9.6.14

Suave - Capitulo 8

 
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O ÚLTIMO convidado saiu às 3h, enquanto o pessoal da limpeza que Joe contratara limpava o barco.

Quando acabou de pagar os faxineiros, o bufê e os manobristas do estacionamento, ele estava tão cansado que mal conseguia manter os olhos abertos. A festa fora um tremendo sucesso, mas, mesmo sabendo disso, sentia-se decepcionado porque, em algum momento da noite, Demi desaparecera sem dizer adeus.

Ele procurara por ela, mas não voltara a vê-la depois que ela se afastara, na companhia de Wilmer Bigodudo. Ele vira Wilmer procurando-a freneticamente e concluíra que ela fugira do terapeuta respiratório, e não o contrário. Ainda assim, gostaria de ter tido uma última conversa com ela.

Não importava. Ele tinha outras coisas em que pensar, como, por exemplo, voltar para casa, em Miami, para ver Taylor. Ele não acreditava que fazia um ano que não falava com ela, estava ansioso para encontrá-la outra vez e lhe mostrar o quanto mudara.

Joe pensou na última conversa que tivera com Taylor, quando ela rompera com ele. Ele sofrera um choque: nenhuma mulher lhe dera um fora. Taylor estava trabalhando no navio de pesquisas do pai dela, Anêmona do Mar. Ele fora até lá e tentara convencê-la a deixar o trabalho e a navegar com ele.

– Algumas pessoas trabalham para viver, Joe – dissera Taylor, claramente irritada com ele.

– Eu trabalho para viver – protestara ele, dando um enorme sorriso e uma piscadela carinhosa.

– Quando foi a última vez que você construiu alguma coisa?

Hum, bem, fazia mais de um ano que ele acabara de construir os condomínios em Miami Beach, mas todos sabiam que o mercado imobiliário da Flórida estava indo para o brejo. A estratégia dele fora simplesmente esperar e se divertir, enquanto fazia isso.

– Eu estarei pronto quando o mercado se recuperar.

– Você se dá o luxo de esperar. A maioria das pessoas não pode, Joe. Você desperdiça o seu tempo.

– Eu não vejo as coisas desse jeito.

– Eu vejo, e não acho que esse relacionamento esteja dando certo. Somos muito diferentes.

O comentário fora um tapa na cara de Joe.

– Eu posso mudar.

– É mesmo? Você vem de uma família rica. Sempre viveu desse jeito. Não precisa realmente trabalhar e será sempre um playboy. Ora, vamos. Veja o nome do seu iate: Amante do Mar. Você se definiu muito claramente.

– Mas nós não nos divertimos muito juntos? – argumentara ele.

– Sim, mas o problema é exatamente esse. Tudo o que fazemos juntos é nos divertir.

– O que há de errado com isso? – perguntara ele, admirado.

– Nada, contanto que seja de vez em quando. A minha vida é noventa por cento de trabalho e dez por cento de diversão. A sua, por outro lado, é o contrário: dez por cento de trabalho e noventa de diversão. Não é o estilo de vida que eu quero.

Isso o deixara atordoado. Durante a vida toda, ele tinha sido elogiado pela capacidade de animar qualquer ambiente onde entrava, e, agora, ali estava Taylor, dizendo que isso não era necessariamente algo de positivo.

– Deixe-me ver se entendi direito. Você está rompendo comigo porque eu sou divertido demais para você.

– Exatamente.

– Eu vou trabalhar.

– Prove.

– Como?

– Procure fazer algo de útil.

– Como o quê?

– Eu não sei. Encontre alguém que precise de ajuda. Procure algo maior do que você mesmo para se dedicar. Pense em alguma coisa.

– Se eu fizer isso, você me dará uma segunda chance?

– Joe…

– Por favor – dissera ele. – Não elimine a minha esperança.

Taylor suspirara.

– Está bem. Eu lhe dou um ano. Se você se dedicar a algo significativo e me provar que mudou, vamos ver.

– Você não vai se arrepender – afirmara ele, mas ela já se voltara para os objetos de pesquisa dela.

A primeira coisa que ele fizera fora mudar o nome do veleiro para Segunda Chance, ainda que mudar o nome de um barco fosse considerado algo que dava azar. No dia seguinte, o furacão Sylvia se formara no Atlântico e, mais tarde, atingira a ilha de St. Michael. Fora um desastre para St. Michael, mas ele encarara o fato como um sinal e se encaminhara para lá, para ajudar a reconstruir a ilha devastada.

Joe deu um sorriso complacente. Taylor lhe dera o empurrão de que ele tanto precisava para despertar e ficaria impressionada com o quanto ele mudara.

Ele apagou as luzes, soprou as velas e ficou parado no convés, à luz do luar. Sentia-se extremamente orgulhoso do que tinha feito. Deixara de pensar apenas em si mesmo e colocara os outros em primeiro lugar. Sentia-se grato a Taylor por tê-lo colocado naquele caminho. Mal podia esperar para contar isso a ela.

Cama. Estava na hora de ir para a cama, mas lhe faltava ânimo para ir para o quarto, no convés inferior.

Joe se espreguiçou e bocejou, completamente exausto. Sentia as pálpebras pesadas. Ele se dirigiu à rede de listras azuis e brancas, na ponte de comando, deitou-se, colocou as mãos debaixo da cabeça e ficou olhando as estrelas.

– Eu vou voltar para casa mudado, Taylor – murmurou ele. E, instantaneamente, caiu em um sono profundo.

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Oi Mores!! vocês estão gostando da mini-fic mesmo??? eu espero que sim, pq vai demorar um pouco para eu postar "A Sexóloga" eu ainda estou cheia de trabalhos e eu estou me sentindo um pouco pra baixo esses dias, tem sempre algumas pessoas que já gostam de tirar a minha felicidade, a minha paciência.... mas enfim, eu irei continuar a postar a mini-fic, e assim que eu poder, eu posto "A Sexóloga"

Beijoos <3

5 comentários:

  1. " Wilmer Bigodudo" morri zjbshzbshx a fic está perfeita, ok ? Estou ansiosa para saber como as coisas vão acontecer entre eles, pelo visto no próximo capítulo a Demi vai surtar hsgshshd muito ansiosa mesmo !
    Não deixe estas pessoas estúpidas tirar a sua paz, você é melhor que isso!! Beijos e boa sorte :)

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  2. POSTA MAIS HOJE

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  3. Posta mais hoje

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  5. Amei , quero ver o que vai isso agr. Kkkkkk
    Tô rindo e nem sei o que vai acontecer... Kkkkk
    Posta maiiiisss.
    Você é melhor que essas pessoas...
    Fabíola Barboza

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