copo cheio de água, antes de deixá-lo afundar sob as cobertas.

Mais tarde, ela correu até o convés para limpar o café derramado.

Quando terminou, ela levantou e olhou a infinita extensão do mar azul. Até onde os olhos alcançavam, não havia nada além de água e de gaivotas.

De repente, ela se deu conta do quanto estava isolada. No meio do oceano, com um navegante incapacitado. E se ele ficasse seriamente doente? Ela não tinha equipamento médico e nada sabia a respeito de barcos.

Santos biscoitos de chocolate, ela estava em sérios apuros.

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Oiii!! vocês estão gostando da mini-fic?? eu estou pensando em fazer uma maratona nesse sábado e nesse domingo, o que acham??? 5 capítulos hoje (sábado) e mais 5 no domingo??? quero muito terminar essa mini-fic para poder postar logo as outras que tbm são perfeitas, é uma mais perfeita do que a outra, sério mesmo *----*
Para as maratonas acontecerem, vocês vão ter que comentar bastante, para eu ter certeza de que vocês estão acompanhando, ok?? se vocês comentarem, eu posso começar já ás 13:00 :)

Não se esqueçam de comentar em "A Sexóloga" tbm, poucos estão comentando, se vocês não estiverem gostando me falem que eu irei parar e postar outra :/

Beijoos!! Amo muito vocês <3

ps. faltam 17 capítulos para a mini-fic acabar e o HOT já esta chegando...

16 comentários:

  1. Eu quero maratonaa!!!

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  2. Não tem como começar um pouco mais cedo???

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  3. Coitadinho do Joe... Posta mais

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  4. Ei Mari ! Fiquei com pena do Joe, tadinho, deve ser horrível ficar doente na situação que ele se encontra, mas quem manda ser teimoso? Demi tem que cuidar dele... hehe
    Beijos

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  5. Ai mei Deus, isso é tudo o que eu mais quero, uma maratona dessa mini fic. Ela é maravilhosa, perfeita demais. Posta logo!

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  6. Faz a maratona logo

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  7. Postaaaaaaaa

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  8. Amei esse capítulo amando essa fic. E a cueca foi junto, aham Demetria acredito em você safadinha. Hddkxc
    Faz maratona sim, mas só vou poder comentar mais tarde por que tenho curso até as 16:00 e chego em casa umas 17:00
    Posta mais :)
    Fabíola Barboza

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  9. Postaaaaa logoooo

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  10. Posta logo
    Estou em um relacionamento sério com essa fic

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  11. Eu quero maratona please..,.estou amando a fic, e a mini fic nem se fala esta fantástica, posta o mais rápido possível...beijo
    Nes de Portugal

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  12. Postaaaaaaaaa

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  13. Ah cara posta logoooooio !
    Coitadinho do Joe!
    Posta logo por favor!!!!!
    Beijos com glitter!
    Amo muito vc !

    By - Milena

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