15.6.14

Suave - Capitulo 24 - MARATONA 1/5

 
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DEPOIS QUE Joe quebrou os cocos com habilidade, batendo-os contra as pedras, eles beberam a água do coco e comeram a polpa. Assim que recuperaram a energia, resolveram subir ao topo do farol.

Toda alegre, Demi subiu a escada em caracol, na frente dele. Minha nossa! Ela tinha o mais belo traseiro daquele lado da corrente do golfo.

Jonas, você precisa parar de se atormentar. Esta é a que você tem que deixar escapar, para que a que você realmente quer não escape. Você passou a vida inteira pulando de mulher para mulher. Está na hora de tomar uma atitude e se comprometer. Taylor é a mulher perfeita para você.

Então, por que a visão de Demi, naquele biquíni rosa, o deixava louco?

Ela era sexy, e ele era humano. Isso não significava que ele deveria fazer alguma coisa. Era isso que ele tinha dito a si mesmo durante todo o tempo da viagem.

No topo da escada havia um pavimento de madeira, e, em volta dele, as aberturas em arco, onde as lanternas costumavam ser penduradas para afastar os navegantes das águas pouco profundas. Joe se sentiu invadir pela História ao pensar em quantas vidas aquele farol salvara.

Demi se aproximou da abertura e olhou o panorama abaixo. Joe veio atrás dela, com o pulso subitamente acelerado e batendo forte ao sentir o perfume dela. Mesmo em meio ao cheiro de mar, de sal e de coco, ele sentia o cheiro de morangos. Verão. Ela tinha cheiro de verão. Nunca mais ele comeria morangos sem se lembrar dela.

Ele sentiu o coração se contrair de modo estranho e imaginou o que Taylor diria disso. Bem, ele e Taylor precisariam de tempo para se conhecer de novo. Evidentemente, um ano de separação mudara as coisas, mas não era nada que eles não pudessem voltar a acertar.

Sim, e, falando em Taylor, ele poderia ter estragado tudo ao concordar em salvar o manati. Já estavam na tarde de sexta-feira e o Segunda Chance ainda estava a 80km da costa de Key West. Ele ainda precisava atravessar a Corrente do Golfo. E havia uma chance de que não chegasse a tempo de impedir o casamento.

E se isso acontecesse? O que faria?

Não entre em pânico. Você vai conseguir. Só dê o fora daqui agora mesmo.

Joe colocou a mão no ombro de Demi para dizer que precisavam ir embora. Ela se voltou, fitou-o e deu um sorriso tão especial, que ele sentiu algo se contorcer dentro do peito.

Joe ouviu o canto das sereias, as ondas do oceano batendo nas pedras e as gaivotas gritando; tudo isso dentro da sua cabeça e do seu coração. Desde o primeiro minuto em que colocara os olhos sobre Demi, ele a desejara e resistira. Intensamente.

Mas ali, agora, olhando para ela, ele perdera o último resquício de controle. Ele inclinou a cabeça e se apossou daqueles lábios de morango rosados.

Ela soltou um suave gemido, abriu os lábios e se jogou no peito de Joe. Droga, havia um limite para o que um homem conseguia aguentar. Ele a pegou pelo queixo e imobilizou o rosto dela enquanto explorava aquela boca maravilhosa.

Ela estremeceu junto a ele. Excitada, com medo, ou os dois?

Ele também estava excitado e temeroso.

Os dois se exploraram mútua e delicadamente. Quando ele acabou de beijá-la e se afastou com relutância, os olhos castanhos de Demi estavam cor de musgo, e ela olhava para ele com tamanha expressão de desejo e de confusão, que ele podia sentir o cheiro da indecisão dela. Ela enrijeceu o corpo nos braços dele. A veia azulada no pescoço de Demi pulsava rapidamente. Ela queria recuar.

Ele não poderia culpá-la. Fora muito precipitado. Não deveria tê-la beijado.

Ainda assim, não conseguiu resistir a beijá-la de novo.

O doce som de satisfação que saiu dos lábios dela pareceu atravessá-lo, e ele, de repente, percebeu que ela puxava a cabeça dele e o beijava tão avidamente que, ainda que ele corresse nu na Antártida, não conseguiria esfriar.

Depois de um beijo longo, intenso e que atingiu até a alma, ela se afastou com a respiração ofegante, os olhos arregalados e os lábios que ele deixara úmidos.

Os dois piscaram um para o outro.

– De novo! – exclamou ela.

Rindo, Joe beijou-a pela terceira vez. Mordiscou de leve o lábio inferior de Demi e passou a língua no superior. Acariciou-lhe a cintura e pressionou-a contra o corpo. Ele beijou o queixo e o pescoço dela. E, aparentemente, tinha localizado nela uma zona erógena, porque Demi engasgou e se colou a ele.

– Demi, você tem sabor de céu.

Ela riu com nervosismo e sacudiu a cabeça. O cabelo cor de mel caiu de modo provocativo sobre os ombros. Joe passou dois dedos no rosto dela, encarou-a e pensou em centenas de coisas que queria dizer. Eu quero você. Preciso de você. Mas não posso lhe oferecer nada para sempre.

E então, ele ouviu o barulho do trovão, sentiu que o vento ficava mais fresco sobre a pele quente dos dois. Lançou um olhar preocupado para o céu e viu as nuvens cinzentas se juntarem e ficarem mais pesadas.

