9.6.14

Suave - Capitulo 9

 
~

AO AMANHECER, Joe acordou com o som do celular anunciando uma mensagem de texto. Com os olhos turvos, ele passou a mão no rosto e piscou ao ver os raios rosados do sol refletindo na água azul cristalina.

Ding.

O celular, no bolso, o lembrava da mensagem de texto.

Ele bocejou, jogou uma das pernas para fora da rede e pegou o telefone. A mensagem era de Taylor. O pulso dele acelerou, e ele deu um sorriso largo.

Até ler a mensagem.

Aos nossos amigos mais próximos e família. Todos estão convidados para o casamento, dia 4 de julho, do tenente-comandante da Guarda Costeira, Harry Edward Styles com Taylor Alison Swift, às 16h, a bordo do Anêmona do Mar, ancorado no cais de Key West, Flórida.

Sabemos que nossa união é rápida e inesperada. Mas, quando se encontra a alma gêmea, só nos resta mergulhar. Adoraríamos ter o prazer da sua presença. RSVP para Taylor por e-mail: tayloralison@seaanemone.com

O sorriso de Joe desapareceu. Um músculo perto do olho direito começou a repuxar. Ele precisou ler o texto quatro vezes, antes que as palavras fizessem sentido para ele. Taylor se casaria no dia 4 de julho. Dentro de seis dias. Exatamente o número de dias que o Segunda Chance levaria para navegar de St. Michael até Key West em águas calmas.

E ela o convidara para o casamento através de uma mensagem de texto!

– Que covardia, Taylor – murmurou ele. – Você poderia ter tido a decência de pegar o telefone e me ligar.

Ele levantou, passou a mão na cabeça e soltou uma série de palavrões. Como ela podia ter feito isso com ele? Prometera lhe dar um ano para provar que podia mudar e, agora, ficava noiva de um sujeito da Guarda Costeira? Que diabos?

Joe precisou admitir que os sentimentos dele estavam feridos.

Para começar, ela usara a expressão “almas gêmeas”. Taylor nunca falava daquele jeito. Não acreditava nessas coisas. O que acontecera com ela? Ela não deveria estar raciocinando com clareza. Deveria ter entrado em uma espécie de neblina provocada pelo desejo, semelhante àquela em que ele se enfiara quando quase fizera sexo com Demi na praia. Acontecia. Ele compreendia. Poderia perdoá-la. O que não poderia fazer era deixar que Taylor cometesse o maior erro da vida dela.

Desnorteado, ele digitou o número do telefone de Taylor no celular. Ela atendeu ao segundo toque, toda animada.

– Ei, Joe, há quanto tempo!

Como ela podia parecer tão casual?

– Acabo de receber a sua mensagem – Ele disse em tom seco.

– Você virá ao meu casamento? Eu sei que está em cima da hora, mas, para mim, seria importante que você estivesse aqui.

– Taylor, você não pode se casar com esse sujeito.

– Por que todo mundo me diz a mesma coisa?

– Quem mais lhe disse isso?

– Logan, para começar. – Logan era meio-irmão de Taylor. – Ele foi grosseiro em relação a isso – acrescentou Taylor. – Pelo menos, eu sei que você não vai ser grosseiro. Você nunca é mal-educado.

– É, mas desta vez eu concordo com Logan. Você não pode se casar com esse cara.

– Posso e vou. Eu estou apaixonada, Joe. Pela primeira vez na minha vida. Verdadeiramente, loucamente, profundamente e para todo o sempre apaixonada.

– Muito bem. Quem é você e o que fez com Taylor Swift?

– Eu mudei, Joe.

– Eu também mudei, Taylor. Eu mudei muito e sinto a sua falta. Você não pode se casar com esse tal de Harry, porque eu sou o homem certo para você e posso lhe provar, se me der uma chance.

– Joe… – Ela riu. – Você não me ama.

Rindo! Ela estava rindo dele.