Uma tempestade se aproximava.

Quer estivessem preparados ou não, seriam apanhados por ela.

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JÁ ERAM 16h30 quando chegaram ao barco, e o vento soprava com uma velocidade de 30 nós, na direção do leste. Esperando escapar da iminente tormenta – ou, pelo menos, chegar tão perto de Key West quanto conseguisse, antes de ser atingido pela tempestade – Joe resolveu inflar as velas e usar o vento. Ele avançaria o máximo que conseguisse, mesmo depois de escurecer, até que as chuvas chegassem. Depois disso, eles lançariam âncora e esperariam. Ele rezava para que a tempestade fosse rápida.

Demi o ajudou a fazer a amarração. Ele estava admirado como ela aprendera tanto, tão depressa. Ele não exagerara quando dissera que ela tinha o dom da navegação.

As nuvens ficaram mais pesadas quando o sol se pôs, escurecendo o céu. O ar cheirava fortemente a chuva. Ele manteve os olhos no céu e continuou a forçar o Segunda Chance, ansioso para encontrar Taylor antes que os sentimentos por Demi se tornassem muito fortes para serem ignorados. Estava apavorado com a possibilidade de recair em velhos hábitos e de se deixar distrair depois de ter tomado uma decisão e escolhido um curso. Aquele era o seu ponto pessoal de navegação estimada. A linha de demarcação… Se ele voltasse atrás nesse ponto, temia que isso significasse que nunca mais conseguiria levar algo até o final.

– A nossa jornada está quase acabada – disse Demi.

– Tem sido uma grande aventura. Obrigado por fazê-la comigo.

– Taylor é uma mulher de sorte.

Ele ficou no leme, com Demi ao lado, de olhos baixos, recolhendo uma corda.

– Demi – disse ele. – Gostaria de tê-la conhecido numa fase diferente da minha vida.

– Eu sei.

– Taylor é… – Ele não conseguiu terminar. Poderia dizer a ela o quanto Taylor era maravilhosa, mas Demi não iria querer ouvir. Além disso, à maneira dela, Demi era tão maravilhosa quanto Taylor.

Aquele era o “x” do problema. Até agora, ele fora o tipo de homem que amava a mulher com quem estava. Recaíra em velhos hábitos e estava vendo Demi como se fosse a melhor opção. Era o modus operandi dele, e a única maneira de romper o ciclo seria não ceder aos desejos, mas ele a desejava desesperadamente. Desejava-a tanto que doía. Por que o destino fora tão caprichoso para levar Demi até o barco, justamente quando ele estava tentando provar algo a si mesmo?

Talvez fosse exatamente por isso. Talvez o destino a tivesse colocado ali para testar a determinação dele. Ou talvez, apenas talvez, o destino estivesse tentando lhe dizer que Demi era a mulher perfeita para ele, e não Taylor.

Aquela era uma ideia traiçoeira. Uma ideia que ele não queria analisar de perto. Tudo vai dar certo. Não se preocupe. Seja feliz. Assim que ele visse Taylor, e ela o visse, tudo estaria resolvido.

Parecia ótimo. Ele estivera jogando lama em cima dele mesmo desde que era menino. Mas tudo realmente ficaria bem? E se, no processo, Demi saísse magoada? Ele se atormentava ao pensar que poderia feri-la.

– Eu vou até a cozinha – disse ela. – Vou fazer o jantar antes de a tempestade chegar. Estou pensando em fazer algo simples. Sanduíches de queijo quente e sopa de tomate?

– Parece ótimo. – A última coisa em que ele estava pensando era comida. Pensava em tormentas, destino, escolhas e desejos que podem levar à ruína, à perda de um amor, e… E…

Ele não costumava ser daquele jeito. Não se questionava. Fazia escolhas, convivia com elas e ia em frente.

Então, pare de pensar.

Determinado, ele voltou a atenção para o céu. O vento passara a soprar mais forte, erguendo o barco nas ondas e afundando-o violentamente. As nuvens tinham se tornado negras. Ele se manteve firme até as primeiras gotas pesadas de chuva caírem. Demi apareceu no topo da escada, chamando-o para dentro.

– Venha! – gritou ela.

Ela estava certa. A tempestade era mais forte do que a anterior. Ele não dormiria na ponte naquela noite. Gostasse ou não, teria de descer para o convés inferior e enfrentar a dificuldade, e rezava para superá-la sem cair nos braços de Demi.

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Meus amores, eu peço mil desculpas por não ter começado a maratona mais cedo, eu só pude entrar no not agora, eu estava resolvendo umas coisinhas... eu pedi até a Mand para poder postar, mas eu acho que ela tbm não pode entrar :/

Beijoos e eu AMO vocês, muito <3

7 comentários:

  1. Posta mais....

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  2. Ah, entendi auehha tudo bem, ta divo esse capitulo, essa fic, tudo! Posta mais.
    Bom, eu quero dar parabens pra Mand, desejar tudo de melhor pra ela e que ela aproveite esse dia especial <3 beijos

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  3. Perfeito... Posta logoo

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  4. Posta mais logo

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  5. Não demora por favor...

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  6. Ta perfeito mari, suas fics são tão viciantes <3
    ansiosa pra continuaçao! Bjs

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