– Amo, sim, Taylor. Amo de verdade.

– Você pensa que ama porque eu fui a única mulher que o rejeitou. A única mulher que o desafiou e que o censurou pelo seu estilo de vida sem sentido.

Não a única. Imediatamente, Joe pensou em Demi.

– Há quanto tempo você conhece esse sujeito? – perguntou ele.

– Apenas um mês, mas o tempo não importa. Não quando o amor é verdadeiro.

– Escute o que você está falando. Você ouve o que diz? Vai se casar com um homem que conhece apenas há quatro semanas.

– Foi tempo suficiente.

– Taylor, você precisa acreditar que…

– Você vem ao casamento?

– Estou indo para Key West. Agora mesmo. Estou a caminho. Vou levar seis dias para chegar aí, com ventos favoráveis. Eu estou em St. Michael.

– Você está no Amante do Mar?

– Eu mudei o nome do veleiro.

– Dá azar – Taylor conteve o fôlego. Ela era uma mulher inteligente, culta, com Ph.D. em oceanografia, mas, ainda assim, tinha as superstições inerentes aos marinheiros. Aquilo acontecia naturalmente com aqueles que viviam no mar e entendiam que certas coisas estão acima do controle. Não desafiar certas regras fazia com que os navegantes se sentissem mais seguros. Era algo psicológico. Os dois sabiam disso, mas era difícil romper padrões de comportamento profundamente arraigados.

– Não dá azar. Eu mudei o nome por sua causa.

– Qual foi o nome que você deu ao veleiro?

– Segunda Chance.

– Ah, Joe.

– Prometa que você não vai se casar antes que eu chegue aí.

– Eu não posso prometer. O casamento é no dia 4.

– Então, darei um jeito de chegar antes do dia 4.

– Ótimo. Devo colocá-lo na lista de carne ou de peixe?

– O quê? – perguntou ele confuso.

– Carne ou peixe. Para calcular o bufê da recepção.

– Assim que eu chegar, não haverá recepção.

– Ah, Joe, você é muito engraçado. Mal posso esperar para vê-lo de novo.

– Taylor, eu estou falando sério…

– Preciso ir, querido. Estou recebendo outra ligação. Tenho ficado louca com o RSVP. Vejo você no sábado, se não antes.

Ele ouviu o barulho da linha.

Querido? Taylor o chamara de querido? Como se ele fosse uma tia velha, a florista ou alguém semelhante.

Ele pensou em ligar de novo, mas percebeu que, por mais que tentasse dizer a ela que mudara, ela precisaria ver para crer. Certo. Era o que ele merecia. Ele fora superficial e caprichoso, mas o ano que passara em St. Michael realmente o transformara. A única maneira de Taylor saber que ele falava sério, seria aparecer no casamento, ajoelhar-se diante dela e pedir que ela se casasse com ele, e não com Harry.

Afinal, ela só conhecia Harry há um mês. Quão sério poderia ser o relacionamento deles? Ele e Taylor haviam se conhecido quando crianças, no circuito náutico. A família de Joe financiara algumas viagens de pesquisa de Scott Swift, antes que este se tornasse tão famoso quanto Jacques Cousteau. Por isso, Taylor o conhecia tão bem. Antes de começarem a namorar, ela já ouvira falar de todos os feitos dele. Aquela era a maior arma contra ele. Ela presenciara pessoalmente as aventuras amorosas dele.

Só havia uma coisa a fazer. Velejar para Key West imediatamente e confrontar Taylor cara a cara.
 
 
~
 
Oi meus lindos <3 eu queria agradecer pelo carinho que vocês me dão, muito obrigada mesmo, é por isso que eu amo vim aqui no blog, pq vocês me fazem muito feliz, muito mesmo... Obrigada por tudo, eu amo vocês <3
 
Depois eu posto mais capitulos, ainda hoje ;)

2 comentários:

Deixem um comentário e deixem uma "escritora" feliz :D